A Editora Melhoramentos juntou em um só volume toda a Série ABZ, que conta a história das letras do alfabeto. Os 26 livrinhos da série, escrita ao longo dos últimos 13 anos, se transformaram em um livrão, o ABZ de Ziraldo. Na apresentação, que escreveu para a coletânea, Ziraldo informa que a inspiração para contar as histórias por detrás das letras veio de sua mãe, Dona Zizinha. Ao apresentar o filho às letras, ela contou como o X era um H de cintura apertada ou como o B era um menino barrigudo.
Desta forma Ziraldo transformou as letras em indivíduos com personalidade própria, com desejos, defeitos e qualidades. Assim, o F vira boxeador, o M é um país, o V voa. O Z se tornou um herói das histórias em quadrinhos, usado para montar as onomatopéias, tão usadas por Ziraldo em seus livros e tiras. A história do Z (e do alfabeto) tem um final feliz, “pois feliz acaba com Z, assim como acaba o Alfabeto”. Vale conferir esse livro com desenhos, colagens e ilustrações de Ziraldo e suas aventuras pelo alfabeto.
No seu “Pequeno Dicionário de Palavras ao Vento”, Adriana Falcão namorou todas as palavras, brincou com algumas delas e prendeu-as nesse precioso dicionário. A letra Z por exemplo ela escreveu: “Última letra do alfabeto que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro” e cita algumas dessas palavras: “Zebra – quando você esperava liso veio listrado, por exemplo”. “Zen: quem consegue não enlouquecer mesmo sem tomar Prozac”; “Zero: onde o mais, que vinha virando menos, se encontra com o menos, que vinha virando mais”; “Zig-zag: o menor caminho entre dois bêbados”; “Zíper: fecho que precisa de um bom motivo para ser aberto”, “Zureta: como a cabeça da gente fica ao final de um dicionário inteiro”.
Z é uma consoante constritiva, fricativa, alveolar, sonora, define os dicionários. A letra Z está nos nomes de grandes filósofos: Zaratustra, LeibniZ, NietZschi, SpinoZa e DeleuZe. O Z é para DeleuZe uma letra maiúscula, que permite o retorno à letra H ao mesmo tempo que marca o fim do alfabeto. Z de Ziguezague. E até o cantor e compositor Bob Dylan, que, atrás, se chama Robert Zimmermann – também tem no Z do ziguezague filosófico.
Não se pode esquecer do jogador de futebol fluminense Zico, ídolo do Flamengo e um dos maiores artilheiros da história da seleção brasileira. E o cirurgião paulista Zerbini (Eurydides) que entrou para a história da medicina nacional ao realizar a primeira cirurgia de transplante de coração humano no Brasil, em 1968. Tem ainda Zbigniew Ziembinski, diretor de teatro e televisão brasileiro de origem polonesa. Com a encenação de Vestida de Noiva (1943), de Nélson Rodrigues, inaugura o moderno teatro brasileiro.
Desta forma Ziraldo transformou as letras em indivíduos com personalidade própria, com desejos, defeitos e qualidades. Assim, o F vira boxeador, o M é um país, o V voa. O Z se tornou um herói das histórias em quadrinhos, usado para montar as onomatopéias, tão usadas por Ziraldo em seus livros e tiras. A história do Z (e do alfabeto) tem um final feliz, “pois feliz acaba com Z, assim como acaba o Alfabeto”. Vale conferir esse livro com desenhos, colagens e ilustrações de Ziraldo e suas aventuras pelo alfabeto.
No seu “Pequeno Dicionário de Palavras ao Vento”, Adriana Falcão namorou todas as palavras, brincou com algumas delas e prendeu-as nesse precioso dicionário. A letra Z por exemplo ela escreveu: “Última letra do alfabeto que alcançou a glória quando foi usada pelo Zorro” e cita algumas dessas palavras: “Zebra – quando você esperava liso veio listrado, por exemplo”. “Zen: quem consegue não enlouquecer mesmo sem tomar Prozac”; “Zero: onde o mais, que vinha virando menos, se encontra com o menos, que vinha virando mais”; “Zig-zag: o menor caminho entre dois bêbados”; “Zíper: fecho que precisa de um bom motivo para ser aberto”, “Zureta: como a cabeça da gente fica ao final de um dicionário inteiro”.
