29 janeiro 2020

Desenhistas de quadrinhos na Bahia 01


ALBERTO ROMERO




Argentino/baiano. Nasceu em Buenos Aires em 1937 e cursou Belas Artes. Aos 17 anos comercializou seus desenhos pela primeira vez. Tornou-se cantor de um conjunto de jazz e em 1958 ganhou o concurso de novos valores do jazz. Aos 20 anos conseguiu o primeiro emprego como desenhista e passou por várias agências de propaganda argentinas. Publicou seus quadrinhos na revista portenha Poncho Negro. Publicitário, artista plástico e jornalista, dedicou mais de 60 anos de sua vida ao estudo e pesquisa da Ufologia. Em 1963 chegou ao Brasil com a família e começou a trabalhar no jornal Folha de S.Paulo, depois foi para a Editora Abril. 

Em 1968 chegou à Bahia e começou a trabalhar na Vínculo Propaganda que mais tarde seria fundida com a Denison Propaganda Nordeste. Depois passou para a Randan Comunicação. Nessa época começou a publicar uma série de reportagens sobre discos voadores no Jornal da Bahia. Nos anos 70 começou a publicar charges. Em novembro de 1976 lançou com Adinoel Motta Mais o suplemento O Mutante com uma HQ central intitulada Experiência. Realizou uma exposição coletiva de cartunistas e chargistas e foi para Alemanha participar da Expo Cartoon 77. Ainda em 1977 publicou no suplemento de domingo do Jornal da Bahia a HQ Missão Genes..(a data maior do mundo cristão). Era fã do desenhista norte americano Alex Raymond. Faleceu em 20 de maio de 2018 em Salvador-BA.







APS




Anildson Pereira dos Santos, conhecido como APS, nasceu em Paulo Afonso em 20 de março de 1954. Cartunista de ocasião, engenheiro mecânico por opção, publicou cartum pela primeira vez em 1973 no fanzine Na Era dos Quadrinhos, de Gutemberg Cruz que foi seu colega no Colégio Central. Em 1975 participou como colaborador do suplemento A Coisa da Tribuna da Bahia. E em 1976 participou do Coisa Nostra. No mesmo ano colabora com vários jornais estudantis: Resistência, Novação, Viração. 

Em 1978 participa do I Salão de Humor da Bahia na Eucatexpo e classifica-se entre os três melhores. Nessa época (1978) começou a publicar uma tira diária no Jornal da Bahia com o personagem Locutor de poste comentando os problemas do dia a dia. A publicação vai até março de 1979. Em seguida deu continuidade ao seu traço criativo e experimental. Um trabalho de grande força visual.





GABRIEL LOPES PONTES




Nasceu basicamente o teatro. Seus pais faziam teatro. Aos sete anos ganhou um prêmio de revelação infantil. Descobriu o desenho e começou a sonhar. Aos 14 anos se entregou completamente ao desenho. Aos 19 anos lançou a exposição de HQ Algo de HQ no Front em agosto de 1985. Entrou na Escola de Belas Artes da UFBa e gostava de ouvir jazz. A partir daí passou a fazer quadros grandes com uma linguagem de quadrinhos usando como tema jazz. Em 1986 realizou a exposição Quadrinhos para Xuxu no Projeto Galeria do Aluno da professora Maria Adair. Apreciava quadrinhos que envolvesse elementos de outras artes, preferia leitura de quadrinhos europeus (Hugo Pratt, Manara, Crepax).

Ganhou um prêmio no Salão Universitário de Artes Plásticas, baseado em HQ, 1988. Autor de História em Quadrinhos Avançada Um Permanente Diálogo Entre A Nona-Arte e as Belas Artes, sob orientação do Professor Doutor Juarez Paraíso. Entre 2005 e 2007, foi professor substituto de História da Arte Contemporânea na EBA / UFBA. Tem experiência nas seguintes áreas: Artes plásticas, com ênfase em pintura, desenho e história em quadrinhos; Teatro, com ênfase em dramaturgia, direção, interpretação, cenografia e figurino; História, com ênfase em História-Imagem, História da Arte e História Contemporânea. Além do romance Absynto Azul e da coletânea de contos e novelas Estórias de Monstrengos & Aberrações. Tem ainda o curta-metragem documental / ficcional Incarcânu a Tiortina, roteirizado e dirigido em parceria com Tau Tourinho, marca seu ingresso no cinema.




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