O ancestral mais remoto do álbum de figurinhas está localizado na Idade Média. Por volta do século XV, surgiu um tipo de estampa, isto é, figurinha impressa, cuja finalidade era divulgar conhecimentos, curiosidades, datas comemorativas ou propícias ao agricultor, eventos e vultos religiosos. Esta estampa, denominada popular, supria uma série de necessidades de visualização de informações que habitualmente percorriam a população através da tradição oral. As estampas populares tornaram-se verdadeiras propagandas da imagem impressa para uma população que não tinha acesso às obras de artistas nem às bibliotecas.
Com a introdução do processo de impressão cromolitográfico, inventado em 1826, na França, essas estampas passam a ter a possibilidade de serem reproduzidas em várias cores, em melhor qualidade e maior quantidade. Disto se aproveita a publicidade para tornar seus produtos mais atrativos, com a isenção de pequenas estampas para a ornamentação de caixas e calendários.
A mania começou na Europa, em 1872, nas embalagens do extrato de carne Liebig. Por volta de 1880, os cromos começaram a circular no Brasil, através da Fumos e Cigarros Veado, que os distribuiu por quase 50 anos. Em 1895, a Manufactura de Cigarros França & Murça (SP) lança uma coleção de figurinhas com o tema Marinha Brasileira, baseadas em fotografias de Marc Ferrez, um dos maiores fotógrafos do século XIX. As figurinhas premiadas começaram ainda nos anos 10, dando fotografias de mulheres, artistas e de paisagens.
O primeiro álbum para colecionar as figurinhas veio do Uruguai, em 1934. Era A Hollandeza, que trazia outra novidade: a primeira figurinha difícil, “carimbada”, O Cravo do Ar, tão difícil que dava um carro para quem a conseguisse. A possibilidade de participar de concurso com direito a prêmios deu impulso a este veículo. Assim, a fábrica de balas A Hollandeza fez um álbum com este mesmo nome, cujos assuntos tratavam de lugares e construções, natureza, invenções, histórias, personalidades, curiosidades em geral, inaugurando um tipo de coleção que iria servir de modelo a muitos outros.
Com a introdução do processo de impressão cromolitográfico, inventado em 1826, na França, essas estampas passam a ter a possibilidade de serem reproduzidas em várias cores, em melhor qualidade e maior quantidade. Disto se aproveita a publicidade para tornar seus produtos mais atrativos, com a isenção de pequenas estampas para a ornamentação de caixas e calendários.
A mania começou na Europa, em 1872, nas embalagens do extrato de carne Liebig. Por volta de 1880, os cromos começaram a circular no Brasil, através da Fumos e Cigarros Veado, que os distribuiu por quase 50 anos. Em 1895, a Manufactura de Cigarros França & Murça (SP) lança uma coleção de figurinhas com o tema Marinha Brasileira, baseadas em fotografias de Marc Ferrez, um dos maiores fotógrafos do século XIX. As figurinhas premiadas começaram ainda nos anos 10, dando fotografias de mulheres, artistas e de paisagens.
O primeiro álbum para colecionar as figurinhas veio do Uruguai, em 1934. Era A Hollandeza, que trazia outra novidade: a primeira figurinha difícil, “carimbada”, O Cravo do Ar, tão difícil que dava um carro para quem a conseguisse. A possibilidade de participar de concurso com direito a prêmios deu impulso a este veículo. Assim, a fábrica de balas A Hollandeza fez um álbum com este mesmo nome, cujos assuntos tratavam de lugares e construções, natureza, invenções, histórias, personalidades, curiosidades em geral, inaugurando um tipo de coleção que iria servir de modelo a muitos outros.
Entre as décadas de 20 e 50, circularam as estampas Eucalol, numa das mais longas séries lançadas no Brasil, e com grande receptividade, formando ao todo um conjunto de mais de dois mil. Cerca de 50 títulos surgiram nos anos 30 e 40 e tiveram um papel muito importante na divulgação didática de imagem de caráter escolar ou não, como artistas, personalidades históricas, regiões do mundo, animais, cidades e tornaram-se acessíveis visualmente, já que livros escolares e
outras publicações não contavam com estes temas organizados em série e ilustrados em cores. Os personagens dos quadrinhos aparecem nos álbuns a partir de 1942, com Parada Mickey Mouse, da S/A IRF Matarazzo que, estrategicamente, usou sua diversidade de produtos alimentícios, perfumarias, cigarros, balas, chocolates, bebidas para a distribuição das figurinhas.
Em 1949, a Editora Vecchi publica o álbum Branca de Neve e os Sete Anões, desvinculando o uso promocional, pois até então as figurinhas eram utilizadas intensamente como brindes de empresas. Os álbuns agora passaram a ser publicados por editoras (Martins Fontes, Ebal, Aquarela e outras) e colocados em envelopes. A partir de 1954, surgem álbuns trazendo o jogo completo de figurinhas. Junto a outros temas (desenhos animados, fábulas, animais) os álbuns ampliam na década de 50 seu caráter de memória, com as imagens procurando fixar aquilo que ficará como lembrança de um evento, de uma situação, extrapolando assim o objetivo de ilustrar, de esclarecer.
No período de 1969 a 1976, o álbum de figurinhas passa a ser o divulgado das idéias e dos produtos de “Brasil Grande”, aproveitando ainda outras áreas ou personagens de veículos específicos como o futebol, quadrinhos, tevê. Surgem muitos títulos sobre o Brasil, objetivamente ufanistas como O Nosso Brasil (1970), Pra Frente Brasil (1971), Sempre Brasil (1972) e mais de 50 títulos semelhantes. Na segunda metade da década de 70, sobressaem os álbuns sobre personagens de quadrinhos e desenhos animados da tevê: Festival Disney (76), Super HB (77) e Turma do Pernalonga (78). Enquanto temas como artistas de rádio, progresso humano, flores e frutos tiveram seu uso reduzido, outros como animais, futebol, artistas e personagens de desenho animado para tevê permaneceram ou aumentaram. E desde 1979, vários governos estaduais passaram a fazer uso dos álbuns de figurinhas como meio indireto fiscalizador do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM).
