Diante de tanta agitação no mercado
mundial de música onde a guitarra sempre se destacou, muitos músicos falaram desse
instrumento. Vamos conhecer o que eles disseram:
“Minha guitarra quer matar a sua mãe!”
(Frank Zappa)
“Toco por prazer. Eu me divirto tocando
guitarra. Conheço um monte de gente que quer ser famosa, mas não se dedica à
guitarra. Pensam que tudo o que se precisa é deixar os cabelos crescerem e ter
cara de muito louco. E acabam negligenciando o lado musical. É duro aprender
música – é como ir para a escola para ser advogado. Por isso, você precisa
gostar de música – senão, é melhor esquecer” (Eddie Van Halen).
“Provavelmente, são os sons mais ásperos
já gravados e devem ser ouvidos quando se estiver com raiva ou muito louco. A
última nota da canção é a minha guitarra suspirando...” (Jeff Beck, a respeito
de sua interpretação em You Shook Me, blues clássico de Willie Dixon).
“Eu tocava guitarra-ritmo. Aliás, acho
que toco ritmo até hoje. Guitarra-solo, pra mim era Steve Cropper, por blues,
nessa época. Eu queria tocar blues. Foi quando a gente trocou de nome para The
Who. A gente achava um nome cool, muito mod” (Pete Townshend).
“Não quero ser deus nenhum e muito menos
o melhor guitarrista do mundo....Quando Hendrix morreu, fui para o jardim e
chorei o dia todo. Não porque ele se foi, mas por não ter me levado com ele.
Isso me deixou louco de raiva, bronqueado mesmo” (Eric Clapton).
“Sempre curti instrumentos de corda e
piano. Então, comecei a curtir a guitarra – era um instrumento que estava
sempre à mão. Eu tinha 14 ou 15 anos quando comecei a tocar guitarra...” (Jimi
Hendrix)
“Já me acostumei com a Gibson-Firebird,
conheço-a perfeitamente. Depois de todo esse tempo, não
há condição de mudar
para outra. Eu coloco a Firebird entre a Gibson Les Paul e a Fender” (Johnny
Winter).
“A minha primeira guitarra foi uma cópia
da Fender Stratocaster...Eu comprei uma Fender Stratocaster, que é realmente,
uma guitarra fantástica...uma coisa que me seduz demais e o legal dela é que
ela é uma guitarra muito pessoal. Isso é, com cada pessoa ela dá um som. Não é
como a Gibson, que sempre tem o mesmo som. A Strato me deu mis liberdade e foi
aí que eu comecei a comprar pedais” (Sérgio Dias Baptista)
“Ver, sentir e ouvir são os três fatores
básicos em que se apóia a energia estonteante do rock. Com minha guitarra sou
mais rápido do que uma bala” (Ted Nugent)
“Então, você quer ser um astro do rock
and roll?/ouça só o que eu digo/compre uma guitarra elétrica/e espere um
pouco/até você aprender a tocar” (cantaram os Byrds, em 1967, na canção So You
Want To Be a Rock and Roll Star).
BRASIL
Elas chegaram para ficar. No final dos
anos 50 e início dos 60, a Jovem Guarda adaptou como pôde a onda de libertação
que explodia em todo o mundo. Antenados com a onda, Caetano, Gil, Tom Zé e
Torquato Neto fizeram o Tropicalismo a partir de 1967. As guitarras elétricas
haviam chegado para ficar. Musicalmente, a Tropicália incorporava as novas
informações do mundo pop, sobretudo dos Beatles, fase Sgt. Pepper´s.
Cada vez mais interessados em colocar
instrumentos elétricos em sua música, Gil convida o grupo Os Mutantes para tocar
Domingo no Parque, segundo lugar no Festival da Record. Mais do que simples
coadjuvantes da Tropicália, Os Mutantes (Arnaldo, Sérgio e Rita) chegavam para
contaminar a nossa música jovem com o vírus da rebeldia. Independentemente de
todo o rebuliço contra ou a favor da guitarra na MPB, Jorge Bem inventou uma
fusão do afro-samba-jazz-rock que o tornaria um dos músicos brasileiros mais
respeitados no exterior. A década de 70 assiste à proliferação de dezenas de
grupos de rock espalhados pelo país. O rock carioca era representado pelo
Vimana (Lobão, Lulu Santos e Ritchie). O Terço era cultuado pela tribo roqueira
de São Paulo, assim como o Som Nosso de Cada Dia.
Em Salvador, o momento era para os
Cremes, Banda do Companheiro Mágico, dentre outros. Os Novos Baianos fazia uma
fusão onde incluía cavaquinhos, sintetizadores e guitarras. Raul Seixas surgia
para provocar polêmicas e agitar o rock. A ex-mutante Rita Lee embalava seu
fruto proibido.
Saindo uma vez do underground, o rock
nacional dos anos 80 vira fenômeno. Desde grupos como Inocentes, Ira!, Ultrage
a Rigor, Camisa de Vênus, Barão Vermelho, Titãs, Legião Urbana, Paralamas do
Sucesso, Capital Inicial até Sepultura e Ratos do Porão, que conquistaram o
país e o exterior.
E surgem novos conjuntos como o Virna
Liso que mistura guitarras e instrumentos de samba; Killing Chaisaw com sua
muralhas de guitarras, Faróis Acesos, Elite Marginal, Garagem, além de nomes de
peso na guitarra baiana como Armandinho, Rudnei Monteiro, Mou Brasil, Kleber
Leoni, Maninho e Nino Moura. E olha que eu não falei no “pau elétrico” da
guitarra baiana no carnaval com o famoso trio elétrico de Dodô e Osmar. Fica
para as próximas conversas...
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