2000 - Fantasia 2000. Uma das produções mais pretensiosas da história do
cinema. Walt Disney, seu
criador, dizia ter inventado com ele um novo conceito,
o "filme-concerto". A fita consistia numa colagem de desenhos
animados bolados a partir de temas conhecidos da música clássica, e tinha um
objetivo claro. Depois de ter sido elogiadíssimo por Branca de Neve e os Sete
Anões, de 1937 – até o cineasta russo Sergei Eisenstein se derreteu pela obra –,
o criador de Mickey e Pato Donald queria fazer "arte". Para
acompanhar a Sinfonia nº 6 de Beethoven, a Pastoral, criou uma animação
delirante sobre figuras da mitologia grega. "Isto aqui vai consagrar
Beethoven", bravateou Disney ao ver o resultado final. A repercussão do
filme, num primeiro momento, não ficou à altura da ambição. Foi um fracasso de
público. A crítica, salvo raras exceções, condenou. O compositor russo Igor
Stravinsky, regiamente pago para atirar sua Sagração da Primavera aos leões de
Hollywood, ficou irritado com a breguice dos dinossauros multicoloridos
acoplados à sua música. "É uma asneira imperdoável", disparou, sem
meias palavras.
É a sequência do filme de
Fantasia de 1940 e como ele, possui sete segmentos animados contendo música clássica.
O único segmento presente nos dois filmes é O Aprendiz de Feiticeiro. A trilha
sonora do filme foi realizada pela Orquestra Sinfônica de Chicago pelo condutor
musical James Levine. Um grupo de atores e atrizes conhecidas como Steve
Martin, Bette Midler, James Earl Jones, Quincy Jones e Angela Lansbury, fazem
uma introdução em cada segmento com imagens em live-action.
Roy E. Disney primeiramente
pensou em uma sequencia de Fantasia no ano de 1974, mas a produção só começou
em 1990. O filme possui sequencias animadas em que foram usadas imagens geradas
por computador diferentemente da animação a mão usada em 1940. Peter Schickele
trabalhou com Levine em cada segmento musical que aparece no filme.
Algumas animações lembram
trabalhos anteriores de seus autores. Caso de “Rapsódia em Azul” (composição de
Gershwin), uma crônica da vida em Nova York na era do Jazz. Os personagens têm
a marca de Eric Goldberg, o mesmo animador de Aladdin. Mais uma vez ele alongou
seu traço para homenagear o cartunista Al Hirschfeld.
Entre uma dança de baleias, um
maluco jogo de io-iô e o balé de uma fada da natureza, Fantasia 2000
varia nas
técnicas de animação, mas mantém a mensagem central de otimismo e louvor à
vida. O que não é mau. É Disney.
2000 – Tigrão, o Filme. Junte-se ao Tigrão em uma viagem épica para
encontrar os outros tigres da sua "árvore genealógica". Ele se
assusta quando descobre, depois de várias aventuras emocionantes, que as
famílias vêm em todas as formas e tamanhos.
2000 – Dinoussauro. Mistura cenários reais com animais em computação
gráfica. Mostra o declínio das espécies, após a queda na Terra do cometa que
muitos cientistas acreditam ser o responsável por sua extinção.
2001 – A Nova Onda do Imperador. Em um reino mítico e rodeado de
montanhas, o jovem e arrogante Imperador Kuzco transformado em uma lhama por
sua conselheira, a poderosa bruxa Yzma. Perdido na floresta, a única chance de
Kuzco recuperar seu trono contando com a ajuda de Pacha, um simplório camponês.
Mas ambos precisarão enfrentar a bruxa Yzma antes de concluir sua jornada.
A Nova Onda do Imperador se
destaca pela hilariante construção de seus personagens. Desde o pedante Kuzco
(como gente ou como lhama), até a malvada feiticeira Yzma, passando pelo
camponês grandalhão e boa praça Pacha, todos os personagens do desenho são bem
estruturados. Todos têm defeitos e qualidades, são
razoavelmente profundos
(para um desenho de menos de uma hora e meia), humanos, falíveis e - acima de
tudo - muito divertidos. Quem rouba a cena, porém, é Kronk, ajudante grandalhão
de Yzma, uma hilariante mistura de vilão de ocasião com garotão californiano.
Nas cenas onde Kronk se desdobra em dois outros personagens (sua consciência e
seu diabinho de plantão), o riso é triplicado.
Atestado de incompetência geográfica
e cultural: Numa determinada cena do desenho, um grupo de crianças -
supostamente incas ou peruanas, que seja - realizam a tradicional quebra da
"piñata", uma brincadeira tipicamente mexicana.
2001 - Atlantis - O Reino Perdido. O explorador Milo Thatch (Michael J.
Fox) recebe inesperadamente um mapa que indica a exata localização da cidade
perdida de Atlantis. Juntamente com o Capitão Rourke (James Garner) e sua
tripulação, ele parte em busca da cidade a bordo de um submarino, bancado por
um excêntrico magnata. Porém, para encontrar Atlantis Milo, Rourke e sua
tripulação terão que enfrentar os mais diversos obstáculos ao longo da jornada
submarina.
É a maior produção de ação e
aventura, e por isso, o maior filme com efeitos de animação já produzido pelos
estúdios Disney, e a melhor realização de toda sua história quanto à integração
dos efeitos tradicionais 2D e digitais em 3D. O coordenador artístico Chris
Jenkins calcula que do total de 7600 pés do filme, 6000 deles devem incluir
efeitos de algum tipo. Os efeitos digitais (num total de 362) são vistos em 30%
do filme e o software "Deep Canvas" (ou, "tela com
profundidade", ferramenta digital para se desenhar cenários que conferiam
à cena uma perspectiva de grande profundidade, criado para Tarzan®) foi usado
em quase uma dezena de cenas. Os principais efeitos visuais dinâmicos vistos em
Atlantis – O Reino Perdido incluem explosões, vulcões expelindo lava,
pirilampos incendiários, cristais incandescentes, raios tipo laser, efeitos
atmosféricos, tsunamis, centenas de bolhas de ar e cenas com multidões, entre
outros.
Outro elemento fundamental para o
impacto desta produção de ação e aventura é sua magnífica trilha instrumental,
composta por James Newton Howard. Comenta o diretor Kirk Wise: "Howard deu
ao filme uma maior magnitude, grandiosidade e muita emoção. Ele o trata como
trataria qualquer produção live-action e sua contribuição foi
excepcional."
Além de compor a trilha
instrumental do filme, James Newton Howard também compôs a canção dos créditos
finais, em parceria com a aclamada compositora Diane Warren (que também
escreveu a letra). Intitulada "Where the Dream Takes You," é
interpretada pela cantora Mya.
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