17 dezembro 2013

Livro estimula arborização urbana



Contribuir para que o ambiente das grandes cidades seja cada vez mais arborizado com espécies nativas do nosso bioma, levando mais qualidade de vida à população. Este é um dos principais objetivos do livroÁrvores para Cidades, de autoria da engenheira agrônoma e analista do MP/BA Eloina Neri Matos e do doutor em Biologia Luciano Paganucci. O livro contém 354 páginas e é ricamente ilustrado com espécies arbóreas indicando soluções e manejos para a implantação correta de áreas urbanas verdes nos municípios baianos. Numa linguagem didática e acessível ao público, o livro traz informações gerais sobre áreas verdes e orientações para arborização urbana, e apresenta 120 espécies nativas da Bahia, próprias para áreas verdes urbanas.

Instrumento do ProgramaCidade Verde, executado pelo Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Meio Ambiente (Ceama) do Ministério Público da Bahia (MP/BA), o livro conta com o apoio do Numa, Fundação José Silveira e Petrobras, e ensina como planejar, implementar e manter a arborização no meio urbano, além de contar com um guia que apresenta em 570 imagens as espécies nativas, mostrando suas características e sugerindo locais em que possam ser plantadas. Segundo dados do Programa, a utilização de espécies do tipo exótica é crescente no país, desfavorecendo a presença das plantas nativas, que seriam melhor adaptadas ao clima e ao solo do nosso território.

ESTÍMULO - O livro é destinado aos municípios baianos e seus gestores públicos, lembrando que o Cidade Verde foi criado a partir de uma situação apresentada em 2006 na cidade de Boa Vista do Tupim. Naquela época, a população percebeu que as espécies locais estavam sendo tomadas pelo plantio indiscriminado da árvore do tipo Fícus, levando a denúncia até a promotoria local. A partir daí, o problema foi identificado em outras cidades, mostrando a necessidade de se estimular a presença das árvores com o uso das espécies nativas, que se mostram mais adequadas ao ambiente local.

Segundo dados do Ceama, mais de 70% da população baiana vive em cidades, locais onde o ambiente natural foi completamente modificado para dar lugar às edificações e vias públicas, gerando um desequilíbrio no meio ambiente com prejuízo à saúde das pessoas. Por isso, a importância do programa e do livro, publicação que apresenta informações sobre os benefícios sociais, ambientais e estéticos das áreas verdes urbanas, além de orientações para auxiliar os profissionais nos processos de planejamento, implantação e manutenção da arborização no ambiente urbano.

ESPÉCIES - Na obra, também consta um guia de espécies com 120 árvores representativas da caatinga, cerrado e Mata Atlântica (incluindo campo rupestre e restinga) As árvores, conforme lembra a coordenadora do Ceama, promotora de Justiça Ana Luzia Santana, sabidamente, oferecem ao ser humano alimentos e remédios; propiciam a diminuição do calor, protegendo-nos da poeira e ventos fortes; contribuem para o controle dos deslizamentos, a redução da poluição atmosférica e de temperatura, características que potencializam a melhoria da qualidade de vida. Nesse sentido, é que o programa buscará incentivar a sociedade e influenciar os gestores municipais a implantarem áreas verdes urbanas, utilizando espécies nativas da flora da Bahia, assinalou Ana Luzia.

Para estimular a arborização no interior, o lançamento de Árvores para Cidades juntamente com umaexposição de 70 fotografias que constam no livro,  aborda também a problemática das espécies exóticas invasoras e a importância do plantio de espécies nativas, com descrição dos biomas da Bahia e seus principais tipos vegetacionais. As fotografias foram expostas nos municípios de Barreiras, Bom Jesus da Lapa, Euclides da Cunha, Feira de Santana, Irecê, Ilhéus, Guanambi, Paulo Afonso, Santo Antônio de Jesus, Seabra, Senhor do Bonfim, Teixeira de Freitas e Vitória da Conquista, e exemplares da publicação serão distribuídos em todas as bibliotecas  e escolas públicas do estado.


Os efeitos e benefícios das áreas verdes

* Absorvem parte dos raios solares, lançam água no ambiente, e, assim, reduzem o efeito das ilhas de calor.
 
*Propiciam conforto térmico e alteração do microclima (sensação de bem-estar promovido pelo sombreamento), refrescando o ambiente.

*Diminuem a poluição sonora, funcionando como uma barreira que minimiza a propagação dos ruídos.

*Protegem contra a poeira e ventos forte.

*Funcionam como barreira e absorvem parte da poluição atmosférica, diminuindo seus efeitos negativos.

*Reduzem o impacto da chuva, absorvem água e evitam o escorrimento superficial, contribuindo para a diminuição das enxurradas e enchentes.

*Aproximam a pessoa da natureza, permitem a contemplação e acalmam a fadiga mental.

*Favorecem o convívio social e comunitário.

*Permitem o lazer e a prática de exercícios físicos como caminhadas, corridas e outros, a depender da oferta de equipamentos apropriados. O lazer e os esportes auxiliam na melhoria da saúde da população.

*Possuem efeito paisagístico, embelezam a cidade, contribuem para a harmonia da paisagem, diminuindo o impacto das construções.

*Atraem pássaros, que também contribuem para o bem-estar humano.
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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Brotas), Galeria do Livro (Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (Barris em frente a Biblioteca Pública), na Midialouca (Rua das Laranjeiras, 28, Pelourinho. Tel: 3321-1596) e Canabrava (Rua João de Deus, 22, Pelourinho). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929

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