22 maio 2018

Uma trinca de gênios do humor: Raul, K.Lixto e J.Carlos (02)


O terceiro gênio da trinca de humor na primeira metade do século XX foi K.Lixto (1877-1957). Calixto Cordeiro era caricaturista, desenhista, ilustrador, litógrafo, pintor e professor. Começou a atuar como caricaturista em 1898, quando colaborou na revista Mercúrio, com o pseudônimo K. Lixto, utilizado a partir de então na assinatura de todos os seus trabalhos. Depois de colaborar em diversos periódicos, funda, com Raul Pederneiras (1874 - 1953), em 1902, a revista O Tagarela, em que inicia, em 1904, uma série de charges questionando a campanha de vacinação obrigatória contra a varíola, instituída por Oswaldo Cruz (1872 - 1917).

Para a revista Kosmos, realiza, a partir de 1906, ilustrações para as crônicas de João do Rio (1881 - 1921), Olavo Bilac (1865 - 1918) e Gonzaga Duque (1863 - 1911). Em 1907 assume, ao lado do caricaturista Raul Pederneiras, a direção artística da revista Fon-Fon. Nesse periódico, além de publicar suas caricaturas, responsabiliza-se pela ilustração de grande número de capas. 

Em agosto de 1908 lançou a revista O Degas, que apesar de ter durado menos de um ano é considerada uma das graficamente mais belas do gênero no Brasil. E foi láque K.Lixto fez alguns de seus melhores desenhos. Sempre trabalhando como colaborador em diversas publicações,  passa a fazer, em 1911, a publicação de uma série de charges de conteúdo político no jornal Gazeta de Notícias.


A partir de 1917, começa a trabalhar como colaborador na revista D. Quixote, em que permanece até 1928. Dessa data em diante, colabora em diversas publicações, entre elas, a revista O Cruzeiro e o jornal Última Hora. Em 1944, funda, com outros artistas, a Associação Brasileira de Desenho.  K-Lixto foi um dos mais importantes artistas gráficos da primeira metade do século 20, com uma prolifera obra (calcula-se que tenha cerca de 150 mil desenhos)


Dominando todas as técnicas de seu métier, inclusive a de litógrafo, K.Lixto desenvolveu uma atividade prodigiosa na imprensa de seu tempo, contribuindo com desenhos para todas as maiores publicações ilustradas da época. 


Ao longo de sua carreira de mais de 50 anos a serviço do chargista político, do caricaturista pessoal do ilustrador exímio e agudo observador de costumes, o lápis do artista falava várias línguas, sempre com a maior fluência e precisão.













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