Símbolo máximo da contestação da juventude ao tradicionalismo musical desde a década de 50; instrumento maior de todos os líderes desta contestação, de Elvis Presley e Jimi Hendrix até as bandas da novíssima geração roqueira, a guitarra, no entanto, não é tão jovem como o leitor imagina. A guitarra, que começou com um som seco e metálico, percorreu um longo e diversificado caminho, abrindo, como nenhum outro instrumento, a consciência da atual geração para uma nova era musical: a era eletrônica. Aos 85 anos, a guitarra continua sendo o instrumento-mor dentro do rock e o que possui o maior volume de som. É indispensável a qualquer tipo de música e assumiu a posição de verdadeiro fetiche cultuado pelos jovens. “Você quer ser um astro do rock and roll??/ouça só o que eu digo/compre uma guitarra elétrica/e espere um pouco/até você aprender a tocar”, diz a canção “So You Want To Be a Rock and Roll Star”, cantada pelos Byrds, em 1967.
Desde os seus primórdios, a guitarra se revelou um instrumento com sonoridade própria, muito diferente do violão. Muito antes de ser criada, a guitarra elétrica era uma necessidade para os músicos, principalmente os bluesmen. Uma guitarra acústica colocava em situação embaraçosa até o mais hábil instrumentista. Em 1922, o artesão e desenhista de instrumentos Leo Fender desenhou e registrou um modelo de guitarra com um captador embutido na própria madeira. Essa primeira guitarra deu origem à Fender Esquire, uma das primeiras guitarras totalmente acústicas.
Assim, a guitarra passou pelas mãos de Eddie Lang, Lonnie Johnson, Charles Christian e, através dos grandes guitarristas do “coll” dos anos 50, chegamos a B.B.King e, daí, uma linha direta até Jimi Hendrix, que inventou a linguagem no final dos anos 60. Os punks ressuscitaram o instrumento em 1976 e, com o predomínio do heavy metal e suas variações, a guitarra estava de novo em alta. Como é o instrumento que possui o maior volume de som, justifica o seu enorme sucesso no rock e na música pop.
A popularidade alcançada por esse instrumento é algo sem precedentes na música. Milhares de jovens em todo mundo aderiram à guitarra elétrica e grande parte deles manipula com tanta habilidade seus recursos eletrônicos de transformação timbrística que, à vezes, pelo puro efeito, se torna difícil identificar o instrumento. Um jovem empunhando uma guitarra é um símbolo perfeito de rebeldia adolescente. Todas as tribos roqueiras cultuam o mito do “herói da guitarra” e está presente em todas as fantasias juvenis. A guitarra passou a ser um instrumento indispensável a quase todo tipo de música. Mais ainda: assumiu a posição de um verdadeiro fetiche, um símbolo de identificação das massas jovens.
ORIGEM
A guitarra era um instrumento de acompanhamento, pura e simplesmente: batia o ritmo e harmonizava o canto o mesmo tempo. Os cantores de folk-blues, worksongs e das antigas baladas-blues acompanhavam-se com guitarra ou banjo. Johny St. Cyr tocava banjo e guitarra com King Oliver, Louis Armstrong e Jelkly Roll Morton, nos anos 20. Lonnie Johnson nesse mesmo período, preferia atuar solando. Nos anos 30, o grande representante da guitarra rítmica/harmônica foi Freddie Green, um músico que acompanhou Count Basie. O jazzista Charlie Christian foi o primeiro a se utilizar de uma guitarra semi-acústica para forjar, entre 1939 e 1941, uma nova linguagem para o instrumento. Ele criou o estilo sonoro da guitarra elétrica e toda a geração posterior foi influenciada por ele. Nos dois anos em que integrou a Orquestra de Benny Goodman, Christian adotou a guitarra elétrica como forma de se sobressair em meio ao som dos metais e da bateria. O som obtido por Charlie Christian influenciou seus contemporâneos que tocavam blues em Chicago, como Muddy Waters e Hubert Sumlin que logo eletrificaram seus instrumentos.
Nos anos 30, nos Estados Unidos, começou-se a procurar uma forma de amplificar o som do violão sem o uso de microfones. Surgiram, assim, os captadores magnéticos, desenvolvidos originalmente por George Beauchamp e Paul Barth. As antigas guitarras elétricas eram violas acústicas com pequenos microfones adaptados na caixa de ressonância – o som de retorno era de enlouquecer. Clarence Leo Fender começou a construir instrumentos na década de 20. Em 1922, criou uma guitarra com captador embutido. Em 1931, Adolph Rickenbacker produziu, comercialmente, pela primeira vez, uma guitarra elétrica construída em alumínio. Era a famosa “Frigideira”. Mais ou menos nessa época, o músico e inventor americano Les Paul começava a fazer experiências com um captador adaptado ao violão, mas sem obter bons resultados, devido à microfonia provocada pela caixa do instrumento. Ao saber que Thomaz Edison havia construído um violino elétrico de madeira maciça, Les Paul decidiu aplicar o mesmo princípio ao violão. Em 1941, ele construiu a primeira guitarra maciça (solid body), cortando ao meio um violão e colocando entre as duas metades um bloco de madeira sobre a qual estavam montados dois captadores e um braço de violão Gibson.
