1950 - A Gata Borralheira (Cinderela). Inspirado em conto do francês Charles
Perrault. O filme
salvou Disney de uma crise financeira após os tempos da
guerra. Direção de Wilfred Jackson, Hamilton Luske e Clyde Geronimi. Conta a
história de uma menina órfã que fica sob a guarda da madrasta cruel. Ela mantêm
a menina na cozinha, em regime de escravidão. Sem o carinho dos pais e sofrendo
com a implicância das irmãs horrorosas, Cinderela tinha como amigos meia dúzia
de ratos e passarinhos.
Contrariando todas as
expectativas da maldosa família, que pretende segurar Cinderela longe da festa
real, sua Fada Madrinha transformou a abóbara em carruagem e os ratinhos em
cavalos. Deu para Cinderela um vestido autêntico e uns sapatinhos de cristal.
Ela foi ao baile e conquistou o príncipe. Há belos momentos com o gato Lucifer,
os ratinhos Jaq e Tatás e o cachorro Bruno. A música “Bibbidi-Bobbide-Boo”
ganhou o Oscar de melhor canção. 75 min.
1951 - Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland). Direção de
Clyde Geronimi, Hamilton
Luske e Wilfred Jackson. Baseado na clássica história
de Lewis Carroll.
Alice é uma garota curiosa que ao
perseguir um coelhinho branco completamente maluco, entra no mais divertido e
confuso dos mundos: O País das Maravilhas. Lá, Alice vai viver muitas surpresas
e ainda enfrentar a poderosa Rainha de Copas e seu terrível exército de cartas.
76 min.
1953 - As Aventuras de Peter Pan. Foi o campeão de bilheteria do ano.
Foram gastos US$ 4 milhões com a realização de mais de 500 mil desenhos para
dar vida à história. Versão da peça de Sir James Barrie.
As aventuras de Wendy
e seus irmãos na Terra do Nunca têm a força dos desejos infantis, a começar por
este, muito particular: a fantasia de nunca ficar adulto.
Wendy é a menina que
deve passar a última noite no mesmo quarto que seus irmãos menores. Já está
crescidinha e deve ocupar outro aposento.
Durante a noite aparece Peter Pan
que leva os três para a Terra do Nunca. Eles voam, com o auxílio do pó de
pirlimpimpim flertando com as sereias da
Terra do Nunca. E, finalmente, sentindo falta de casa e da mãe - resolvem
voltar e enfrentar a dor do crescimento.
fornecido pela ciumenta Sininho. Combatendo o mal na figura do
arquiinimigo Capitão Gancho e seus piratas, festejando com os índios numa dança
frenética,
Peter Pan é o herói aventureiro em estado puro. A fada Sininho rouba o
filme e todas as cenas em que aparece. Ela é cheia de nuances, sexy, uma das
razões maiores do êxito da história. Direção de Hamilton Luske, Clyde Geronimi
e Wilfred Jacson. 77 min.
1955 - Os estúdios Disney lança
seu oitavo desenho em longa metragem: A
Dama e o Vagabundo (The Lady and the Tramp). Foi o primeiro desenho animado
da história do cinema a utilizar o formato CinemaScope, o que provocou
alterações nos esquemas de produção e concepção nos filmes dos estúdios Disney.
Acostumados ao formato 35mm, os animadores de Disney foram obrigados a
abandonar seu antigo método de trabalho.
No formato normal, os efeitos de
espaço e profundidade necessários ao bom desenvolvimento da ação são
conseguidos com o uso de panorâmicas, truques de animação, cortes de
movimento
e uma montagem ágil das sequências. Já o CinemaScope, com seu quadro mais
alongado, praticamente traz todo o espaço pronto, tornando necessário a
utilização de tomadas maiores, menor número de cortes de movimento e uma
constante preocupação em evitar espaços vazios no cenário.
Apesar de todas essas
dificuldades, a equipe Disney saiu-se muito bem. História de Ward Greene. Conta
o irresistível caso de amor entre uma cachorra de raça e um cão vira lata. Daí
nasceu o Banzé. Bons momentos de sequências de ação ininterrupta quando
Vagabundo, herói, mata o rato malvado na casa de Lili, e quando Joca e Fiel
interceptam a carrocinha, além dos terríveis gatos siameses. Isso sem
desmerecer a sequência mais memorável: o jantar no restaurante italiano, digna
de qualquer antologia romântica do cinema. Direção de Hamilton Luske, Clyde
Geronimi e Wilfred Jackson. 76 min.
1959 - A
Bela Adormecida ( The Sleeping Beauty). Direção de Clyde Geronimi.
75 min. Direção deClyde Geronimi e música de George Bruns. Adaptação de um
conto de fadas de Charles Perrault. Para comemorar o nascimento da filha,
Aurora, o rei e a rainha preparam uma celebração monumental, mas não convidam a
bruxa má Malévola, temida por todo o reino. Ofendida, ela lança uma praga sobre
a criança - em seu 16º aniversário, ela espetará o dedo no fuspo de uma roca de
fiar e morrerá. Uma fada madrinha consegue alterar a maldição, fazendo com que
a princesa, em vez de morrer, caia em sono profundo até ser despertada por um
beijo de amor.
Destaque para a batalha final
entre o príncipe e a bruxa, que se transforma em dragão para combatê-lo.
Consumiu o trabalho de mais de 300 artistas, que criaram cerca de um milhão de
desenhos para o filme. Foi concluído depois de três anos. Utilizando technirama
70 e som estereofônico, além de um design estilizado e angular para os
personagens e cenas de fundo, em lugar dos antigos traços suaves e arredondados
que aos poucos já vinham sendo abandonados pelos artistas do estúdio. Primeiro
Oscar técnico-científico para Ub Iwerks. 75 min.
Nenhum comentário:
Postar um comentário