12 agosto 2009

Michael Jackson (1958-2009): morre o rei do pop, nasce o mito (3)

ASCENSÃO

Mas foi em meados da década de 70, enquanto Michael trabalhava no musical "The Wiz" - uma versão de "O Mágico de Oz" com elenco de atores negros, que ele conheceu o homem que o tornaria uma estrela e mudaria o mundo da música pop. O produtor musical, compositor e arranjador Quincy Jones, autor de hits para artistas como Frank Sinatra e Aretha Franklin, transformou o talento do artista e ajudou na criação de um novo estilo musical. A primeira colaboração entre os dois foi o álbum "Off the wall", de 1979. O disco foi o primeiro a ter quatro hits de um único artista entre os 10 primeiros sucessos da parada musical. Além da faixa título, "Don't stop till you get enough", "Rock with you" e "She's out of my life" conquistaram o mercado da música. O álbum "Off de wall" explode nas paradas de sucesso e vende 11 milhões de cópias.
A obra-prima do artista veio em 1982. "Thriller" é, até hoje, o álbum mais vendido de todos os tempos, no mundo, com 109 milhões de cópias. Sete das nove faixas que traziam uma mistura de disco, R&B e funk se tornaram hits com pelo menos 65 milhões de cópias vendidas. O videoclipe lançado em seguida para promover o disco surpreendeu o mundo. O vídeo, de 14 minutos, custou cerca de US$ 500 mil e trazia efeitos especiais de última geração. Foi a partir de "Thriller" que a produção de um vídeoclip de sucesso se tornou uma espécie de obrigatoriedade para a carreira de qualquer estrela do pop. O vídeo também abriu as portas para a música negra no canal de televisão dedicado à música MTV. Apenas um ano depois, em 1983, mais um passo na carreira. E que passo! Moonwalk se tornou a marca registrada do mestre. A dança "moonwalk" (andar da lua) virou sua marca registrada.

Com técnica, coreografia e domínio da voz, Michael Jackson torna-se, definitivamente, o rei dos palcos e do pop. Na festa do Grammy em 1983, Michael Jackson bate outro recorde: ganha oito prêmios. Em 1985, ele é o principal artista americano de uma campanha mundial contra a fome na África. A música "We are the world" é de Michael Jackson e Lionel Ritchie.

Além do sucesso da carreira solo, Jackson também gravou uma série de duetos com Paul McCartney, que havia assinado uma das faixas de "Off the wall". Os dois realizaram diversas parcerias em discos e lançaram diversos hits como "Say, Say, Say". O relacionamento entre os dois começou a se deteriorar em 1985, depois que Michael Jackson arrematou em um leilão, os direitos do catálogo da ATV, que incluía os direitos sobre sucessos de mais de 250 músicas compostas por John Lennon e Paul McCartney. A aposta do músico para a compra do catálogo superou a do próprio McCartney, assim como a de Yoko Ono. No mesmo ano, o single "We are the world", parceria entre Jackson e Lionel Ritchie atingiu o topo das paradas de sucesso nos Estados Unidos.

FENÔMENO
O fenômeno Michael Jackson parecia invencível até 1987, com o lançamento de "Bad", o terceiro e último disco da parceria com Quincy Jones. O disco fez cinco hits, incluindo "Man in the mirror" e “Dirty Diana”, e também rendeu um vídeo de 17 minutos, dirigido por Martin Scorcese, para promover a faixa-título e uma turnê de um ano que se tornaria a mais lucrativa da história até aquele momento. Em Londres, durante a inauguração de uma réplica dele no Museu de Madame Tussaud, as cenas de histeria são impressionantes. Igual, só no tempo dos Beatles. Em 1987, o cantor parece mais branco no videoclipe "Bad". O disco vende 30 milhões de cópias.
No álbum seguinte, "Dangerous", de 1991, Michael trouxe uma música mais crua do que os discos anteriores. O encanto em torno do artista continuou, com hits como "Heal the world" e "Black and white", que se tornaram sucessos mundiais, apesar das manchetes nos tabloides e casos na Justiça que começavam a ameaçar a reputação do cantor. Mas em 1995, a compilação "HIStory", com sucessos consagrados e material novo do artista, fracassou em encantar o público com a mesma intensidade dos trabalhos anteriores. O disco apareceu ligeiramente nas paradas de sucesso, apesar dos mais de US$ 30 milhões gastos em campanhas publicitárias - o maior orçamento já usado para promover um álbum.
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