23 julho 2014

Rock, o grito negro que atravessou a América (2)



                                                                                 
Os principais atingidos pela revolução sonora do rocknroll foram os jovens, inicialmente nosEstados Unidos e depois no mundo todo. Nos primeiros anos da década de 1950, estes jovens se encontravam em meio a disputas entre o capitalismo e o comunismo (a guerra da Coreia em 1950) e a uma valorização do consumismo, da modernização, fruto do progresso científico gerado no pós-guerra. Nessa época, a tradicional sociedade norte-americana passou a ser contestada pelos jovens, os quais foram rotulados de rebeldes sem causa. Os filmes de Hollywood representavam a alienação jovem; o personagem de James Dean, no filme Juventude Transviada (1955), representava o comportamento adotado pela juventude: recusar o mundo sem no entanto chegar a uma visão crítica da realidade, divididos entre amor/pacifismo e violência/autodestruição.


No entanto, mais do que o cinema, a música se firmou como o canalizador das ideias contestatórias dos jovens, frente à insatisfação com o sistema cultural, educacional e político. E o rocknroll era o ritmo que ditaria esse comportamento.

Quantos caminhos deve um homem percorrer até que seja chamado homem?/Sim, e quantos mares deve a pomba singrar antes de repousar na areia?/Sim, e quantas vezes devem as balas de canhão explodir até que sejam banidas para sempre?/A resposta, meu chapa, está sendo levada pelo vento/A resposta, está sendo levada pelo vento...” (Blowinín the Wind, de Bob Dylan)

Os gêneros blues e country, originários de regiões pobres como Memphis e Mississipi, caracterizadospor letras faladas e ritmos espontâneos, começaram a ser divulgados nacionalmente. Essa foi a época de B.B.King, Lloyd Price, Muddy Water e Fats Domino. E a música negra foi ganhando o mercado branco com suas outras duas formas: gospel e ballad. A primeira era praticada pelos negros evangélicos (Midnighters, Drifters e Five Royales) e a segunda tinha ritmo atenuado, com a presença de diálogos vocais cantados em solo (Moonlighters e The Platers).


Por trás da origem negra dese gênero forte, o rock, está o espírito de protesto da raça/etnia negra contra todas as formas de discriminação, de dominação e de proscrição a que foi submetida desde sua chegada em território americano.

Na cronologia dos estilos, origem e evolução do rock está o blues, principal música produzida nos anos 30. nos anos 40, o espaço é para o rhythm´n´blues e ao country and western. No final dos anos 40 surgia o rock folk e o rockabilly. Nos anos 50, o rock and roll. Nos anos 60, o soul e o country rock e o reggae. Em meados dos anos 60, o ska/reggae e o glitter/glem (volta ao passado com recursos eletrônicos). Nos anos 70, o funk, folk rock (purismo) e o heavy metal. Em meados dos anos 70, o progressivo rock e o punk (um contrastando o outroenquanto o progressivo era uma música elaborada, sinfônica, classuda e rica, o punk era simplicidade de três acordes, pobre e sujo). Os anos 80 foram da MTV, The Clash, REM, Michael Jackson, Madonna, Prince, Smith,  new wave, minimalismo e dance music. Nos 90 tem o nascimento do grunge com a força do Nirvana, Pearl Jam, Bjork, Oasis, U2, Radiohead SoundGarden, Green Day, Alice in Chains. Os anos 2000: Gorillaz, The Strokes, Amy Winehouse, Coldplay...

RAIZES DO ROCK

Nos anos 30 as grandes orquestras reinavam sem contestação. Ousadas e pretensiosas, essas orquestras viajavam de sala de dança em sala de dança, através dos EUA. Chefes de orquestra como Glenn Miller, Tommy Dorsey, Lionel Hampton e Erskin Hawlino eram os heróis do momento. Acompetição entre as orquestras eram intensa e recaia, sobretudo, nos cantores e nos saxofonistas de solo.

Nos anos 30, os blues man negros faziam experiências, agora com guitarras elétricas e amplificadores. Como as grandes orquestras tinham desaparecido, o público negro adaptou os grupos de blues com a sua música. Juntando os ritmos de dança à emoção dos blues, artistas como Muddy Watters e T.Boone Walker desenvolveram a mais importante música popular desde o jazzos rhythm´n´blues.

Ao mesmo tempo, alguns pequenos grupos brancos de música de dança juntaram músicas de rythm´n´blues ao seu velho repertório. Tornaram o ritmo mais rude e insistente, e desprezaram o poema. Um desses grupos, Billy Halley and the Comets, alcançou o êxito em 1953/1954 com Crazy Man Crazy, Shake, Rattle and Roll e Rock Around the Clock. O homem branco começava a tocar música negra e os jovens agitavam-se. O rock´n´roll tinha vindo para ficar.

HUMOR GRÁFICO NA BAHIA


Uma exposição com as obras dos precursores do grafismo baiano (cartum, caricatura, charge e quadrinhos) até os dias atuais é de grande necessidade para o grande público (jovem e adulto).

É necessário apresentar ao público a história desses artistas que continuam invisíveis e são importantes no registro dos acontecimentos históricos e sociais.
Por esse motivo, vamos apresentar em 2015 uma grande exposição de humor gráfico na Bahia e queremos a participação de todos os artistas.
Paraguassu, K-Lunga, Tischenko, Sinézio Alves, Fernando Diniz, Theo, Lage, Setubal, Nildão, Ruy Carvalho, Cedraz, Cau Gomez, Bfruno Aziz, Valterio, Flavio Luis, Luis Augusto, Valmar Oliveira, Andre Leal, Angelo Roberto, Eduardo Barbosa, Gentil, Jorge Silva, Carlos Ferraz, Helson Ramos, Hector Salas, Tulio Carapiá, Sidney Falcão são alguns dos artistas cujas obras estarão na mostra.
Participe, colabore. Contato: gutecruz@bol.com.br
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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28, Pelourinho. Tel: 3321-1596) e Canabrava (Rua João de Deus, 22, Pelourinho). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929.

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