11 fevereiro 2011

Música & Poesia

Olho de lince (Jards Macalé e Waly Salomão)


Quem fala que sou esquisito hermético

É porque não dou sopa estou sempre elétrico

Nada que se aproxima nada me é estranho

Fulano sicrano e beltrano

Seja pedra seja planta seja bicho seja humano

Quando quero saber o que ocorre a minha volta

Ligo a tomada abro a janela escancaro a porta

Experimento tudo nunca me iludo

Quero crer no que vem por ao beco escuro

Me iludo passando presente futuro

Revir na palma da mão o dado

Presente futuro passado

Tudo sentir de todas as maneiras

É a chave de ouro do meu jogo

De minha mais alta razão

Na sequência de diferentes naipes

Quem fala de mim tem paixão.





Porque os outros se mascaram mas tu não (Sophia de Mello Breyner Andresen)


Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros usam a virtude

Para comprar o que não tem perdão.

Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados

Onde germina calada a podridão.

Porque os outros se calam mas tu não.



Porque os outros se compram e se vendem

E os seus gestos dão sempre dividendo.

Porque os outros são hábeis mas tu não.



Porque os outros vão à sombra dos abrigos

E tu vais de mãos dadas com os perigos.

Porque os outros calculam mas tu não.

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