Viana Filho
(1967-1971). Historiador e político. Eleição indireta, indicado pelo governo
militar. Dá início à construção do parque industrial da Bahia, em Aratu,
girando em torno da petroquímica (CIA – Centro Industrial de Aratu). Promove
algumas reformas no ensino, mas sempre voltadas à construção de salas de aula e
não ao preparo efetivo do magistério, a partir de seu governo o Estado assistiu
à decadência da qualidade da educação pública, um processo capitaneado pelo
regime ao qual se filiara.
Antônio
Carlos Magalhães
(1971-1975). Eleição indireta. Início do fortalecimento do carlismo. Mão de
ferro no governo e na política, seu êxito acaba por introduzir dois termos no
vocabulário político estadual: carlismo, para indicar a abrangência de seu
comando, e carlista, para designar seus seguidores. Ele trazia a credibilidade
de uma bem sucedida gestão na Prefeitura de Salvador. ACM atuou durante a fase
do milagre econômico. A Bahia entrou em um processo acelerado de
industrialização, com a instalação, em Camaçari, e indústrias no Polo
Petroquímico. A Petroquímica foi uma conquista do seu governo. Na Capital,
Salvador, governada por um fiel aliado (Clériston Andrade), ACM realiza obras
de grande impacto, abrindo as chamadas “avenidas de vale”, modernizando o tráfego
da cidade e driblando sua topografia acidentada da parte velha. Também no
turismo Salvador deu um importante salto: de 400 apartamentos em 1970, passou
para 2400 ao fim de sua administração. Em seu governo ele centraliza em uma só
área a administração pública: Centro Administrativo da Bahia (CAB) na Avenida
Paralela para desafogar o então congestionamento do centro da cidade.
Roberto
Santos
(1975-1979). Eleição indireta. Ex-secretário da Saúde do governo Luiz Viana
Filho, o professor faz sua estreia na política partidária, coordenando as
eleições proporcionais em rôo o estado, vencidas pela Arena. Em seu governo,
Roberto Santos implantou os chamados CSUs (Centros Sociais Urbanos), num total
de 33 em todo o estado. Esses centros, de cunho declaradamente
assistencialista, objetivavam atender às populações de baixa renda. Ainda
existentes na estrutura administrativa, entretanto, os CSUs não desenvolvem
qualquer papel relevante para as politicas sociais. Construiu em Salvador o
Centro de Convenções da Bahia. Na área de educação, celebrou a construção de
três mil salas de aula no estado. Duas obras marcaram o seu governo: Hospital
Central Roberto Santos e a implantação do Pólo Petroquímico. Sua administração
coincidiu com a mobilização das oposições em todo o país, na luta pela
redemocratização.
Antônio
Carlos Magalhães
(1979-1983). Eleição indireta. Gozando de grande popularidade, mantinha sob sua
égide a maioria ampla dos mais de 300 prefeitos do estado, de a quase
totalidade das bancadas de deputados federais e estaduais – o que credenciam a,
pela primeira vez, intervir com voz ativa em assuntos federais, estando no
poder o presidente General Figueiredo. Também o prefeito da capital é homem de
sua confiança: Mário Kertész – que já lhe servira como secretário, no governo
anterior. Estende seu poder também ao Poder Judiciário, ao nomear seu Chefe da
Casa Civil, o advogado Paulo Furtado, para o cargo de desembargador – sem que
este jamais houvesse exercido a magistratura na Bahia. Este mandato também fora
conquistado de forma indireta. Cria o programa de abastecimento popular,
através da racionalização do sistema de comercialização de alimentos e de
estímulo de atividades hortigranjeira modernos (Cesta do Povo).
Nenhum comentário:
Postar um comentário