“Caetano
Veloso é, certamente, uma das mais 'inexplicáveis' personalidades
brasileiras. Não apenas por ser um artista polêmico e camaleônico,
cuja força sempre esteve na capacidade de escapar às classificações
e desautomatizar chaves convencionais de interpretação, mas também
por se tratar de alguém que não cansou de se auto explicar ao longo
dos seus quarenta nos de vida artística (iniciada em 1965), a ponto
de parecer esgotar tudo o que de novo se poderia dizer a seu
respeito. Ao mesmo tempo, continua a atrair para si a atenção de um
público imenso – dentro e fora do país -, mantendo-se como um
foco de controvérsias a exigir sempre novas explicações. Quer
dizer: a 'explicação', aqui, não e dispensável ou redundante. Na
verdade, ao atacar a autonomia formal da canção, incluindo uma
série de elementos no seu interior – encenação, ruídos,
referências visuais, cultura de consumo -, o tropicalismo deu ao
discurso conceitual um papel construtivo, transformando a música
brasileira em um campo de cruzamento onde as coisas estão todas
postas em estado de explicação”, escreveu o arquiteto e ensaista
Guilherme Wisnik no livro Caetano Veloso. Folha Explica, 2005.
Nos anos
70 compôs músicas de sucesso como Tigresa, Odara, Leãozinho e
Sampa.
Nos anos
1980, Caetano Veloso continuou gravando e produzindo discos, como
"Outras Palavras", "Cores, Nomes", "Uns"
e "Velô". Em 1986, comandou, ao lado de Chico Buarque, o
programa de televisão "Chico & Caetano", onde cantavam
e recebiam convidados.
Nos anos
1990, voltou a fazer sucesso com o disco "Circuladô", cuja
faixa-título era baseada num poema de Haroldo de Campos. Logo em
seguida, "Tropicália 2" refez a parceria entre Caetano e
Gil.

Em 1997,
saiu o primeiro livro de Caetano, "Verdade Tropical"
(Editora Companhia das Letras), um relato pessoal sobre sua visão de
mundo. Seu disco "Livro", de 1998, ganhou o prêmio Grammy
em 2000, na categoria World Music. Em 2002, Caetano publicaria outro
livro sobre a Tropicália: Tropicália – uma história de música e
revolução no Brasil.
Caetano é um sebastianista joãogilbertiano

Ainda na
apresentação da extensa obra (400 páginas), eles concluem: “Ser
Caetano hoje, portanto, em meio à grandeza de tantos contemporâneos,
é tarefa para quem soube ir fundo, retornar à superfície e, por
fim, poder dizer: eu sou eu e minha vontade; eu sou os outros na
minha verdade. Afinal, um ser-palavra que fundou uma dicção e se
move na contradi (c) ção, ocupando a interdi (c) ção dos tempos
brasileiros”.
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Um comentário:
Mestre Gutemberg, é sempre bom ler seus textos. Parabéns a Caetano e a você. Um forte abraço!
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