06 junho 2018

Governadores da Bahia (03)


Antônio Muniz (1916-1920). Cresceu a insatisfação social e política e surgiram em Salvador manifestações de rua contra a carestia. Greve dos professores e de operários da construção civil.


J.J.Seabra (1920-1924). Alto, cheio de corpo, careca reluzente, fartos bigodes negros. Assim era a figura de Joaquim José Seabra, raposa da política.Seu governo foi marcado por conflitos em Salvador e no sertão baiano. Deu continuidade às obras de urbanização da capital, construindo e inaugurando a Avenida Oceânica, ligando o Farol da Barra ao Rio Vermelho. O Teatro São João sofreu um incêndio. O fato aconteceu no governo de J.J.Seabra que visualizou a grande reforma urbana de Salvador. Nos primeiros anos dessa década passaram a acontecer incêndios misteriosos naquela época como a Biblioteca Recreativa, a demolição da Igreja da Ajuda localizados nas proximidades da Praça Castro Alves que impediam a ampliação da Rua Chile. Em 1928, Seabra saiu derrotado da Bahia e foi exilar-se na França para escapar da perseguição de Artur Bernardes. A única rua que o homenageia mudou irremediavelmente de nome para Baixa dos Sapateiros. Tem ainda o nome de um município baiano, várias ruas e praças do interior do estado. Uma estátua na Praça da Inglaterra, Comércio, passa despercebido aos olhos de muitos baianos.

Goés Calmon (1924-1928). Seabra tenta impedir sua proclamação e posse, provocando conflito com o governo federal. Mesmo assim, Goes Calmon é empossado, ainda na vigência do estado de sítio. Ele realizou um governo dinâmico e inovador para o estado da Bahia. Cuidou da construção de rodovias, ampliação das estradas de ferro. Convidou o jovem Anísio Teixeira para a reforma educacional.

Vital Soares (1928-1930). Buscou a integração e integração e o fortalecimento das relações entre o sistema financeiro, o comércio, a agricultura com a política nacional. Desenvolvimento das ferrovias e estradas de rodagem, navegação e saneamento básico são suas prioridades.

Frederico Augusto Rodrigues da Costa (1930)

Leopoldo Afrânio Bastos do Amaral (1930-1931)

Artur Neiva (1931-1931). Foi interventor na Bahia, em 1931, quando criou o Instituto do Cacau.

Raimundo Rodrigues Barbosa (1931). Interventor federal.


Juracy Magalhães (1931-1937). Interventor federal. Combateu o banditismo no largo sertão baiano. Equilíbrio das finanças, atenção e apoio à agropecuária. Enfrentou a reação das tradicionais lideranças políticas baianas. Mas Juracy consegue costurar aliança, mantendo-se interventoria até ser eleito governador pela Assembleia Constituinte de 1935, que restabelece o processo democrático em todo o País. Tendo como pretexto a descoberta de um plano de conspiração comunista, Getúlio Vargas instala em 1937 a ditadura. Juracy Magalhães renuncia, alegando incompatibilidade com a nova ordem.


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