1974 – Lage começou a produzir as charges
publicadas na coluna política Raio Laser, na página 2 da Tribuna da Bahia. A
charge tornou-se a principal marca de Lage no jornal, sobretudo porque o país
vivia sob o rigor do regime militar, em período de total restrição que se
refletia diretamente na imprensa.
1976 – O desenhista Setúbal cria para o jornal Coisa Nostra os quadrinhos Maré Mansa, reflexo da vida baiana.
1977 – Nildão começa a publicar no jornal A Tarde, de Salvador, a tira Os
Bichim, um bichinho da goiaba que chegava ao mundo e questionava tudo que via.
O personagem foi evoluindo, conhecendo o mundo e questionando a realidade. Os personagens
da tira diária chegaram a conclusão de que o câncer da humanidade era o homem e
resolvera mira o céu pedir a Deus para expulsar o homem da terra. Ao chegarem
la encontra o Deus narcisista, preocupa do
com a imagem. Não se interessava pelo que estava acontecendo aqui na terra. Nessa fase, o jornal deixou de
publicar a tira, alegando ser uma empresa de fundamentos religiosos.
1978
– O
Porco com Cauda de Pavão, o mais novo personagem das HQs do baiano Caó (Alvaro Cruz Alves) é também o título
da sua primeira exposição em Salvador, no ICBA.
1993
– Cau Gomez começa a publicar
seus cartuns e charges no jornal Bahia Hoje. Apaixonado pela fusão das linguagens
do cartum e das artes plásticas, conquista prêmios em diversos festivais e salões
de humor no Brasil e exterior.
1996
– Luiz Augusto começa a publicar
uma série de tiras, Fala, Menino! Sobre
o diálogo com a infância e o respeito às diferenças. O menino de quase 10 anos,
mas que ainda não sabe falar, já começou cativando crianças pequenas e grandes,
ganhando prêmios, fazendo amigos e mostrando que não há limites físicos para a gente
ser feliz.
1999
– O
cartunista baiano Flávio Luiz coloca no mercado sua publicação independente Jab,
um lutador e Rota66 . Jab é um cãozinho
dálmata, atrapalhado com seu próprio limites que ele busca a todo custo vencer,
se envolvendo nas mais variadas modalidades esportivas, principalmente o box, no
qual ele apanha sempre. Já na tira Rota66 mostras um cacto e um a caveira de bisão em algum lugar da estrada mais
americana e famosa do mundo.Trata-se de uma coletânea das primeiras tiras.
2001
– Antonio
Cedraz cria em julho no jornal A Tarde as tiras da Turma do Xaxado. Seca,
trabalho na roça e falta de dinheiro são temas comuns da serie. Xaxado retrata
a vida rural do nordeste mostrando o dia a dia do sertanejo sob os mais
diversos aspectos: o dia a dia, a relação com a terra, as lendas e mitos, a
seca e muito mais. A simplicidade e
originalidade do autor em muito se assemelha aos seus personagens, seja ele
Xaxado (o líder da turma, neto de cangaceiro), Zé Pequeno (o preguiçoso),
Marieta (sabe-tudo da turminha), Arturzinho (filho de fazendeiro abastado), Seu
Enoque e Dona Fulo (pais de Xaxado), entre outros. Eles dão vida, humor e
significado também a cultura baiana.
2010
– É
lançado o álbum Lucas da Vila de Sant´Anna
da Feira, patrocinada pelo Banco do Nordeste/Ministério da Cultura através do
Edital de Microprojetos Culturais. Fruto
de anos de pesquisa do roteirista Marcos Franco e de entrevistas realizadas
em conjunto com o também roteirista Marcelo Lima, com pesquisadores e líderes de
associações de bairros feirenses, resgata a história do escravo rebelde Lucas da
Feira. Os diálogos coloquiais e os desenhos de Hélcio Rogério ajudam a ambientar
a região.
2016 - Os autores Camilo Fróes, Moreno
Pacheco e Bruno Marcello mostram Salvador do futuro. Em Cidade-Motor, a primeira incursão dos
autores pelo mundo dos quadrinhos, uma Salvador distópica se torna pano de
fundo para uma narrativa policial onde os carros viraram casa, o trânsito virou
a vida, e a cidade se transformou em via para automóveis. Nesse ambiente, o
destino do policial Celso se cruza com o de Moema, jovem da classe média
empobrecida. Moema é uma jovem motogirl que se vê emaranhada em um perigoso
jogo de interesses depois de sofrer um acidente de trânsito envolvendo dois
policiais: um corrupto, do controle de trânsito, e outro, civil e honesto,
chamado Celso. E o desfecho desse encontro passará pelas mãos de um grupo
radical clandestino que busca medir forças com o poder público de um futuro
nem-tão-distante. A produção
é da RV Cultura e Arte.
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