05 junho 2018

Governadores da Bahia (02)



Luiz Vianna (1896-1900). Em seu primeiro governo ocorreu a guerra de Canudos. Duras críticas da oposição são feitas ao orçamento estadual, que estaria cheio de distorções.


SeverinoVieira (1900-1904). Repete velhos usos e costumes políticos de intrigas e violência. Durante seu governo, o nono da Bahia, deu-se a cisão do Partido Republicano. A partir de então, as facções “vianista” e “severinista” se enfrentaram abertamente em toda a Bahia. Afastou os “vianistas” do governo e interveio nos redutos oposicionistas do interior. Criou uma nova agremiação política: o Partido Republicano da Bahia. Ampliou os serviços de desinfecção e de pesquisa bacteriológicas, pois temia a invasão da peste bubônica que já havia se manifestado na capital da República.


José Marcelino (1904-1908). Patrocinou importantes melhorias naligação marítima e fluvial a cidade do Salvador, Ilha de Itaparica, Jaguaripe, Nazaré das Farinhas, Santo Amaro e Cachoeira e no rio São Francisco. Sua administração foi marcada pelo conflito com o Poder Judiciário, após a desobediência de seu chefe de Polícia, Aurelino Leal, em cumprir um habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça.

Araújo Pinho (1908-1911). Sua administração levou os trabalhos da Estrada de Ferro de Nazaré até Santa Inês. Inaugurou o primeiro trecho da Estrada de Ferro Ilhéus-Itabuna, reagrupou a Campanha de Navegação Baiana e a Viação do São Francisco e concedeu incentivos fiscais para que a energia elétrica chegasse as cidades do Salvador, Jaguaripe, Nazaré das Farinhas, Cachoeira e Simões Filho. Renunciou antes de concluir o mandato.

Aurélio Viana (1911-1912). Como governador da Bahia não chegou a assumir de fato o poder, sendo obrigado à força a renunciar por duas vezes seguidas e recusar o cargo uma terceira, durante os trágicos episódios que antecedera e se seguiram ao bombardeio de Salvador em 1912.


Bráulio Xavier (1912-1912). Assumindo o desembargador Bráulio Xavier, presidente do Tribunal, a quem incumbia levar a bom terno a transição de poder, através das eleições que trazem ao poder J.J.Seabra. No dia 27 de março ele anula a transferência da capital baiana para Jequié como último ato do seu curto governo.


J.J. Seabra (1912-1916). Os barões do açúcar, dominantes na fase anterior (1891-1912), haviam perdido o poder econômico, e a influência política que ainda gozavam, era remanescente dos áureos tempos imperiais. Unificou todas as secretarias da administração pública. Reformou a Constituição de 1915 e acabou com a eleição para as intendências (prefeituras). Criou o Tribunal de Contas. Reformou a cidade do Salvador com a abertura da Avenida Sete de Setembro, inaugurada em 1916.  Salvador perdeu vários edifícios coloniais de grande valor histórico e ganhou em troca a Avenida Sete de Setembro. No local onde se erguia a Igreja de São Pedro derrubada, ele colocou um relógio importado. Relógio de São Pedro. O Palácio do Governo atingido pelo bombardeio de 1912 foi reformado e o prédio ostenta o nome de Palácio Rio Branco. Criou uma lei extinguindo as eleições para intendentes (prefeitos) que passaram a ser nomeados pelo governador. No seu primeiro governo Seabra enfrentou uma manifestação popular contra a alta do custo de vida.


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