14 janeiro 2019

Identidades: pensamentos filosóficos


Zygmunt Bauman desenvolveu a ideia da liquidez que desestabiliza as relações humanas.



Michel Maffesoli retoma a fluidez das identificações. Para o autor, passamos de uma lógica das identidades, no qual o indivíduo estava bem localizado, para uma logica das identificações.



Stuart Hall fez sua reflexão sobre as diásporas e sobre os deslocamentos do que seria o sujeito da modernidade tardia ou da pós modernidade.

 


Para Martin-Barbero, a pós-modernidade é uma nova maneira de estar no mundo e afeta o sentido do convívio social. Na sociedade na qual a linguagem multimídia impera, vivemos a simulação. A sociedade pós-moderna deseja viver o presente, fazer do hoje o mundo ideal. E assim morrem as grandes utopias e, em seu lugar, entra a performance.

 


Ferdinand de Saussure argumentava que nós não somos em nenhum sentido, os autores das afirmações que fazemos ou dos significados que nos expressamos na língua. A língua é um sistema social e não individual. Ela pré-existe a nós. Utilizamos a língua segundo padrões estabelecidos para nos posicionarmos de acordo com propostas pré-existentes.



De acordo com Michel Foucault, as sociedades modernas são formadas por uma rede de instituições disciplinares: a escola, a fábrica, a caserna. O sujeito é constituído por práticas disciplinares. A sociedade como um todo é constituída sobre o modelo carceral, formado pelas suas instâncias de vigilância, controle. O objetivo dessas práticas era a produção de corpos dóceis, a produção social da docilidade por meio das tecnologias do poder.

 


Jacques Derrida refletiu sobre questões como a pena de morte, a clonagem, o ciberespaço, o fim da cultura do papel. Notório pela sua teoria da desconstrução e pela ampla defesa da liberdade, ele propunha a desconstrução de certos aspectos tradicionais do pensamento metafísico. Para ele, nunca se sai totalmente da metafísica, apenas se busca uma forma de reverter e deslocar suas teses capitais. A isso, a partir de um certo momento, passou-se a chamar de desconstrução.

 


O gosto classifica e distingue, aproxima e afasta aqueles que experimentam os bens culturais. Pierre Bourdieu mostra a maneira que as preferências culturais dos agentes são estruturadas. As práticas culturais incentivadas por duas instâncias distinguem aquilo que será reconhecido como gosto legítimo burguês, de classe média ou popular. Para ele o gosto cultural é produto e fruto de um processo educativo, ambientado na família e na escola e não fruto de uma sensibilidade inata dos agentes sociais.

 


Ao longo de seus ensaios contundentes o sociólogo Michel Maffesoli sugere que a vida é feita de jogo, de encenação, de astúcia, de ousadia e, principalmente, dos “insignificantes” acontecimentos de cada dia. O cimento social é tudo aquilo que se faz sem a pretensão de mudar a existência ou inventar algo grandioso. Assim, a vida é uma experiência de tentativas e de erros, cuja surpreendente coerência só pode ser vista a posteriori.



 







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