25 março 2020

SOS: oceano não é infinito (2)


Grande conhecedor das coisas do mar, Jacques Cousteau preocupou-se com a sua transformação em esgoto universal. Navios, petroleiros e plataformas a partir das quais se perfuram poços de petróleo inundam os mares e oceanos com seus detritos. Baleeiros e caçadores exterminam aos poucos várias espécies de fauna marinha.




As indústrias lançam ao mar resíduos contendo chumbo, mercúrio, cádmio e outros elementos nocivos à fauna e flora marinhas – e, também, aos banhistas. Inventos (pulmão aquático ou aqualung), cientista, oceanógrafo, cineasta (O Mundo em Silêncio, O Mundo sem Sol), Cousteau dedicou mais der 40 anos à pesquisa submarina.



ESGOTADOS - Ninguém ignora que os recursos minerais existentes na superfície da Terra estão quase esgotados. Os governos tenderam a ver o mar como a solução para a carência futura, tentando assenhorear-se das riquezas nele contidas: na massa líquida, no assoalho dos oceanos (manganês) e em seu substrato sólido (petróleo, gás, etc).




Um número crescente de países estende o limite de seu mar territorial até 200 milhas da costa. Outras nações, interessadas em continuar explorando as riquezas contidas nesta faixa, não reconhecem esses limites. O  debate em torno do mar territorial de 200 milhas tem feito com que não se levem em conta os recursos contidos no “mar de ninguém” e as discussões travadas a seu propósito.



O esgotamento das reservas terrestres de petróleo, gás e outros minérios, junto com o crescente temor de que as atividades agrícolas não bastam para as futuras necessidades de alimento, tem levado cada governo a  tomar medidas para a proteção de seu litoral. A questão é saber quanto podemos subtrair do mar sem prejuízo de estoques existentes.




Há milhares de anos a Chapada Diamantina era uma praia e parte da região ficava no fundo do mar. O mais interessante é que os diamantes surgiram da ação da água sobre as rochas. Hoje os solos são arenosos e pouco profundos, e há uma grande quantidade de nascentes de diversos rios, o que ajuda na formação de cachoeiras e quedas d´água.



Desde a Antiguidade o peixe constitui o principal recurso natural extraído dos oceanos. Mas os peixes se distribuem de uma forma desigual por eles. Nas áreas em que os nutrientes das plantas são abundantes e é possível a fotossíntese, os mares chegam a produzir, num ano, até 60 quilos de peixes por 100 metros quadrados. Já em outras regiões, os nutrientes de que as plantas necessitam localizam-se abaixo da zona em que existe luz na quantidade requerida para a fotossíntese. Aí, as possibilidades de vida marinha são quase nulas. (Publicado inicialmente em março de 2009 e depois em março de 2013)

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