03 fevereiro 2015

Desenhos animados dos estúdios Disney (03)



1950 - A Gata Borralheira (Cinderela). Inspirado em conto do francês Charles Perrault. O filme
salvou Disney de uma crise financeira após os tempos da guerra. Direção de Wilfred Jackson, Hamilton Luske e Clyde Geronimi. Conta a história de uma menina órfã que fica sob a guarda da madrasta cruel. Ela mantêm a menina na cozinha, em regime de escravidão. Sem o carinho dos pais e sofrendo com a implicância das irmãs horrorosas, Cinderela tinha como amigos meia dúzia de ratos e passarinhos.

Contrariando todas as expectativas da maldosa família, que pretende segurar Cinderela longe da festa real, sua Fada Madrinha transformou a abóbara em carruagem e os ratinhos em cavalos. Deu para Cinderela um vestido autêntico e uns sapatinhos de cristal. Ela foi ao baile e conquistou o príncipe. Há belos momentos com o gato Lucifer, os ratinhos Jaq e Tatás e o cachorro Bruno. A música “Bibbidi-Bobbide-Boo” ganhou o Oscar de melhor canção. 75 min.

1951 - Alice no País das Maravilhas (Alice in Wonderland). Direção de Clyde Geronimi, Hamilton
Luske e Wilfred Jackson. Baseado na clássica história de Lewis Carroll.

Alice é uma garota curiosa que ao perseguir um coelhinho branco completamente maluco, entra no mais divertido e confuso dos mundos: O País das Maravilhas. Lá, Alice vai viver muitas surpresas e ainda enfrentar a poderosa Rainha de Copas e seu terrível exército de cartas. 76 min.

1953 - As Aventuras de Peter Pan. Foi o campeão de bilheteria do ano. Foram gastos US$ 4 milhões com a realização de mais de 500 mil desenhos para dar vida à história. Versão da peça de Sir James Barrie. 

As aventuras de Wendy e seus irmãos na Terra do Nunca têm a força dos desejos infantis, a começar por este, muito particular: a fantasia de nunca ficar adulto. 

Wendy é a menina que deve passar a última noite no mesmo quarto que seus irmãos menores. Já está crescidinha e deve ocupar outro aposento.

Durante a noite aparece Peter Pan que leva os três para a Terra do Nunca. Eles voam, com o auxílio do pó de pirlimpimpim   flertando com as sereias da Terra do Nunca. E, finalmente, sentindo falta de casa e da mãe - resolvem voltar e enfrentar a dor do crescimento.  
fornecido pela ciumenta Sininho. Combatendo o mal na figura do arquiinimigo Capitão Gancho e seus piratas, festejando com os índios numa dança frenética,

Peter Pan é o herói aventureiro em estado puro. A fada Sininho rouba o filme e todas as cenas em que aparece. Ela é cheia de nuances, sexy, uma das razões maiores do êxito da história. Direção de Hamilton Luske, Clyde Geronimi e Wilfred Jacson. 77 min.

1955 - Os estúdios Disney lança seu oitavo desenho em longa metragem: A Dama e o Vagabundo (The Lady and the Tramp). Foi o primeiro desenho animado da história do cinema a utilizar o formato CinemaScope, o que provocou alterações nos esquemas de produção e concepção nos filmes dos estúdios Disney. Acostumados ao formato 35mm, os animadores de Disney foram obrigados a abandonar seu antigo método de trabalho.

No formato normal, os efeitos de espaço e profundidade necessários ao bom desenvolvimento da ação são conseguidos com o uso de panorâmicas, truques de animação, cortes de
movimento e uma montagem ágil das sequências. Já o CinemaScope, com seu quadro mais alongado, praticamente traz todo o espaço pronto, tornando necessário a utilização de tomadas maiores, menor número de cortes de movimento e uma constante preocupação em evitar espaços vazios no cenário.

Apesar de todas essas dificuldades, a equipe Disney saiu-se muito bem. História de Ward Greene. Conta o irresistível caso de amor entre uma cachorra de raça e um cão vira lata. Daí nasceu o Banzé. Bons momentos de sequências de ação ininterrupta quando Vagabundo, herói, mata o rato malvado na casa de Lili, e quando Joca e Fiel interceptam a carrocinha, além dos terríveis gatos siameses. Isso sem desmerecer a sequência mais memorável: o jantar no restaurante italiano, digna de qualquer antologia romântica do cinema. Direção de Hamilton Luske, Clyde Geronimi e Wilfred Jackson. 76 min.

1959 - A Bela Adormecida ( The Sleeping Beauty). Direção de Clyde Geronimi. 75 min. Direção deClyde Geronimi e música de George Bruns. Adaptação de um conto de fadas de Charles Perrault. Para comemorar o nascimento da filha, Aurora, o rei e a rainha preparam uma celebração monumental, mas não convidam a bruxa má Malévola, temida por todo o reino. Ofendida, ela lança uma praga sobre a criança - em seu 16º aniversário, ela espetará o dedo no fuspo de uma roca de fiar e morrerá. Uma fada madrinha consegue alterar a maldição, fazendo com que a princesa, em vez de morrer, caia em sono profundo até ser despertada por um beijo de amor.

Destaque para a batalha final entre o príncipe e a bruxa, que se transforma em dragão para combatê-lo. Consumiu o trabalho de mais de 300 artistas, que criaram cerca de um milhão de desenhos para o filme. Foi concluído depois de três anos. Utilizando technirama 70 e som estereofônico, além de um design estilizado e angular para os personagens e cenas de fundo, em lugar dos antigos traços suaves e arredondados que aos poucos já vinham sendo abandonados pelos artistas do estúdio. Primeiro Oscar técnico-científico para Ub Iwerks. 75 min.


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