Em 2009 escrevi neste blog sobre o
excepcional The Umbrella Academy. A trama conta a história de um grupo de
jovens que nasceu com poderes especiais. Cada criança era denominada com um
número. Um é Luther, o líder e mais forte de todos, tornou-se o Spaceboy. Dois
é Diego (Kraken) capaz de segurar a respiração por tempo indeterminado. Três,
Allison (Rumor) tem, o poder de fazer tornar verdade qualquer coisa que fale.
Quatro, Klaus (Seance) pode levitar e falar com os mortos. Cinco, Ben (Horror)
têm monstros de outras dimensões embaixo de sua pele. Sete, Vanya não
aparentava ter poder algum, exceto ser muito interessada em música. São os
membros da Umbrella Academy.
A história foi escrita por Gerard Way, o
vocalista da banda My Chemical Romance. E as ilustrações são do brasileiro
Gabriel Bá. Publicada originalmente pela norte- americana Dark Horse Comics. O
álbum chegou ao Brasil pela Editora Devir. Os quadrinhos foram compostos por
duas minisséries: The Umbrella Academy: Apocalypse Suite, lançada em 2007 nos
EUA e que chegou a ganhar um Prêmio Eisner de Melhor Série Limitada, e The
Umbrella Academy: Dallas, de 2008.
Após um hiato de 10 anos, em que Gerard
Way voltou a focar sua carreira música, a terceira minissérie foi lançada: The
Umbrella Academy: Hotel Oblivion. Preciosismo. Roteiro ágil e com referências
pop. Desenho excepcional, cores que seguem a trama, perfeita. Conheci Gabriel
Ba no 6º FIQ de BH e fiquei impressionado pela serenidade do rapaz. Tranquilo,
ele sabe o que faz, tem consciência do que quer e, acima de tudo, é preparado.
Sabe fazer quadrinhos como ninguém, entende toda sua linguagem e engrenagem.
Aproveitando uma série de filmes de
heróis, a Netflix investiu em The Umbrella Academy e conseguiu adaptar muito
bem a trama dos quadrinhos para as telonas.
Nem tudo está como era lá, porém as mudanças ajudam a contar a história
de uma maneira bem divertida mais de 10 anos depois de sua publicação original:
43 crianças nascem simultaneamente em diferentes lugares do mundo. Sabendo que
os bebês têm superpoderes, um homem rico adota sete deles e começa a treiná-los
para combater o crime. Já crescidos, cada irmão segue seu próprio caminho e só
voltam a se reunir com a morte do pai adotivo.
A série é fiel aos quadrinhos, mas fez
pequenas mudanças que foram importantes e fundamentais para o seu
desenvolvimento. A história de Vanya (uma das sete personagens) foi reescrita.
Em Apocalypse Suite, ela foi influenciada pelo grupo Orchestra Verdammten, que
queria destruir o mundo com música. Já na série, ela foi manipulada apenas por
um único homem, chamado Leonard Peabody. Mas a jornada dela acabou de forma
semelhante, após ela quase acabar com o mundo ao adotar a identidade de White
Violin/Violino Branco. A primeira temporada foi de grande repercussão e a
segunda já está programada para começar este semestre.
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