22 outubro 2017

Brasil, revisão de uma história (IV)

NAZISTA - Nos anos 30, para quem não se lembra, abrigamos o maior partido de apoio a Hitler fora da Alemanha. Muitos dos imigrantes alemães nazistas eram espiões. São Paulo, Santa Catarina, Rio de Janeiro entre outros, saudavam a Alemanha de Hitler. Em Salvador, por exemplo, no bucólico bairro da Saúde chegou a morar um desses espiões (dizem a lenda, se desejar vá pesquisar e relatar tal fato). O presidente Getúlio Vargas gostava da Alemanha e não decidia que lado o Brasil ia apoiar na Segunda Guerra Mundial. Sua decisão chegou quando submarinos alemães bombardearam navios brasileiros em agosto de 1942. Então Getúlio declarou guerra a Hitler e Mussolini. As armas secretas no exterior de Hitler (no caso Brasil) estavam nas escolas, clubes e no alto do morro de Santa Tereza (vixe Maria!).


Em 1964, com a tomada do poder pelos militares, ocorreram mudanças que marcaram profundamente duas ou três gerações de brasileiros, até os dias de hoje. Por um lado os militares privilegiaram o desenvolvimento econômico, dispostos que estavam a transformar o Brasil em uma potência emergente. Mas, por outro lado, através de uma série de "Atos Institucionais", suspenderam direitos políticos, eliminaram a possibilidade da população eleger o Presidente da República e os Governadores dos Estados, instauraram uma política de censura, cerceando a liberdade de expressão, e iniciaram uma fase de repressão e perseguições políticas. (Mais sobre o assunto leia “As Ilusões Armadas- A Ditadura Envergonhada”, de Elio Gaspari, Cia das Letras).



JUSCELINO - Veio o Presidente Juscelino Kubitschek que fez o país acreditar que estava entrando no primeiro mundo. Sorridente e jovial ele prometeu fazer o Brasil saltar 50 anos em 5. E se o antecessor queria que todas as grandes empresas que operasse no Brasil fossem nacionais, Juscelino saiu em busca de empresas de todo lugar do mundo para priorizar áreas de energia, industria, transporte, alimentação e educação.. A Volkswagem começou a fabricar aqui Fuscas e Kombis. As pessoas passaram a ter em casa liquidificadores, vitrolas, geladeiras, enceradeiras, televisores. Foi uma grande empolgação.



As rodovias asfaltadas triplicaram, construíram hidrelétricas, Brasília surgiu como a cidade mais moderna do planeta, mas a felicidade estava chegando em um final não tão feliz assim pois o país endividava demais. O governo gastava muito mais que arrecadava e o dinheiro estrangeiro não foi suficiente para segurar o rombo. A inflação saltou de 19% para 30% ao ano (1958). Nas eleições Juscelino estava mal e em 1964 um golpe militar mudou todo o cenário.(Leia: “Feliz 1958 o ano que não devia terminar”, de Joaquim dos Santos, editora Record para sacar mais sobre o assunto) Fecha as cortinas!. O resto você deve ter acompanhado...

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