25 junho 2007

Gnomos, duendes, bruxas e fadas (1)

A mania da indústria esotérica nacional chegou a Salvador no início dos anos 90. Eles têm apenas 15 centímetros, cara enfezada, roupas esquisitas e chapéu de bico comprido. Gostam de morar em minúsculas casas construídas em troncos de árvores. Os gnomos e seus parentes mais próximos (duendes, bruxas e fadas) estão espalhados por toda a parte. São vendidos aos montes sob a forma de bonecos, velas e abajures, sem falar nas dezenas de livros lançados sobre o assunto. Os adeptos da gnomania garantem que esta não é mais uma onda passageira como as outras e fazem questão de levar a vida sob a proteção de seu duende preferido.

Vindos diretamente das lendas ocultistas da Idade Média, eles deixam seus lendários esconderijos nos troncos de árvores ou suas recônditas tocas domésticas nos países nórdicos pelo novo “habitat” da sociedade de consumo. Para os adeptos do esoterismo, os gnomos e companhia não são apenas bonequinhos, mas seres com vida própria. “Eles são seres elementais e existem mesmo. Perceberam que, atualmente, o homem está mais aberto a experiências místicas e, por isso, resolveram entrar em contato com as pessoas, tomando conta do pedaço”, garante a artista plástica Heloisa Galves, que criou uma das séries de bonequinhos. Entre as funções dos gnomos, atribui-se a de guardião da natureza (para modernizar-se com o movimento ecológico), impulsionando a onda que já circula até nos adesivos dos carros, onde se lê: “Eu acredito em duende”.

SERES ELEMENTAIS – Segundo especialistas, essas pequenas criaturas conhecidas como seres elementais (relativos aos elementos da natureza, como as árvores e as pedras), presentes nos quatro elementos, trazem força a quem conquista sua simpatia. A palavra gnomos provavelmente deriva-se do grego “genomus”, que significa “habitante da Terra”. Assim como existem muitos tipos de seres humanos evoluindo através dos elementos físicos objetivos da natureza, também há muitos tipos de gnomos desenvolvendo-se através do corpo etérico subjetivo da tão próxima faixa vibratória da Terra material que possuem um poder imenso sobre as rochas e sua flora e, também, sobre os elementos minerais nos reinos humanos e animal. Alguns, como os duendes, trabalham com as pedras, as gemas preciosas e os metais e supõe-se que sejam os guardiães de tesouros ocultos. Vivem em cavernas, naquela região longínqua que os escadinavos chamam Terra dos Nibelungos.

Os gnomos são chamados espíritos das árvores ou das florestas. A este grupo pertencem os silvestres, os sátiros, os pás, as dríades, as hamadríades, os durdalis e os elfos. “Eles vivem na quarta e na quinta dimensões”, diz Heloisa Galves. “Existem desde o início do mundo e são mais evoluídos do que o ser humano, que vive na terceira dimensão”. Ou seja, o homem só vê as coisas em três dimensões. “Os gnomos e duendes vão mais além. Podem ler o pensamento das pessoas e ajuda-las. Eles estão sempre evoluindo. Um dia vão virar anjos”, conta Heloisa. Para o médico e professor da USP, Eduardo Farias, especializado em angelologia (o estudo dos anjos), “o último anjo a canalizar energia para um mineral é um gnomo; para uma planta é um elfo, uma fada e assim por diante. O último anjo a canalizar energia para o ser humano é o anjo da guarda; ele é o nosso cabal”.

Há muito tempo os escritores falam de duendes, gnomos e fadas. O dinamarquês Hans Christian Anderson falou deles em seus contos infantis. O travesso Puck apareceu na obra de Shakespeare, “Sonhos de uma Noite de Verão”; os elementais do poema rosacruciano de Alexandre Pope, “O Arrombamento do Cadeado”, 1712; as misteriosas criaturas do Zanoni, de Lord Lytton; o imortal Tinker Bell. De James Barrie e muitos outros personagens bem conhecidas das estudantes de literatura. Em 1922, Sir Arthur Conan Doyle, criador do célebre detetive Sherlock Holmes, investigou foto onde mostrava uma garota ao lado de um grupo de fadas em movimento. Tudo que ele conseguiu apurar está contido no livro “A Vinda das Fadas”. O folclore e a mitologia de todos os povos abundam em lendas a respeito dessas figurinhas misteriosas. As fadas são a delícia da infância e as maiores mentes da humanidade acreditavam em sua existência, como Platão, Sócrates e Jâmblico. “Na época de Shakespeare, esses seres eram respeitados por representar as forças da natureza”, disse o diretor Cacá Rosset, que possui dois bonecos em, casa. “Hoje, eles trazem de volta o poder dos sonhos, que a nossa sociedade deixou de lado”.

4 comentários:

Anônimo disse...

Ola meu nome klaus, e pode vc ou ñ acreditar mais eu gosto muito dessas criaturas, é já cheguei até ver uma delas que era meia verde, olhos escuros e asas brilhantes !Sei como agredecer pela graça e els ñ são só responssavel pela flora e fauna mais tb por manter a energia do mundo equilibrada mais, o que mantem eles vivos é a natureza e sem ela els vão morrer!

Gutemberg disse...

Klaus

Essas criaturas são divinas, acredite ou não

Anônimo disse...

Oi meu nome é Miriam, sou fà De Duendes, Gnomos, na minha adolescência eu curtia muito mais, depois me casei tive filho e parei de colecionar, mas fiz muitas experiencias com o assunto, inclusive o da maçã, q quando coloquei uma maçã pra eles a maçã ficou mais de 6 meses la sem estragar. rsrsrs. Quero voltar
a ter esse habito pra mim foi muito bom.

Miriam Salete disse...

Um mora em minha casa