12 maio 2019

Jaguaripe completa 120 anos com muita história e belezas naturais


O município de Jaguaripe festeja hoje, dia 12 de maio, 120 anos de autonomia política. Situada em uma região privilegiada, ao sul da Baía de Todos os Santos, cortada por rios e cercada por uma exuberante mata nativa, a cidade já foi um dos mais importantes municípios do Recôncavo, no auge da exploração da cana-de-açúcar. Os inúmeros rios e mangues tornaram a localidade aniversariante em um complexo hídrico, visto por biólogos como um “grande berçário” para o mar.



Jaguaripe, cujo nome em tupi-guarani significa “rio da onça”, surgiu durante a terceira Governadoria Geral do Brasil (1558-1572). Para que fosse facilitado o trabalho jesuíta, instituiu-se a política de juntar várias aldeias de diferentes silvícolas em missões próximas às vilas - era o chamado Descimento. Com isto surgiu a missão da Ilha de Itaparica, em 1560 sob a inspiração de Santa Cruz. Entre 1560 e 1568 apareceu uma grande epidemia de varíola que dizimou grande parte do centro.



Então, os jesuítas resolveram transferir a aldeia de Santa Cruz com os índios ainda sadios para Jaguaripe, ou seja, para o local situado a duas léguas da foz do rio onde hoje se encontra a cidade, até que findasse a peste. Neste tempo foi construída uma igrejinha, em torno da qual começaram a aparecer moradores que foram se fixando ali e formando o povoado que mais tarde se tornaria freguesia. A doação de sesmarias que obrigavam os sesmeiros a cultivar a terra e construir engenhos influiu no crescimento do povoado.



FREGUESIA - Inúmeras sesmarias foram doadas desde então e o povoado prosperou bastante até que em 1613, o bispo D. Constantino Barradas denominou-o freguesia Nossa Senhora da Ajuda de Jaguaripe. Por base na carta régia, em 22 de maio de 1693 a freguesia tornou-se vila (a primeira do Recôncavo), mas só foi instalada pelo governador-geral D. João de Lencastro em 15 de dezembro de 1697, sob o nome de Vila Nossa Senhora D' Ajuda de Jaguaripe.



A vila de Jaguaripe passou a ser a sede de uma vasta região, a qual mais tarde foi dividida pelas futuras vilas e cidades de Aratuípe, Nazaré, Maragojipe, Lage, São Miguel das Matas e Santo Antônio de Jesus. A antiga Vila de Jaguaripe passou a ser oficialmente município em 1899. Até hoje, o lugar preserva importantes monumentos arquitetônicos dos séculos XVII e XVIII. Tida como um dos mais importantes monumentos da região, a Igreja de Nossa Senhora D'Ajuda, tombada pelo Patrimônio Histórico Nacional, foi construída em 1613.



TURISTAS - Todos os anos a cidade consegue atrair centenas de turistas para conhecer não só a arquitetura colonial da Igreja Matriz como admirar os monumentos históricos como a Casa da Câmara, localizada na Praça da Bandeira, e a Casa do Ouvidor, no centro do município. Cidade tranqüila e agradável, encontram-se atrativos naturais espalhados pelos distritos e ilhas. E, dezembro tem a festa da padroeira da cidade,, junho as festas em louvor a Santo Antônio, São João e São Pedro, julho tem, festa de sultão das matas e Nossa Senhora Santana, em setembro o caruru de Cosme e Damião e em novembro a festa de Nossa Senhora da Palma.



Além de todo este cenário histórico, Jaguaripe é um grande atrativo para os amantes da natureza. São praias de areia branca, riachos, remanescentes de Mata Atlântica, canais de mangues e apicuns que abrigam pássaros, lobos, tamanduás, raposas, pacas, tatus e uma grande variedade de mariscos e peixes, resultado da mistura de água doce e salgada. O município, que está localizado em uma língua de terra compreendida entre a margem direita do Rio Jaguaripe e a ribeira esquerda de seu maior afluente, o Rio da Dona, é um verdadeiro santuário ecológico. Devido a sua privilegiada localização, Jaguaripe é conhecida como a “Pérola dos Rios”.


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