14 março 2022

50 anos sem Cosme de Farias

 

Há 50 anos, no dia 14 de março de 1972 morria um dos maiores opositores da ditadura instalada em 1º de abril de 1964, Cosme de Farias. Ele ficou conhecido como “Advogado dos Pobres” e “considerado o último grande rábula do país”. Popularizado pela combatividade, liderou a luta pela extinção do analfabetismo, desde 1914. Sua Carta de ABC era o símbolo da famosa Liga Baiana contra o Analfabetismo. Advogado provisionado, ou rábula, fez história nos tribunais baianos, ao ganhar a maioria das causas em defesa dos pobres da Bahia. Diz-se que foi o recordista mundial em impetração de habeas corpus.

 

Batizado de “pai dos pobres” pelo povo baiano, Cosme de Farias (1875-1972) atuou como jornalista em vários periódicos; foi funcionário público; destacou-se como rábula (advogado sem diploma de Bacharel), poeta, militante de causas como o combate ao analfabetismo e à carestia; cumpriu quatro mandatos como vereador e cinco como deputado estadual. Testemunha e muitas vezes protagonista dos principais fatos das primeiras décadas da República, buscou a mudança do destino de centenas de pessoas através de ações na Liga Baiana contra o Analfabetismo e em outros movimentos sociais, organizações da sociedade civil e manifestações públicas. Responsável pela publicação de milhares de Cartas do ABC e pela manutenção de centenas de escolas públicas de ensino fundamental para adultos e crianças, muitos anos antes da criação de programas governamentais, a exemplo do Movimento Brasileiro pela Alfabetização (Mobral).


 

Pregava e atuava pela escolarização, por melhores salários e condições de trabalho, e contra os preços de gêneros de primeira necessidade. Por sua benemerência, ganhou de presente a patente de Major R-2 da Guarda Nacional, mesmo sem nunca ter empunhado armas. A figura peculiar de Cosme de Farias inspirou o escritor Jorge Amado a criar o major Damião de Souza, em seu livro Tenda dos Milagres. Cosme de Farias sustentou, fundou, manteve escolas primárias, cuidou dos loucos, escreveu nos jornais pedindo auxílio para as campanhas sociais e de caridade. Hoje, Cosme de Farias é nome de plenário na Câmara Municipal e de bairro em Salvador.

 

 

Major sem nunca ter servido as Forças Armadas e advogado sem diploma de Bacharel (rábula), mesmo sem ter concluído o curso primário, Cosme de Farias foi deputado e vereador por vários mandatos. Sua luta foi pioneira conta o analfabetismo na Bahia e preocupação com as causas sociais.

 


Conhecido como o último rábula (profissional do Direito que não tem formação universitária) da Bahia, defendia sempre os menos favorecidos, como bicheiros e prostitutas. A figura peculiar de Cosme de Farias inspirou o escritor Jorge Amado a criar o major Damião de Souza, em seu livro Tenda dos Milagres.

 

 

Ele foi o responsável pela inauguração da primeira escola pública para educação de adultos. Cosme de Farias sustentou, fundou, manteve escolas primárias, cuidou dos loucos, escreveu nos jornais pedindo auxílio para as campanhas sociais e de caridade. Hoje, Cosme de Farias é nome de plenário na Câmara Municipal e de bairro em Salvador.

Um comentário:

elvina roy disse...

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