Z é uma consoante constritiva, fricativa, alveolar, sonora, define os dicionários. A letra Z está nos nomes de grandes filósofos: Zaratustra, LeibniZ, NietZschi, SpinoZa e DeleuZe. O Z é para DeleuZe uma letra maiúscula, que permite o retorno à letra H ao mesmo tempo que marca o fim do alfabeto. Z de Ziguezague. E até o cantor e compositor Bob Dylan, que, atrás, se chama Robert Zimmermann – também tem no Z do ziguezague filosófico.
Não se pode esquecer do jogador de futebol fluminense Zico, ídolo do Flamengo e um dos maiores artilheiros da história da seleção brasileira. E o cirurgião paulista Zerbini (Eurydides) que entrou para a história da medicina nacional ao realizar a primeira cirurgia de transplante de coração humano no Brasil, em 1968. Tem ainda Zbigniew Ziembinski, diretor de teatro e televisão brasileiro de origem polonesa. Com a encenação de Vestida de Noiva (1943), de Nélson Rodrigues, inaugura o moderno teatro brasileiro.
O cartunista, chargista, ilustrador, escritor mineiro Ziraldo todos conhecem pelos seus trabalhos no Pasquim, Turma do Pererê, Menino Maluquinho, entre outros. Zumbi dos Palmares, líder escravo alagoano foi o símbolo da resistência negra contra a escravidão, e o último chefe do Quilombo dos Palmares. E para não dizer que não falei de flores, as mulheres estão bem representadas na letra Z. Zeferina foi uma escrava quilombola que participou de uma revolta de escravos ocorrida em dezembro de 1826 em Salvador. Zélia Magalhães participou de campanha de anistia aos presos políticos e dos movimentos em defesa da liberdade de expressão, assassinada pela repressão policial em 1949.
Zica, líder comunitária e símbolo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Zilda do Zé, sambista e compositora das décadas de 40 e 50, autora de “Sara-rolha” (As águas vão rolar), “Vai, que depois eu vou”, “Vim me buscar”, “Meu patuá”, entre outras. Zuzu Angel, estilista que lutou incansavelmente para esclarecer a morte do filho pela ditadura militar, e Zuleika Alambert, política, feminista e jornalista, autora dos livros Estudantes fazem História (1964), Metodologia de Trabalho para as Mulheres (1990) e Mulher – uma trajetória épica (1997) entre outros.
E do cineasta grego Costa-Gavras tem o filme de 1969, Z, uma contundente denúncia contra a opressão exercida por regimes ditatoriais. A narrativa mostra o desenrolar das investigações sobre um atentado sofrido por político de oposição, juntamente com as tentativas do governo de abafar o caso. Apesar de baseado em fatos ocorridos na Grécia. O nome do país em que a ação ocorre nunca é citado, o que dá ao filme um ar mais universal. Ganhou os Oscars de melhor filme estrangeiro e de melhor montagem, excepcional. Durante um certo tempo ficou proibido na Grécia e também no Brasil. Z, no alfabeto grego, significa “ele está vivo”.
Zica, líder comunitária e símbolo da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Zilda do Zé, sambista e compositora das décadas de 40 e 50, autora de “Sara-rolha” (As águas vão rolar), “Vai, que depois eu vou”, “Vim me buscar”, “Meu patuá”, entre outras. Zuzu Angel, estilista que lutou incansavelmente para esclarecer a morte do filho pela ditadura militar, e Zuleika Alambert, política, feminista e jornalista, autora dos livros Estudantes fazem História (1964), Metodologia de Trabalho para as Mulheres (1990) e Mulher – uma trajetória épica (1997) entre outros.
E do cineasta grego Costa-Gavras tem o filme de 1969, Z, uma contundente denúncia contra a opressão exercida por regimes ditatoriais. A narrativa mostra o desenrolar das investigações sobre um atentado sofrido por político de oposição, juntamente com as tentativas do governo de abafar o caso. Apesar de baseado em fatos ocorridos na Grécia. O nome do país em que a ação ocorre nunca é citado, o que dá ao filme um ar mais universal. Ganhou os Oscars de melhor filme estrangeiro e de melhor montagem, excepcional. Durante um certo tempo ficou proibido na Grécia e também no Brasil. Z, no alfabeto grego, significa “ele está vivo”.
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