Ele é um argentino de traço e palavras
afiadas. Eduardo Antonio Risso nasceu no dia 23 de novembro de 1959 (está
comemorando 60 anos), na cidade de Leones, província de Córdoba, na Argentina.
Iniciou sua carreira de desenhista como ilustrador do jornal La Nación, em
1981. A seguir, publicou diversos trabalhos avulsos nas revistas Eroticon e
Satiricon, da Editorial Columba.
Este ano ele estará entre nós participando
da CCXP 2019, que acontecerá entre 5 e 8 de dezembro no São Paulo Expo.
Conhecido por seu estilo marcado pelo uso de contraste, Risso assina a arte de
100 Balas, quadrinho escrito por Brian Azzarello que venceu quatro prêmios
Eisner, o Oscar dos quadrinhos. Eduardo Risso é responsável também pelos
desenhos de Noite de Trevas: Uma história real do Batman, HQ autobiográfica que
narra a jornada de Paul Dini, criador da série animada do Homem-Morcego, de sua
infância até um violento assalto cujas consequências afetaram diretamente seu
trabalho como roteirista. A HQ mais recente de Risso é Moonshine, história que
mistura uma trama policial nos anos 50 com lobisomens.
Em 1987, junto com o roteirista Ricardo
Barreiro, iniciou a série Parque Chas, na revista Fierro. No ano seguinte,
ainda em dupla com Barreiro, publicou Cain e Los Mistérios de la Luna Roja.
Também em 1988, publicou Borderline, com roteiros de Carlos Trillo, iniciando
uma duradoura parceria em vários trabalhos para editoras da Europa. Fulù, de
1989, foi a primeira. Depois, vieram outras como Simon, um Aventureiro
Americano, de 1994, e Chicano, de 1997. Por essa época, começaram suas
publicações nos Estados Unidos.
Para a Dark Horse, fez a minissérie Alien:
Wraith e adaptou o filme Alien: Ressurrection. O ano de 1998 marca o início de
sua parceria mais famosa: a com o roteirista Brian Azzarello. A primeira foi a
minissérie Jonny Double.
Em 1999, é lançada a série 100 Balas, pela
Vertigo, selo adulto da DC Comics. Concomitantemente, Risso continuou
produzindo histórias com Carlos Trillo como Eu sou um Vampiro. Embora tenha
desenhado alguns trabalhos avulsos para a Marvel e para a revista Heavy Metal,
é para a DC que Risso tem produzido seus trabalhos mais conhecidos, inclusive a
graphic novel Batman: Broken City. Mesmo assim, é 100 Balas, sem dúvida, sua
obra consagradora. Com esse título, ele conquistou o prêmio Eisner em 2001, na
categoria Melhor História Seriada; em 2002, como Melhor Artista e Melhor Série
Continuada; e em 2004, nessa última categoria. Em 2002, recebeu dois prêmios Harvey
como Melhor Artista e Melhor Série Continuada, além do prêmio Yellow Kid. Seu
trabalho mais recente para a Vertigo é a minissérie Spaceman.
Na qualidade de profissional reconhecido
internacionalmente, Risso também é um grande incentivador da produção de
quadrinhos na Argentina, e desde 2010 atua como presidente do Comitê
Organizador da Crack Bang Boom – Convención Internacional de Historietas, na
cidade de Rosário, na Argentina, com exposições, palestras e oficinas com
artistas argentinos e convidados internacionais.
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