No gênero ficção, a Heavy Metal (1977-1992,
filial americana da francesa Metal Hurlant (Metal Uivante, criada em 1974-1987
por Jean Giraud e Phillipe Druillet), sempre teve o rock instalado em suas
páginas e quando algumas de suas histórias foram transformadas em desenhos
animados com trilha sonora de Nazareth, Devo, Blues Oester Cule, Black Sabbatt
e Cheap Trick.
A premiada Love and Rockets, revista dos
irmãos Hernandez teve seu nome adotado por uma banda inglesa devido à admiração
que tinham pelos quadrinhos. Os Love and Rockets foram uma banda de rock
alternativo britânica, criada em 1984, por ex-membros dos Bauhaus. O universo de
Maggie, Hoppey, Penny, Luba e de outras garotas incríveis que protagonizam a
série é uma mistura surreal de literatura fantástica latino americana, ficção
científica, cultura pop e outras referências. A série foi uma das precursoras
em levantar bandeiras como: igualdade entre sexos, relacionamentos gays, desmistificação da feminilidade, luta por melhores condições de trabalho,
preconceito racial, drogas, relações familiares, política, sexualidade da
mulher, entre outros assuntos relevantes
que eram tabus na década de 1980 e que em pleno século 21 ainda chocam
muita gente.
Em 1966/67, Guy Peelaert se serviu dos
dois maiores nomes da música pop francesa para dar forma às suas duas heroínas:
Pravda e Jodelle. Pravda, la Survireuse foi inspirada em Françoise Hardy e
publicada, inicialmente, na revista Hara Kiri. A motociclista Pravda exibe seu
corpo com orgulho. Sua única roupa é um largo cinturão. Elástica, ágil, linda,
ela lidera um grupo de mulheres dentro de um mundo de motonetas, gritos
estridentes e formas alucinógenas.
Jodelle, inspirada na cantora Sylvia
Vartan, representa a introdução da pop art na HQ. É mais colorida, menos
clássica, mais sadomasoquista, não deixando por menos suas aventuras sexuais
numa mistura de Roma antiga, dolce vita atual e espionagem à James Bond. O
cenário se desenrola entre Las Vegas e a Roma antiga. Jodelle, linda e amoral, vive
aventuras desenfreadas num mundo dominado pelos mass media. Jodelle é uma espiã
que vive em um Império Romano futurista e trabalha para uma versão satírica do
Imperador Augusto.
A banda de punk-rock The Ramones tem uma
paixão pelos quadrinhos. Ela embarcou na onda dos quadrinhos com o clipe “I
Don’t Want To Grow Up”, do disco Ádios Amigos. Basta ouvir a pauleira Spider
Man, homenagem ao paladino aracnídeo. E não ficou só nisto: em 2005, a banda
lançou a coleção “Weird Tales of The Ramones”, que traz nos traços elementos da
Pop Art de Roy Lichestein. Junto com o gibi, três cds e um dvd fazem parte da
coletânea.
A História da Música em Quadrinhos foi
produzida pelos franceses Bernard Deyres, Denys Lemery e Michael Sadler. Com
muito humor e criatividade, o trio mostra a evolução desde a pre-historia até a
música contemporânea.
Em 2002, música pop, mais desenho animado,
internet e quadrinhos fez surgir Gorillaz. Criado como uma crítica à indústria
de entretenimento por um roqueiro consagrado, o vocalista Damon Albarn (da banda
inglesa Blur), um desenhista de HQ, Jamie Hewlett (Tank Girl) e um produtor,
Dan Nakanura. O Gorillaz se transformou numa fibra mundial.
Primeiro grupo virtual a explorara
tecnologia e as possibilidades abertas pela internet, o Gorillaz começou o
ataque em 2001 com Clint Eastwood. O single já tinha contaminado a molecada
pela letra e pela levada em forma de rap na coreografia animada em showckwave
ou no videoclip de MTV. Formado por Murdock (Baixista), Russell (baterista),
2-D (vocalista) e Noodle (guitarrista japonesa de 11 anos e fã dos Pokemons), o
grupo lançou um álbum Gorrillaz/2001 que vendeu milhões, ganhou vários prêmios.
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