30 maio 2014

Cronologia das Histórias em Quadrinhos (85)



1987 (BRASIL)Henfil lança o livro FRADIM DA LIBERTAÇÃO e retoma sua mais contundentepersonagem nascida no seu livro de estreia, Hiroxima Meu Humor, publicado em Belo Horizonte, 1967.  

o estudioso Álvaro de Moya lança, pela LP& M Editores o livro HISTÓRIA DA HISTÓRIA EM QUADRINHOS.

1987 (BRASIL)O quadrinista Glauco lança a revista GERALDÃO com as paranóias, neuroses e distorções freudianas mais espalhafatosas do repertório nacional.Geraldão é o consumidor típico da metrópole.  

O solitário e dependente que precisa estar sempre consumindo para suprir sua carência. O caso dele é pior, porque é um edipiano convicto. O casal Neuras é uma espécie de continuação da dependência. E o do Apocalipse, uma caricatura da era de Aquárius, da moçada que transou comunidade agrícola e tudo o mais.  

No fundo, são neuroses e paranóias que eu vivo e todo mundo vive. As mesmas bobagens. Tem um pouco daquela coisa do inconsciente coletivom diz o autor.

1987 (BRASIL)A revista OS TRAPALHÕES passa da Editora Bloch para a Editora Abril com uma nova imagem: chegam com rosto fofinho, um jeito meigo e infantil,. Para povoar o mundo da nossa garotada. 


A versão HQ do quarteto de humoristas surgira na esteira do sucesso de seu programa exibido na TV Globo, depois de passagens pelas emissoras Record e Tupi. Foram 83 edições de Os Trapalhões publicadas até 1986. No ano seguinte a revista aposentou o formatinho, cresceu para o formato americano e virou Super Trapalhões.




1987 (EUA)A Press Editorial lança as revistas KAFKA EM QUADRINHOS, álbum do argentino Leopoldo Durañona, com adaptações livre da obra do escritor checo, e RADAR, que reúne os quadrinistas Spacca, Franco de Rosa, Watson Portela entre outros. Leo Durañona produziu uma série de excelentes adaptações de pequenos contos do escritor tcheco Franz Kafka.

Não se encontra muito sobre ele na internet, e a maior parte das referências aponta sua participação como roteirista em editoras estadunidenses.

1987 (EUA) - SUPER HOMEM IV: EM BUSCA DA PAZ é omais fraco exemplar da série iniciada em 1978. O filme não encontrou em Sidney J. Furie o diretor capacitado a acionar com desenvoltura a narrativa espetacular. O herói está contra a corrida armamentista atômica, atirando mísseis contra o Sol, e enfrentando o novo inimigo, o Homem Nuclear, com poderes para ameaçar a paz.

1987 (BRASIL)O cartunista Laerte uma grande demonstração de virtuosismo ee talento na história A NOITE DOS PALHAÇOS MUDOS, publicado no quarto número da revista Circo. É nela que Laerte demonstra o grande modo de síntese do seu traço, sem deixar de lado uma invejável riqueza de detalhes, quando necessário. Sua qualidade de contador de histórias ressalta, pela sequência de quadros e pela paginação, um leve fio condutor que nos leva dos quadrinhos ao próprio cinema. Sem perder o poder de crítica a uma sociedade que considera injusta. Laerte, sobretudo nessa história, demonstra que é capaz de fazer comentários sérios sem perder a alegria.
 
1988 (EUA) - V DE VINGANÇA (V for Vendetta). Criação de Alan Moore e David Lloyd. Retrato esmagador do período Thatcher na Inglaterra. Violento convite à guerrilha urbana, com citações clássicas, incomum, estranho, de clima opressivo, em suspense para um grand finale. Desenhos deDavid Llloyd. No meio de um governo fascista, um homem mascarado como o revolucionário Guy Fawkes desafia o sistema, planeja uma vingança e muda a vida de uma garota. A historieta mostra o confronto entre a anarquia total e o fascismo purista. O tom é operístico. V, o personagem, usa uma máscara. A grande quantidade de personagens e tramas paralelas do enredo é pouco convencional no gênero.

A estrutura da publicação remete a um romance. Seu herói, além disso, não reproduz os clichês dos quadrinhos. Ele é cruel, e sua redentora missão de libertação é movida por um sanguinário desejo de vingança pessoal. V de Vingança é uma história negra. O negro futuro da Grã Bretanha é retratado por Moore e Lloyd. Após a recessão dos anos 80, veio a guerra, a fome e o fanatismo. Em busca de um caminho que a tirasse do caos, a Grã-Bretanha abraçou o fascismo. Seus líderes passaram a controlar o cotidiano da população, através da propaganda política e da repressão. Os campos de concentração vieram no início dos 90. Os amos de silencio começam a ser ameaçados por uma ruidosa vingança. Um terrorista desconhecido deflagrou uma série de atentados a bomba contra os símbolos do Estado e uma meticulosa matança dos principais integrantes do governo. Seu codinome: V, procurado morto.


1988 (BRASIL)Transformado em peça de teatro pelo humorista Chico Caruso, por encomenda do diretor Paulo Betti, o AMIGO DA ONÇA estreia com sucesso no Rio, depois São Paulo. Com Chiquinho Brandão no papel título e Antonio Grassi interpretando Péricles, o Amigo da Onça tem mais seis atores, que se distribuem por uma extensa galeria de personagens, extraídos ora do universo do cartum, ora fda vida real.

1988 (EUA)O escritor Neil Gaiman e o artista plástico Dave Mckean (ambos ingleses) lançam a minissérie ORQUÍDEA NEGRA, ressuscitando em três edições um personagem empoeirado pelo tempo. Usando uma técnica mista que mistura tinta óleo com tinta spray para carros, Mckean trabalhou as imagens da minissérie mantendo apenas o tom do uniforme da Orquídea, cor púrpura, intacto. Os cenários mudavam de tonalidade, de acordo com a situação e o estado de espírito dos personagens.

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