O terceiro gênio da trinca de humor na
primeira metade do século XX foi K.Lixto (1877-1957). Calixto Cordeiro era caricaturista,
desenhista, ilustrador, litógrafo, pintor e professor. Começou a atuar como
caricaturista em 1898, quando colaborou na revista Mercúrio, com o pseudônimo
K. Lixto, utilizado a partir de então na assinatura de todos os seus trabalhos.
Depois de colaborar em diversos periódicos, funda, com Raul Pederneiras (1874 -
1953), em 1902, a revista O Tagarela, em que inicia, em 1904, uma série de
charges questionando a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola,
instituída por Oswaldo Cruz (1872 - 1917).
Para a revista Kosmos, realiza, a partir
de 1906, ilustrações para as crônicas de João do Rio (1881 - 1921), Olavo Bilac
(1865 - 1918) e Gonzaga Duque (1863 - 1911). Em 1907 assume, ao lado do caricaturista
Raul Pederneiras, a direção artística da revista Fon-Fon. Nesse periódico, além
de publicar suas caricaturas, responsabiliza-se pela ilustração de grande
número de capas.
Em agosto de 1908 lançou a revista O Degas, que apesar de ter
durado menos de um ano é considerada uma das graficamente mais belas do gênero
no Brasil. E foi láque K.Lixto fez alguns de seus melhores desenhos. Sempre
trabalhando como colaborador em diversas publicações, passa a fazer, em 1911, a publicação de uma
série de charges de conteúdo político no jornal Gazeta de Notícias.
A partir de 1917, começa a trabalhar
como colaborador na revista D. Quixote, em que permanece até 1928. Dessa data
em diante, colabora em diversas publicações, entre elas, a revista O Cruzeiro e
o jornal Última Hora. Em 1944, funda, com outros artistas, a Associação
Brasileira de Desenho. K-Lixto foi um
dos mais importantes artistas gráficos da primeira metade do século 20, com uma
prolifera obra (calcula-se que tenha cerca de 150 mil desenhos)
Dominando todas as técnicas de seu
métier, inclusive a de litógrafo, K.Lixto desenvolveu uma atividade prodigiosa
na imprensa de seu tempo, contribuindo com desenhos para todas as maiores
publicações ilustradas da época.
Ao longo de sua carreira de mais de 50 anos a
serviço do chargista político, do caricaturista pessoal do ilustrador exímio e
agudo observador de costumes, o lápis do artista falava várias línguas, sempre
com a maior fluência e precisão.
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