1950 - A Gata Borralheira (Cinderela). Inspirado em conto do francês Charles
Perrault. O filme
salvou Disney de uma crise financeira após os tempos da
guerra. Direção de Wilfred Jackson, Hamilton Luske e Clyde Geronimi. Conta a
história de uma menina órfã que fica sob a guarda da madrasta cruel. Ela mantêm
a menina na cozinha, em regime de escravidão. Sem o carinho dos pais e sofrendo
com a implicância das irmãs horrorosas, Cinderela tinha como amigos meia dúzia
de ratos e passarinhos.

1951 - Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland). Direção de
Clyde Geronimi, Hamilton
Luske e Wilfred Jackson. Baseado na clássica história
de Lewis Carroll.
Alice é uma garota curiosa que ao
perseguir um coelhinho branco completamente maluco, entra no mais divertido e
confuso dos mundos: O País das Maravilhas. Lá, Alice vai viver muitas surpresas
e ainda enfrentar a poderosa Rainha de Copas e seu terrível exército de cartas.
76 min.

As aventuras de Wendy
e seus irmãos na Terra do Nunca têm a força dos desejos infantis, a começar por
este, muito particular: a fantasia de nunca ficar adulto.
Wendy é a menina que
deve passar a última noite no mesmo quarto que seus irmãos menores. Já está
crescidinha e deve ocupar outro aposento.
Durante a noite aparece Peter Pan
que leva os três para a Terra do Nunca. Eles voam, com o auxílio do pó de
pirlimpimpim flertando com as sereias da
Terra do Nunca. E, finalmente, sentindo falta de casa e da mãe - resolvem
voltar e enfrentar a dor do crescimento.
fornecido pela ciumenta Sininho. Combatendo o mal na figura do
arquiinimigo Capitão Gancho e seus piratas, festejando com os índios numa dança
frenética,
Peter Pan é o herói aventureiro em estado puro. A fada Sininho rouba o
filme e todas as cenas em que aparece. Ela é cheia de nuances, sexy, uma das
razões maiores do êxito da história. Direção de Hamilton Luske, Clyde Geronimi
e Wilfred Jacson. 77 min.
1955 - Os estúdios Disney lança
seu oitavo desenho em longa metragem: A
Dama e o Vagabundo (The Lady and the Tramp). Foi o primeiro desenho animado
da história do cinema a utilizar o formato CinemaScope, o que provocou
alterações nos esquemas de produção e concepção nos filmes dos estúdios Disney.
Acostumados ao formato 35mm, os animadores de Disney foram obrigados a
abandonar seu antigo método de trabalho.
No formato normal, os efeitos de
espaço e profundidade necessários ao bom desenvolvimento da ação são
conseguidos com o uso de panorâmicas, truques de animação, cortes de
movimento
e uma montagem ágil das sequências. Já o CinemaScope, com seu quadro mais
alongado, praticamente traz todo o espaço pronto, tornando necessário a
utilização de tomadas maiores, menor número de cortes de movimento e uma
constante preocupação em evitar espaços vazios no cenário.
Apesar de todas essas
dificuldades, a equipe Disney saiu-se muito bem. História de Ward Greene. Conta
o irresistível caso de amor entre uma cachorra de raça e um cão vira lata. Daí
nasceu o Banzé. Bons momentos de sequências de ação ininterrupta quando
Vagabundo, herói, mata o rato malvado na casa de Lili, e quando Joca e Fiel
interceptam a carrocinha, além dos terríveis gatos siameses. Isso sem
desmerecer a sequência mais memorável: o jantar no restaurante italiano, digna
de qualquer antologia romântica do cinema. Direção de Hamilton Luske, Clyde
Geronimi e Wilfred Jackson. 76 min.

Destaque para a batalha final
entre o príncipe e a bruxa, que se transforma em dragão para combatê-lo.
Consumiu o trabalho de mais de 300 artistas, que criaram cerca de um milhão de
desenhos para o filme. Foi concluído depois de três anos. Utilizando technirama
70 e som estereofônico, além de um design estilizado e angular para os
personagens e cenas de fundo, em lugar dos antigos traços suaves e arredondados
que aos poucos já vinham sendo abandonados pelos artistas do estúdio. Primeiro
Oscar técnico-científico para Ub Iwerks. 75 min.
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