O Brasil tem hoje pouco mais de 19
milhões de aposentados pelo INSS, segundo a Secretaria da Previdência Social.
Atualmente, o brasileiro se aposenta, em média, aos 58 anos. De cada três
aposentados, dois ganham um salário mínimo.
Alguns optam também por poupar dinheiro
como forma de ter segurança nessa fase de suas vidas, mas ainda estão em número
reduzido: entre 10 trabalhadores autônomos, apenas três estão poupando para
suas aposentadorias. Entre os trabalhadores de baixa renda, esse número é ainda
menor: três entre cada 20 pessoas poupam algum dinheiro como segurança para
quando pararem de trabalhar (dados do BID).
No Brasil não há formatação de políticas
públicas concretas e funcionais para a terceira idade. Além disso, a palavra
aposentadoria vem de aposento, aquele cômodo no fundo da casa, escondido. Assim
é o aposentado em nosso país, não tem mais direito de participar da sociedade.
O ser humano vai para a escola e fica lá
um bom tempo, aprende um ofício e começa a trabalhar em tempo integral. Ao chegar
aos 50 ou 60 anos ele ainda trabalha, cuida dos pais, sogra e, em determinado
momento se aposenta. Abruptamente, afinal trabalhou por muito tempo. Quem
trabalhou o dia inteiro e acorda aposentado dificilmente terá direito de
participar da sociedade. Por isso, é preciso se preparar, dar a volta por cima
e encontrar um caminho alternativo. A vida é um contínuo aprendizado.
Neste século 21, por exemplo, ninguém
começará numa profissão e chegará aos 71 anos sendo a mesma coisa, vai ter de
se diversificar e encontrar alternativas por causado volume e das mudanças
provocadas pela tecnologia.
A primeira revolução industrial foi
dominara energia, a segunda foi massificar a produção, a terceira foi a
digitalização e agora estamos vivendo a quarta revolução industrial, a
sinergia, tecnologia conversando com a outra.
Em 1960, o Brasil tinha pouco mais de 3
milhões de idosos. Em 2010, já eram quase 20 milhões. Nesses 50 anos, ao mesmo
tempo em que a população se urbanizou, a taxa de fecundidade caiu. De mais de
seis filhos, em média, por mulher, pra menos de dois.
“O envelhecimento populacional já ocorre
no Brasil em um ritmo acelerado. Essa é a nossa grande característica própria
dessa dinâmica demográfica no século 21”, explica Jorge Félix, professor de
Economia da Longevidade na USP.
A França levou 145 anos para dobrar a
população de idosos. No Brasil, isso vai acontecer em apenas 25 anos, segundo
as estimativas da Organização Mundial da Saúde. “É o envelhecimento mais rápido
no mundo, mas nós estamos envelhecendo ainda com pobreza. Os países
desenvolvidos primeiro enriqueceram pra depois envelhecer, essa que é a grande
diferença e o grande desafio para o Brasil”, avalia Alexandre Kalache,
presidente do Centro de Longevidade Brasil.
Os sinais de envelhecimento começam no
corpo da gente, bem aos poucos. É difícil perceber. Mas uma roupa especial
ajuda. Ela deixa tudo mais pesado, como se tivesse menos força. E limita os
movimentos. Além disso tudo, dessa falta de mobilidade, os idosos ainda têm
problema com a visão. Os óculos, também especiais, tiram completamente a visão
periférica. Você só consegue ver o que está na frente.
A calçada poderia estar em qualquer
cidade brasileira. Mais um desafio: atravessar a rua na faixa de pedestre no
tempo que o sinal de pedestre dá. Já era pouco tempo e foi preciso esperar três
carros passarem. A conclusão é que é muito difícil e perigoso andar numa
calçada como essa cheia de degraus, cheia de buracos, não é à toa que tantos
idosos se acidentam nas cidades brasileiras.
Isso é apenas uma pequena fatia das
dificuldades dos idosos no Brasil....
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