Desde os seus primórdios, a guitarra se revelou um instrumento com sonoridade própria, muito diferente do violão. Muito antes de ser criada, a guitarra elétrica era uma necessidade para os músicos, principalmente os bluesmen. Uma guitarra acústica colocava em situação embaraçosa até o mais hábil instrumentista. Em 1922, o artesão e desenhista de instrumentos Leo Fender desenhou e registrou um modelo de guitarra com um captador embutido na própria madeira. Essa primeira guitarra deu origem à Fender Esquire, uma das primeiras guitarras totalmente acústicas.
Assim, a guitarra passou pelas mãos de Eddie Lang, Lonnie Johnson, Charles Christian e, através dos grandes guitarristas do “coll” dos anos 50, chegamos a B.B.King e, daí, uma linha direta até Jimi Hendrix, que inventou a linguagem no final dos anos 60. Os punks ressuscitaram o instrumento em 1976 e, com o predomínio do heavy metal e suas variações, a guitarra estava de novo em alta. Como é o instrumento que possui o maior volume de som, justifica o seu enorme sucesso no rock e na música pop.
A popularidade alcançada por esse instrumento é algo sem precedentes na música. Milhares de jovens em todo mundo aderiram à guitarra elétrica e grande parte deles manipula com tanta habilidade seus recursos eletrônicos de transformação timbrística que, à vezes, pelo puro efeito, se torna difícil identificar o instrumento. Um jovem empunhando uma guitarra é um símbolo perfeito de rebeldia adolescente. Todas as tribos roqueiras cultuam o mito do “herói da guitarra” e está presente em todas as fantasias juvenis. A guitarra passou a ser um instrumento indispensável a quase todo tipo de música. Mais ainda: assumiu a posição de um verdadeiro fetiche, um símbolo de identificação das massas jovens.
ORIGEM
A guitarra era um instrumento de acompanhamento, pura e simplesmente: batia o ritmo e harmonizava o canto o mesmo tempo. Os cantores de folk-blues, worksongs e das antigas baladas-blues acompanhavam-se com guitarra ou banjo. Johny St. Cyr tocava banjo e guitarra com King Oliver, Louis Armstrong e Jelkly Roll Morton, nos anos 20. Lonnie Johnson nesse mesmo período, preferia atuar solando. Nos anos 30, o grande representante da guitarra rítmica/harmônica foi Freddie Green, um músico que acompanhou Count Basie. O jazzista Charlie Christian foi o primeiro a se utilizar de uma guitarra semi-acústica para forjar, entre 1939 e 1941, uma nova linguagem para o instrumento. Ele criou o estilo sonoro da guitarra elétrica e toda a geração posterior foi influenciada por ele. Nos dois anos em que integrou a Orquestra de Benny Goodman, Christian adotou a guitarra elétrica como forma de se sobressair em meio ao som dos metais e da bateria. O som obtido por Charlie Christian influenciou seus contemporâneos que tocavam blues em Chicago, como Muddy Waters e Hubert Sumlin que logo eletrificaram seus instrumentos.
Nos anos 30, nos Estados Unidos, começou-se a procurar uma forma de amplificar o som do violão sem o uso de microfones. Surgiram, assim, os captadores magnéticos, desenvolvidos originalmente por George Beauchamp e Paul Barth. As antigas guitarras elétricas eram violas acústicas com pequenos microfones adaptados na caixa de ressonância – o som de retorno era de enlouquecer. Clarence Leo Fender começou a construir instrumentos na década de 20. Em 1922, criou uma guitarra com captador embutido. Em 1931, Adolph Rickenbacker produziu, comercialmente, pela primeira vez, uma guitarra elétrica construída em alumínio. Era a famosa “Frigideira”. Mais ou menos nessa época, o músico e inventor americano Les Paul começava a fazer experiências com um captador adaptado ao violão, mas sem obter bons resultados, devido à microfonia provocada pela caixa do instrumento. Ao saber que Thomaz Edison havia construído um violino elétrico de madeira maciça, Les Paul decidiu aplicar o mesmo princípio ao violão. Em 1941, ele construiu a primeira guitarra maciça (solid body), cortando ao meio um violão e colocando entre as duas metades um bloco de madeira sobre a qual estavam montados dois captadores e um braço de violão Gibson.
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