22 setembro 2011

Umas e outras para reflexão

RAÇA – Nem branca, nem negra, amarela ou vermelha. Na face da Terra existe uma única raça: a humana. Todos nós fazemos parte dela.


No século 18, o botânico sueco Carl von Linné criou o sistema de classificação dos seres vivos: Homo sapiens para a especie humana. E dividiu a humanidade em subespecies de acordo com a cor da pele: vermelhos americanos, amarelos asiáticos, negros africanos e brancos europeus.


No século 19, as descobertas arqueológicas destruíram explicações simplistas paras a origem do homem a Terra. A origem das espécies, de Charles Darwin formulou a teoria da mutação das espécies.


No século 20, as mitologias nacionalistas justificaram políticas colonialistas com ideologia da raça “ariana” para eliminar a “anti-raça”, o judeu.


No século 21 estreia a divisão entre o bem, simbolizado por povos ocidentais (americanos e europeus) e o mal (povos do oriente)


FUGA – A política no mundo contemporâneo se torna um exercício de fuga de verdade. A velha indagação romana (cui bono?) reveste-se de grande atualidade. Quem se beneficia com os dribles à realidade?


O filósofo inglês Francis Bacon há quatro séculos já apontava que os políticos são bons ilusionistas. No palco da política, a simulação e a dissimulação tornam-se ferramentas indispensáveis para a grandeza do espetáculo e o aplauso da plateia. Por isso os atores se esmeram em artifícios para melhorar o desempenho no teatro político.

VOTO - “Com esse sistema político que aí está, jamais aprenderemos a votar em pessoas de bem. Como perceber bons propósitos? Quem trabalha de verdade, sem mordomias, não tem tempo para atos de magia fiscalizadora” (Hélio Pólvora – 07/08/2011)


DESTOA - “Tudo o que destoa me interessa. Mangabeira deve ser ouvido porque ele destoa dos papos costumeiros. Mas não só. Faz anos que me proponho a fazer propaganda das atividades teóricas e das propostas práticas de Roberto Mangabeira Unger” (Caetano Veloso – 07/08/2011)


MEDIDA - “Se quiser medir a taxa de civilidade de uma cidade, veja o tamanho de sua calçada. E, se quiser medir a cidadania de um país, pode usar como indicador o número de pedestres mortos” (Gilberto Dimenstein - 07/08/2011)

ABISMO - “Certos homens públicos políticos cavaram um abismo entre eles e a ética na vida pública, mas simultânea e ardilosamente construíram um aparente e paradoxal engenharia de pontes e atalhos. Tanto mais se afastam das regras da coisa pública, mais dele se aproximam em uma cada vez mais sagrada e umbilical união, para extrair benefícios e gozar com esmero as maravilhas de suas vidas privadas, até o último degrau de privacidade, a intimidade” (Aloísio da Franca Rocha Filho – 11/09/2011)


INCULTURAIS - “No Brasil, cultura é só entretenimento, geralmente do mais baixo nível. Grana para axés, pagodes, forrós pornográficos, remelexos, tudo bem, sem falar na cota da corrupção. Não se deseja elevar a população à compreensão e fruição da arte propriamente dita – porque obviamente a levaria a uma das mais refinada sensibilidade, mais preparo intelectual e, em consequência, maior nível de experiência” (Ruy Espinheira Filho – 08/09/2011)


POSITIVO – O sertão da Bahia ocupa mais de 20 dos 27 territórios de identidade e é injustificável que Salvador nunca tenha abraçado a cultura sertaneja. No dia 09 de agosto o governo do Estado reconheceu o ofício da profissão de vaqueiro como patrimônio cultural da natureza imaterial. A Secretaria Estadual da Cultura sinaliza a criação do Centro de Culturas Populares e Identitárias e um Centro de Referência do Sertão.


VIOLA – A viola é um instrumento que está presente em todo o Brasil. Cada região do País tem uma forma própria de tocar e pensar a viola. No Sul tem a viola de fandango. No Nordeste tem a viola dos repentistas. No Sudoeste e no Centro Oeste tem a viola caipira. Só na Bahia temos uns quatro formatos de viola. Ela é ligada à chula do Recôncavo. Aos repentistas da região de Serrinha e Feira de Santana. E às folias de reis. O quarto formato da viola na Bahia é chamado de estética elomariana, ligada à música de Elomar. Quem desejar conhecer um pouco mais sobre viola deve ouvir atentamente a um dos trabalhos mais originais da boa música baiana este ano: Viola de Arami, formado pelos músicos Júlio Caldas, Cássio Nobre e Ricardo Hardmann. São 13 faixas que passeiam pelas sonoridades entre a tradição e a inovação. Vale conferir.

ENCONTRO - A Biblioteca Juracy Magalhães Júnior receberá nesta sexta (23/09), Rio Vermelho, o jornalista, compositor, poeta e professor Sérgio Mattos para falar da sua extensa produção científica e literária. O Encontro com o Escritor será realizado, às 14h30, no espaço Caramuru da Biblioteca, com entrada franca. A presença do autor integra uma vasta programação de aniversário. Confira em: www.fpc.ba.gov.br “Vou falar sobre minha obra que é multifacetada, tendo em vista que além de me dedicar à ficção (poemas, romance, novelas, crônicas) tenho uma vasta produção como historiador, ensaísta, teórico da comunicação e tenho também enveredado pela área da biografia”, adianta o escritor. Para Sérgio Mattos, o projeto Encontro com o Escritor tem um lado muito positivo que é o de colocar o escritor em contato direto com o público leitor.

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Quem desejar adquirir o livro Bahia um Estado D´Alma, sobre a cultura do nosso estado, a obra encontra-se à venda nas livrarias LDM (Piedade), Galeria do Livro (Boulevard 161 no Itaigara e no Espaço Cultural Itau Cinema Glauber Rocha na Praça Castro Alves), na Pérola Negra (ao lado da Escola de Teatro da UFBA, Canela) e na Midialouca (Rua das Laranjeiras,28, Pelourinho. Tel: 3321-1596). E quem desejar ler o livro Feras do Humor Baiano, a obra encontra-se à venda no RV Cultura e Arte (Rua Barro Vermelho, 32, Rio Vermelho. Tel: 3347-4929).

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