Ela é uma mulher de
todos os tempos, de todas as nações. Isso a fez crescer como pessoa e nos
emociona. No meio a tanta turbulência cultural, ela já se habituou a triturar,
processar e buscar a lógica da narrativa e do pensamento. Ela tenta entender de
que matéria nós somos feitos. Para ela, há uma miscigenação civilizatória no
mundo. Ou seja, você é tudo que você quer ser, porque a terra não confirma, a
terra se expande. Mas que a língua é o espírito e a carne da gente.
Jovem persistente,
obstinada, mas não obcecada. Ela presente quando a voz fala demais. Desde o
início, dificultoso, Claudia já chamava a atenção das pessoas. Pela sua doçura,
sua integridade, sua generosidade, sua postura ética. Mesmo assim ela está
pagando um preço alto pela coragem de experimentar esse trabalho inédito.
Assim, ela vai
cumprindo cada etapa do destino como pesquisadora. Não é um caminho fácil. Nem
sempre as personagens de sua pesquisa se declinam a se dedicar um tempo para
falar de sua experiência, apresentar o seu processo de trabalho pra a
pesquisadora. Escrever é um abismo, o lugar do perigo, o centro da discórdia,
do risco. É preciso saber costurar bem com linha que não arrebenta a linguagem.
Mas a linha da costura arrebenta e ela precisa harmonizar tudo em meio a toda
essa desarmonia.
Ela sabe que é muito
difícil conquistar o espaço para uma mulher. Mas lhe agrada muito quando alguém
busca renovar os ditames, os cânones, pois lhe desagrada muito a banalidade dos
sentimentos, da palavra, dos sentimentos. Ela tem lados que lhe entristecem,
mas outros abrem uma porta de esperança. E para dar continuidade em seu
trabalho ela tem que entrar no corpo, na alma do outro, ser múltiplo. É como o
mito Proteu, sendo tudo, o outro não lhe escandaliza na sua perspectiva. E
assim, fala em nome desse outro, múltiplo.
“Diálogos com as
mulheres na política local baiana: famílias, tradições e representações entre o
público e o privado” defendido no dia 04 de dezembro de 2012, na Universidade
Católica do Salvador, é uma pesquisa que reconhece as ações desenvolvidas por
aquelas que, mesmo diante da condição de invisibilidade imposta pela situação
social, fazem a diferença na história dos seus espaços.
Reivindicar direitos
iguais em todas as áreas da vida é bom e justo. A história nos ensina que foi
por seus próprios esforços que os oprimidos realmente se livraram de seus
senhores. Assim, a liberdade irá até onde for seu poder de libertar-se. Mais
liberdades pelas causas justas!
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nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas),
Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau
Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em
frente a Biblioteca Pública) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28,
Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor
Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro
Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929)
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