Maestro, compositor, pintor,
caricaturista, professor de música, há 30 anos morria Lindembergue
Cardoso (maio de 1989).
Nascido em 1939 no município baiano de Livramento de Nossa Senhora, Lindembergue Cardoso revelava seu talento pela música desde os oito anos de idade. Na filarmônica da cidade, ele aprendeu os primeiros rudimentos musicais. Aprendeu a tocar sax-soprano e trompa. Participou de alguns conjuntos populares.
Aos 16
anos se mudou para Salvador e aos 20 já era sax-tenor do Bazooka Joe Jazz. Estudante do Seminário de Música da UFBa, foi membro da Orquestra Sinfônica da Bahia, onde atuava como percussionista. Em 1967 ganhou a medalha Reitor Edgar Santos, com um trio para cello, violino e piano. Foi professor de composição, percepção, improvisação, instrumentação e orquestração da UFBa.
Fez trilhas
para espetáculos de dança, a exemplo de Salomé e Simôa, Paixão, Vida e Morte no Ano de Aquarius, Medeia, Arena conta Zumbi, entre outros, além de teatro de bonecos – Cobra Norato, As Relações Naturais, Auto de Natal, etc. Montou diversos trabalhos didáticos.
Fiel às
suas raízes, ele dizia que sua música tinha motivações populares, sendo a principal influência os cantos do sertão. Instrumentista de renome, compôs 110 peças ao longo de sua vida, em variações que iam do popular ao erudito. Duas de
suas composições Espectros e Quinteto representam o Brasil nas bienais de Paris, realizadas em 1971 e 1972.
Ele levou
o país ao Festival de Graz, na Austrália, a convite do Itamaraty, para o qual compôs Reflexões II. Conquistou 16 prêmios, entre nacionais e internacionais, ocupou a cadeira 33 da Academia Brasileira de Música, foi vice-diretor da Escola de Música da UFBa, co-fundador do Grupo de Compositores da Bahia e da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, e atuante professor de composição, além de
músico instrumentista e maestro.
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