“Atualmente, os homens (varões) se fizeram vítimas do ´complexo de deus´ no dizer de um eminente psicanalista alemão K. Richter. Assumiram tarefas divinas: dominar a natureza e os outros, organizar toda a vida, conquistar os espaços exteriores e remodelar a humanidade. Tudo isso foi simplesmente demais. Não deram conta. Sentem-se um ´deus de araque´ que sucumbe ao próprio peso, especialmente porque projetou uma máquina de morte, capaz de erradicá-lo da face da Terra. É agora que se faz urgente a atuação salvadora da mulher. Damos razão ao que escreveu anos atrás o Fundo das Nações Unidas para a População:´A raça humana vem saqueando a Terra de forma insustentável e dar às mulheres maior poder de decisão sobre o seu futuro pode salvar o planeta a destruição´. Observe-se: não se diz ´maior poder de participação às mulheres´ coisa que os homens concedem mas de forma subalterna. Aqui se afirma: ´poder de decisão sobre o futuro´. Essa decisão, as mulheres devem assumir, incorporando nela os homens, pois caso contrário, arriscaremos nosso futuro”.
Há avanços significativos na construção dos direitos civis e políticos das mulheres brasileiras. O papel dos movimentos feministas foi fundamental nesse percurso. Com sua articulação e mobilização, eles foram decisivos para a elaboração de leis e políticas públicas voltadas a eliminar as desigualdades entre homens e mulheres, no espaço público e privado.
O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM), que se encontra em sua segunda versão, é um poderoso instrumento no processo de incorporação da agenda de gênero no âmbito das políticas públicas do governo federal. Através dele, ações relativas ao avanço dos direitos das mulheres foram incorporadas nas políticas e programas desenvolvidos nos diferentes ministérios. O II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres é hoje um instrumento orientador para o enfrentamento às desigualdades entre homens e mulheres no Brasil.
A diversidade que caracteriza as mulheres brasileiras demanda intervenções que considerem as especificidades e necessidades de cada grupo social. Historicamente, a intersecção de características como sexo, raça/etnia, região de origem, orientação sexual, entre outras, contribui para criar situações de maior ou menor vulnerabilidade no acesso aos serviços ofertados pelo Estado e no usufruto dos direitos constitucionalmente assegurados.
As mulheres atualmente no poder:
Julia Gillard (premiê da Austrália desde 2010)
Cristina Kirchner (presidente argentina desde 2007)
Sheikh Hasina (premiê de Bangladesh pela 2ª vez, desde 2009)
Laura Chinchilla (presidente da Costa Rica desde 2010)
Jadranka Kosor (premiê da Croácia desde 2009)
Tarja Halonen (presidente da Finlândia desde 2000)
Mari Kiviniemi (premiê da Finlândia desde 2010)
Angela Merkel (chanceler alemã desde 2005)
Johanna Sigurdardottir (premiê da Islândia desde 2009)
Pratibha Devisingh Patil (presidente da Índia desde 2007)
Mary McAleese (presidente da Irlanda reeleita em 2004)
Roza Otunbayeva (presidente interina do Quirguistão desde 2010)
Ellen Johnson Sirleaf (presidente da Libéria desde 2006)
Dalia Grybauskaitè (presidente da Lituânia desde 2009)
Iveta Radicová (premiê da Eslováquia desde 2010)
Doris Leuthard (presidente da Suíça desde 2010)
Kamla Persad-Bissessar (premiê de Trinidad e Tobago desde 2010)
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