No Novo Mundo Iemanjá é uma divindade muito popular. Principalmente no Brasil e em Cuba. Seuaxé é assentado sobre pedras marinhas e conchas, guardadas numa porcelana azul. O sábado é o dia da semana que lhe é consagrado, juntamente com outras divindades femininas. Seus adeptos usam colares de contas de vidro transparentes e vestem-se, de preferência, de azul-claro.
Diz-se na
Bahia que há sete Iemanjás: Iemowô, que na África é a mulher de Oxalá; Iamassê, mãe de Xangô; Euá (Yewa), rio que na África corre paralelo ao rio Ògùn e que frequentemente é confundido com Iemanjá em certas lendas; Olossá, a lagoa africana na qual deságuam os rios. Iemanjá Ogunté, casada com Ogum Alagbedé. Iemanjá Assabá, ela é manca e está sempre fiando algodão. Iemanjá Assessu, muito voluntariosa e respeitável, mensageira de olokun. Em Cuba, Lydia Cabrera dá sete nomes igualmente, especificando bem que apenas uma Iemanjá existe, à qual se chega por sete caminhos. Seu nome indica o lugar onde ela se encontra.
MATERNIDADE FECUNDA
Ela é
representada nas imagens com o aspecto de uma matrona, de seios volumosos, símbolo de maternidade fecunda e nutritiva. Esta particularidade de possuir seios mais que majestosos - ou somente um deles, segundo outra lenda - foi origem de desentendimentos com seu marido, embora ela já o houvesse honestamente prevenido antes do casamento que não toleraria a mínima alusão desagradável ou irônica a esse respeito. Tudo ia muito bem e o casal vivia feliz. Uma noite, porém, o marido havia se embriagado com vinho de palma e, não mais podendo controlar as suas palavras, fez comentários sobre seu seio volumoso. Tomada de cólera, Iemanjá bateu com o pé no chão e transformou-se num rio a fim de voltar para Olóòdun, como na lenda precedente.
Rainha do
mar, direta, carinhosa e intolerante... cuida de todas as cabeças
Para Yemonjá,
Olodumare destinou os cuidados da casa de Osalá, assim como a criação dos filhos e de todos os afazeres domésticos. Yemonjá trabalhava e reclamava de sua condição de menos favorecida, afinal, todos os outros deuses recebiam oferendas e homenagens e ela, vivia como escrava.
Durante muito
tempo Yemonjá reclamou dessa condição e tanto falou, nos ouvidos de Osalá, que este enlouqueceu. O ori (cabeça) de Osalá não suportou os reclamos de Yemonjá. Osalá ficou enfermo, Yemonjá deu-se conta do mal que fizera ao marido e, em poucos dias, utilizando-se de ori (banha vegetal), de omi-tutu (água fresca), de obi (fruta conhecida como nóz-de-cola), eyelé-funfun (pombos brancos) e esò (frutas) deliciosas e doces, curou Osalá.
Osalá agradecido
foi a Olodumare pedir para que deixasse a Iemanjá o poder de cuidar de todas as cabeças. Desde então Iemanjá recebe oferendas e é homenageada quando se faz o bori (ritual propiciatório à cabeça) e demais ritos à cabeça.
Orunmilá tinha
os segredos da noite e precisava ser detido com seus feitiços desenfreados. Era um dos homens mais bonitos e encantadores, com todas as mulheres em seu poder, mas não queria nenhuma e não amava ninguém. Osalá queria tirar a maldade e os segredos de Orumila, mas só havia um jeito de conseguir tal feito, pedindo a mulher mais bonita que o encantasse e tirasse todos os segredos dele.
Então o
povo Orisá duvidou e Osalá chamou Yemonja, que não tinha filhos e família e nem um amor para seduzí-lo e conhecer os seus segredos. Então Osalá fez com ela um trato no qual ela só teria essas intenções e que depois voltaria para reinar ao lado dele novamente. Yemonja foi e com o tempo eles se apaixonaram. Yemonja e Orunmilá já não conseguiam viver longe um do outro... ela conseguiu tirar todos os segredos e feitiços dele e eles tiveram muitos filhos Orisás...
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