Antônio
Fernandes Dantas
(1937-1938). Interventor federal. Seu governo foi de curta duração (11 de
novembro de 1937 a 23 de março de 1938) limitando-se a garantir a ordem pública
e a nomear prefeitos municipais e outras autoridades.
Landulfo
Alves
(1938-1942). Interventor federal. O seu governo deu ênfase ao desenvolvimento
agrícola em dezenas de municípios do interior, reestruturou a Secretaria de
Agricultura e estimulou a fruticultura e a produção do algodão. A sua ação
administrativa se estendeu a outros setores, como a ampliação da malha rodoviária
e a urbanização da Capital. Construiu o primeiro aviário da Bahia em Feira de
Santana. Isaias Alves foi o educador em sua gestão. Seu período governamental
correspondeu aos difíceis anos da II Guerra Mundial e sua fase final se
desenrolou numa conjuntura política movimentada, que terminou por provocar
fissuras na estrutura do Estado Novo.
Renato
Onofre Pinto Aleixo
(1942-1945). Interventor federal. Pautou sua ação sobretudo pela reforma
judiciária, criando comarcas nas regiões interioranas do Estado, que procurou
conhecer, viajando frequentemente a fim de inteirar-se da realidade das diversas
prefeituras. De seu governo foi a inauguração do laboratório de análises
químicas do estado. Seu governo transcorreu numa fase de intensa atividade
política, caracterizada pelos protestos dos setores liberais representados pela
Concentração Autonomista da Bahia, cujas origens remontam aos anos 30. A queda
de Pinto Aleixo veio junto com a de Getúlio Vargas.
Outros interventores federais que
tiveram mandato de curta duração:
João
Vicente Bulcão Viana
(1945-1946). Governador nomeado.
Guilherme
Carneiro da Rocha Marback (1946). Interno.
Cândido
Caldas (1946-1947).
Interino.
Otávio
Mangabeira
(1947-1951). Engenheiro, professor e jornalista. Foi vereador, deputado
federal, governador, senador e chanceler. Primeiro governador eleito após os
anos da Era Vargas. Anti getulista histórico, foi perseguido pelo Estado Novo e
chegou a ser exilado. Voltou ao Brasil e nos braços do povo, foi reconduzido ao
poder. Dono de uma oratória brilhante e de um intelecto privilegiado, seus
discursos eram ouvidos atentamente, por adversários e admiradores. Suas frases,
até hoje relembradas, revela uma espirituosidade que contrastavam com o ar
sério e polido d homem público. “Pense no absurdo e a Bahia já tem o
precedente” entrou para os anais da antologia política nacional.
Sua popularidade vinha de uma simbiose
quase umbilical com o povo. Como era de família pobre, entendia os anseios das
camadas inferiores e sabia como tratar os desfavorecidos. Lutou para melhorar as
condições dos hospitais psiquiátricos e casas de detenção estaduais, construiu
estradas para o interior, legou obras de porte como a Fonte Nova, o Forum Rui
Barbosa e a Escola Parque Carneiro Ribeiro. Iniciou a pavimentação da orla da
cidade e foi o artífice da construção do Hotel da Bahia. Autorizou a instalação
de açudes nas zonas mais seca da Bahia. A grande marca de sua gestão foi o
respeito ao povo e aos direitos humanos.
Reafirmou-se o prestígio de uma
personalidade representativa das elites baianas. No seu secretariado, buscou
Mangabeira resgatar as maiores inteligências da Bahia, como Anísio Teixeira
(Secretário de Educação), Albérico Fraga (Interior e Justiça), Nestor Duarte
(Agricultura), Dantas Júnior, Ives de Oliveira, dentre outros. De seu governo é
a construção do Fórum Ruy Barbosa. Algumas ações de seu governo merecem
destaque:Na Agricultura: reflorestamento de Maracás e do Rio Jequiriçá; Estação
experimental para o cultivo da cana-de-açúcar; Colônia Agrícola de Jaguaquara,
dentre outras. Na educação, a construção do maior e mais revolucionário projeto
educacional da História do Brasil: o Centro Educacional Carneiro Ribeiro
(conhecido por Escola Parque), no mais pobre e populoso bairro da Capital – a
Liberdade – concretizando as ideias do educador Anísio Teixeira para uma
educação em tempo integral, décadas depois resgatadas em projetos como CIAC,
CIESPs, e outros.
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