A Terra se recicla como nossos
corpos. As árvores são seus pulmões. Os rios e as águas são sua circulação. O
ar é seu hálito e a energia do céu e das estrelas é também a energia que anima
seus membros e alimenta o marca passo de seu coração e a eletricidade de seu
cérebro.
Seu corpo vive uma troca dinâmica
com todos os corpos vivos, incluindo plantas e animais, e com terra, ar e água
por intermédio de respiração, digestão, metabolismo e alimentação. Todos somos
membros de um único corpo. Nosso corpo também é parte de um único campo de
energia, como com o campo de energia universal. Nossa respiração é uma com a
atmosfera do planeta Terra.
Somos todos um.
Todos os limites são conceituais,
não baseados na realidade.
As fronteiras existentes entre as
nações, por exemplo, são um conceito humano. Não há na natureza linha dividindo
nações ou oceanos. A Terra é um organismo único e expressão do universo total.
Cada acontecimento no espaço e no tempo é uma conspiração de todos os
acontecimentos, e cada objeto é também o universo total como um instantâneo no
espaço e no tempo.
Nosso corpo está em constante
movimento, se alimentando e reinventando. O corpo não é uma
estrutura, é um
processo. A versão deste ano do nosso corpo é um modelo reciclado do ano
passado. No nível de moléculas e átomos, estamos constantemente se
reinventando, o que significa que temos uma pele nova por mês, um novo
esqueleto a cada três meses, um novo revestimento gástrico a cada quatro dias e
um novo fígado a cada seis semanas. Nosso DNA, que contém memórias de milhões
de anos, carbono, oxigênio e nitrogênio.
Tudo ao nosso redor existe por
causa da nossa participação e interação com isso. No momento em que para de
interagir com algo, que demonstre indiferença ou mesmo age automaticamente
(seja uma relação, uma atividade ou um objeto), isso começa a se tornar menos
relevante para nossa vida e a desaparece. Uma postura desapaixonada em relação
a qualquer coisa na vida gira banalidade, tédio e, finalmente, morte emocional
e mesmo física.
Para que haja transformação é
preciso ter equilíbrio.
É preciso descobrir que nossa
consciência é a consciência do universo, nossa mente é parte do universo. Somos
capazes de suspender nosso diálogo interno e nesse silêncio escutar a mente do
cosmo.
Nosso corpo é feito de 1 trilhão
de células (mais que o número de estrelas e planetas na Via Láctea), cada uma
das quais, estima-se, faz cerca de 6 trilhões de coisas por segundo, e toda
célula sabe instintamente o que as outras células estão fazendo. Essa é a
trágica, o mistério e a alquimia da existência.
Nas escrituras orientais acredita
que On é o som primordial do universo – a origem de toda criação. A essência
dessa ideia é que nomes, palavras têm poder, pois contêm nossas intenções, que
movem nossas ações. Assim, tornar-se consciente das palavras que usamos é uma
qualidade muito importante a encorajar em nosso eu super-humano.
Quando estamos consciente ou
reflexivamente atentos a nossas palavras e intenções, nossas ações estarão
alinhadas com o bem maior.
Há ritmos temporais fundamentais
que governam a Terra e o universo. Entre eles estão ritmos circadianos, que são
as batidas cíclicas que medem os processos bioquímicos, fisiológicos e
comportamentais de todas as coisas vivas na Terra.
Também incluem ritmos sazonais
que dizem respeito à revolução do planeta ao redor do Sol e os ritmos das
marés, relativos aos complexos efeitos gravitacionais do Sol e da Lua (ritmos
lunares) e de outros corpos celestes sobre nosso planeta e suas águas.
Há pelo menos cem ritmos citados
pelas cronobiólogos. Combinados, eles compõem a pulsão que anima nosso cosmos
que vive e respira, do movimento de estrelas e planetas e da sequência das
estações à subida e descida dos oceanos e tudo mais na natureza. Todos esses
ritmos estão entrelaçados em uma relação tão refinada que a única explicação razoável para o seu funcionamento
é a existência de uma inteligência mais profunda que a sustenta e coordena. Há
um maestro para essa sinfonia do cosmos, e é o transcendente.
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