Indivíduo que lê a toda e qualquer publicação de quadrinhos. Lê quadrinhos todos os dias. Eles se subdividem em – os que lêem quadrinhos somente nos jornais, em tiras diárias ou suplementos dominicais, e o que lê em revistas próprias, freqüentador assíduo das bancas. Esse tipo de leitor respira quadrinhos 24 horas por dia. Lê desde os quadrinhos adultos (eróticos, terror, aventuras) até os juvenis (heróis, humor, infantil). Basta ser história em quadrinhos que ele devora em poucos minutos.
O REFUGIADO
É o leitor sem o mínimo de consciência do que vai lê. Ele está precisando de um momento agradável, isolar do ambiente e esquecer por alguns momentos seus problemas. Só pega uma revista para ler quando não consegue resolver os problemas e se refugia no escapismo dos quadrinhos. E sonha, sonha...
Tipo doentio que vê nas histórias em quadrinhos uma fonte de exaltação dos instintos. Não perde uma história erótica, seja ela publicada pela Nova Sampa, Ônix ou Editora Ondas. Quanto mais cenas eróticas, melhor.
O OPORTUNISTA
Lê um pedaço da história no ônibus enquanto o dono não salta no ponto. Pede emprestado por alguns minutos para folhear ou ver uma parte da aventura e acaba ficando com a revista. Costuma “esquecer” de devolver ao dono.
O OCULTO
O que na presença de amigos despreza as revistas em quadrinhos, taxando-as de subliteratura ou “coisas de crianças”, mas quando aparece uma oportunidade, tranca-se no banheiro para ler escondido. E fica “vermelho” quando alguém o pega “distraído” com um gibi.
O que tem o prazer de ver pilhas de revistas antigas guardadas pelo simples prazer de nostalgiar ou colecionar. Geralmente esse tipo de público leitor não gosta das revistas modernas, as graphic novels, preferem as clássicas: Flash Gordon, Mandrake, Buck Rogers, Zorro, Cavaleiro Negro, entre outras. É o leitor saudosista.
O FÃ
Seleciona suas revistas, mas sua escolha é da de seu personagem preferido. É um leitor vítima da propaganda da editora. Noventa por cento de suas preferências são de super-heróis. A possibilidade de ler a uma boa história depende diretamente de seu personagem,. Em seu quarto vive cercado de posters do herói. Sabe, com detalhes, todas as aventuras do personagem, dos vilões e suas namoradas. E sonha...
É o que se subordina a um gênero de uma determinada revista. Por comodismo, tradição, vantagens de empréstimo. Lê quadrinhos de determinado gênero, mas sem nenhum espírito seletivo. Apenas por mero hábito. Só gosta de ler em seu quarto, no conforto da cama, sem ninguém por perto para perturbar sua leitura.
É o tipo de leitor metropolitano. Adora revistas policiais, super heróis, westerns entre outras. Oitenta por cento desse público é apreciador de historietas norte-americanas, exclusivamente. Acha que ninguém faz quadrinhos melhor que os americanos. Quinze por cento dos exclusivistas são apaixonados por gibis brasileiros. E apenas 5% apreciam as bandes desinees européias. Esses últimos possuem renda para adquirir os álbuns luxuosos a preços caríssimos.
O DILETANTE
Para ele quadrinhos são diversão, pura e simples. Não lê qualquer revista, escolhe o tipo engraçado. Gosta da revista MAD, Groo ou mesmo as que publicam cartuns, charges, caricaturas. Odeia os gibis de heróis mascarados e voadores.
Leitor que aceita a opinião do vizinho ou amigo sem o mínimo raciocínio. Não tem opinião própria. Lê historietas que a propaganda exalta. É uma vítima dos quadrinhos como instrumento comercial ou popularmente conhecido como “quadrinhos digestivos”. O que a propaganda dita ele compra e nem analisa, digere rapidamente.
O CONSCIENTE
É o leitor que tem uma visão crítica da leitura de HQ. Oitenta e oito por cento das pessoas que lêem histórias em quadrinhos na Bahia o fazem imperfeitamente, atendendo circunstâncias múltiplas onde o essencial é omisso, isto é, a qualidade.
O conselho que se dá aos leitores inconscientes é ler uma historieta procurando ver as qualidades do enredo, da narrativa, do desenho, da seqüência de planos (quadros), da ação, da personalidade do herói e do desenrolar da ação, dos planejamentos gráficos, do enquadramento. É o saber “ver” um gibi. E as vantagens serão imensas.
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