João
Durval Carneiro
(1983-1987). Eleição direta. Definindo-se como sertanejo, o ex-prefeito de Feira
de Santana tinha prestígio no interior do estado. Seu grande desafio era enfrentar
a seca. Investiu em projetos de irrigação, principalmente em Juazeiro,
incentivou acultura da soja no oeste baiano e o desenvolvimento industrial no
interior. Conseguiu conciliar o desenvolvimento e o progresso entre o interior
e a capital. Combateu a seca com a construção de quase cinco mil poços
artesianos atendendo mais de 200 municípios. Assegurou o abastecimento de água
em Salvador e de outros municípios vizinhos mediante o sistema Pedra de Cavalo.
No setor industrial viabilizou a implantação do polo calçadista e a
consolidação do polo de Camaçari. Ao longo do seu governo, a Bahia não
conseguiu identificar João Durval como liderança e sim como um liderado do
ex-governador ACM.
Waldir
Pires
(1987-1989). “Eu quero ver um tempo novo, de crescer, de construir, a Bahia vai
mudar, trabalhando com Waldir”. O jingle da campanha refletiu bem as propostas
de aliança que apoiou Waldir: Mudar a Bahia. Fonte alcançada contra o
ex-governador ACM, reunindo Roberto Santos, Joaci Goes, Jutahy Magalhães, Luiz
Viana, Mário Kertesz, Nilo Coelho e os partidos considerados progressista. O
PMDB encabeçou a aliança. Waldir venceu, derrotando o candidato do governo,
professor Josaphat Marinho. A vitória significou uma derrota da arrogância e
dos métodos autoritários do carlismo. Mas o Governo da Mudança não aconteceu.
Ele parecia perdido administrativamente e lento nas decisões. A inercia
governamental irritou milhões de baianos. Renunciou para concorrer ao cargo de
vice-presidente, na chapa de Ulysses Guimarães. Em seu lugar, assume o vice,
Nilo Coelho, um milionário empresário e pecuarista, sem a ideologia de Waldir e
dos progressistas.
Nilo
Coelho
(1989-1991). Vice governador. Seu curto governo foi marcado por ações no
interior do Estado, especialmente onde tinha sua base. Dentre estas, destaca-se
a maior ponte do estado, a ponte Gercino Coelho, sobre o Rio São Francisco.
Para os moradores de Salvador, porém, maior colégio eleitoral da Bahia, a
figura do governador era envarada quase como a de um prefeito e sua
administração foi tida como péssima.
Antônio
Carlos Magalhães
(1991-1994). ACM deixa o Ministério das Comunicações e elege-se, pela primeira
vez pelo voto direto, governador da Bahia, tendo apoiado a candidatura de
Fernando Collor de Mello na disputa pelo Palácio do Planalto. ACM governa a
Bahia pela terceira vez, tendo como vice Paulo Souto. Retornou, agora pelo voto
popular, ao governo baiano, derrotando seu arqui adversário Roberto Santos.
Pela primeira vez disputando um pleito direto, já dono de vasta rede de
telecomunicações, tem como seu adversário o ex-afilhado Roberto Santos. A
oposição é derrotada e ACM reconquista o poder ainda no primeiro turno. O
carlismo assenta-se, de forma quase definitiva, na Bahia, referendado desta vez
pela legitimidade das eleições. ACM não viltou a perder mais o governo do
Estado, nele colocando seus aliados, por sucessivos mandatos. Dirigiu então,
cada vez mais, suas atenções para Brasília, paulatinamente promovendo a imagem
de seu filho Luís Eduardo Magalhães.
Ruy
Trindade
(1994-1994). O desembargador Ruy Trindade era o presidente do Tribunal de
Justiça da Bahia, quando Paulo Souto deixou o caro, com a renúncia do então
governador Antônio Carlos Magalhães, a fim de concorrer ao Senado. Governou a
Bahia de abril até 02 de maio de 1994.
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