Em 1974, o campeão absoluto, com 50 milhões de envelopes vendidos foi Galeria Disney, da Abril. O desempenho só foi ameaçado por História Natural, lançado pela Cedibra em 1985, que vendeu 400 milhões. A produção do início dos anos 80 foi marcado por dois álbuns em 1979: Clube do Zequinha, do governo do estado do Paraná e Amar é.... da Editora Abril. No primeiro, as figurinhas eram obtidas pela troca com notas fiscais (um meio de apoiar a fiscalização do ICM) e, com o segundo, passou-se a utilizar as figurinhas adesivas, expandindo-se a adesão de temas, personagens extraídos de outros veículos, expressados em versos e frases de humor. Hoje, na febre do momento, o maior sucesso é o álbum de personagens em quadrinhos, principalmente quando são transportados para o cinema.
Em 1949, a Editora Vecchi publica o álbum Branca de Neve e os Sete Anões, desvinculando o uso promocional, pois até então as figurinhas eram utilizadas intensamente como brindes de empresas. Os álbuns agora passaram a ser publicados por editoras (Martins Fontes, Ebal, Aquarela e outras) e colocados em envelopes. A partir de 1954, surgem álbuns trazendo o jogo completo de figurinhas. Junto a outros temas (desenhos animados, fábulas, animais) os álbuns ampliam na década de 50 seu caráter de memória, com as imagens procurando fixar aquilo que ficará como lembrança de um evento, de uma situação, extrapolando assim o objetivo de ilustrar, de esclarecer.
No período de 1969 a 1976, o álbum de figurinhas passa a ser o divulgado das idéias e dos produtos de “Brasil Grande”, aproveitando ainda outras áreas ou personagens de veículos específicos como o futebol, quadrinhos, tevê. Surgem muitos títulos sobre o Brasil, objetivamente ufanistas como O Nosso Brasil (1970), Pra Frente Brasil (1971), Sempre Brasil (1972) e mais de 50 títulos semelhantes. Na segunda metade da década de 70, sobressaem os álbuns sobre personagens de quadrinhos e desenhos animados da tevê: Festival Disney (76), Super HB (77) e Turma do Pernalonga (78). Enquanto temas como artistas de rádio, progresso humano, flores e frutos tiveram seu uso reduzido, outros como animais, futebol, artistas e personagens de desenho animado para tevê permaneceram ou aumentaram. E desde 1979, vários governos estaduais passaram a fazer uso dos álbuns de figurinhas como meio indireto fiscalizador do Imposto sobre Circulação de Mercadorias (ICM).
Em 1974, o campeão absoluto, com 50 milhões de envelopes vendidos foi Galeria Disney, da Abril. O desempenho só foi ameaçado por História Natural, lançado pela Cedibra em 1985, que vendeu 400 milhões. A produção do início dos anos 80 foi marcado por dois álbuns em 1979: Clube do Zequinha, do governo do estado do Paraná e Amar é.... da Editora Abril. No primeiro, as figurinhas eram obtidas pela troca com notas fiscais (um meio de apoiar a fiscalização do ICM) e, com o segundo, passou-se a utilizar as figurinhas adesivas, expandindo-se a adesão de temas, personagens extraídos de outros veículos, expressados em versos e frases de humor. Hoje, na febre do momento, o maior sucesso é o álbum de personagens em quadrinhos, principalmente quando são transportados para o cinema.
6 comentários:
Olé amigo. Eu tb tenho um blog de desenhos animados principalmente da Hanna Barbera e outras coisas mais daquela época. Se te interessar em scanear estes álbuns de figurinhas pra gente postar no blog eu ficaria muito contente. Podemos até trocar alguma coisa. Dá uma olhada no blog www.hannabarberashow.blogspot.com ou me manda um e-mail pra gente conversar, ok? Abraços!!!
Kiroga
Meus albuns de figurinhas ficaram no baú. Hoje não estudo o assunto, mas vou dar uma olhada em seu blog. Esta materia que fiz já foi publicada na imprensa há uns 10 anos...
Gutemberg
Puxa, que legal! Tenho 2 colaboradores que também são colecionadores que estão me enviando por e-mail gibis da HD e álbuns de figurinhas. Estou colocando no blog pois adoro estas coisas. Gostaria muito de incluir seus álbuns lá. Fico no aguardo!
Abraço!
Bons tempos em que eu e meus irmãos colecionáva-mos figurinha esportivas (1954). Era muito dificil preencher os albuns afim de ganhar a tão cobiçada bicicleta. Só uma vez conseguimos, vieram as três figurinhas carimbadas num envelope só, nunca esqueci: Gatão, Lanza e Oswaldo. A alegria foi geral, o bairro todo curtiu o nosso prêmio. Foi demais!!
E quem disse que colecionar álbum de figurinha é coisado passado. A Copa está aí paraprovar o contrário
Eu tenho o álbum da copa de 82 completo Ping Pong. Estou vendendo a cópia colorida impressa na gráfica. Ficou linda a cópia, perfeita!
Quem estiver interessando manda um e-mail pra mim paulolanzuolo@yahoo.com.br ou fone: (11) 6418-0527.
Valor R$ 180,00 + Frete.
Abraço a todos.
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