A felicidade é uma curva em U. Pesquisa
científica: Aos vinte o mundo inteiro se abre diante de nós, cheio de
possibilidades, e tudo parece uma questão de escolha. Aos quarenta, as janelas
parecem estar todas fechadas, e os caminhos, interditados. O que não foi, não
será. A vida real desaba sobre as cabeças dos aventureiros incautos: é conta, é
família, é chefe, é trampo.
Mas, assim como há um pico aos vinte, há
outro aos cinquenta (alguns estudos falam em sessenta). O trabalho, realizado
por pesquisadores da Universidade de Warwick e do Dartmouth College, nos
Estados Unidos, com o título "Terá o bem estar a forma de U no ciclo da
vida?". Os cientistas constataram que os níveis de felicidade têm a forma
curva de um U, com picos no início e no final da vida e seu ponto mais baixo na
meia-idade. Muitos estudos anteriores sugeriam que o bem estar psicológico se
mantinha relativamente estável com o avançar da idade.
Os dois autores, ambos economistas - os
professores Andrew Oswald, da Universidade de Warwick, e David Blanchflower, do
Dartmouth College - consideram que o efeito da curva em U tem origem no
interior dos seres humanos, já que encontraram sinais de depressão no meio da
vida em todos os gêneros de pessoas, independentemente de terem crianças em
casa, divórcios, mudanças de emprego e rendimento.
A Noruega é o país mais feliz do mundo,
revelou o relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU). A nação é a
primeira das cinco nórdicas que dominam o topo da lista de 2017, que avalia
fatores econômicos, sociais e políticos. Mais de vinte destinos separam o
pequeno país europeu do Brasil, que ocupa a 22ª posição.
Para chegar ao ranking, em parceria com
a Rede de Solução em Desenvolvimento Sustentável, a ONU classifica 155 países
através da combinação de dados com a opinião pública sobre qualidade de vida.
Seis fatores são levados em conta: PIB per capita, expectativa de vida
saudável, generosidade, exposição da corrupção, liberdade para fazer escolhas e
apoio social – medido pela sensação de “ter alguém para contar em momentos de
dificuldade”.
A aparente felicidade brasileira não
reflete no índice, que coloca o país logo após os Emirados Árabes e cinco
posições abaixo em relação ao ranking de 2016. Ainda assim, o cenário não é dos
piores: o Brasil está acima da Argentina (24), Uruguai (28), França (31) e
Espanha (34). Os Estados Unidos, para muitos o país mais poderoso do globo,
estão no 14º lugar da lista. De acordo com o relatório, a posição americana
pode ser explicada pela corrupção e queda no apoio social – o que explica a boa
colocação nórdica.
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