A cidade
comemora amanhã, sexta, 29 de março, 470
anos e fundação e
suas características têm
muito da natureza do
seu signo, que é
o fogo. Pelo dia,
mês e ano da
fundação da cidade
sabemos que vivemos
num pedaço de terra
relacionado com Áries,
o primeiro signo do
zodíaco, baseado com
o nascimento. Salvador
tem muito da natureza
do seu signo, que
é fogo. Aqui há
um movimento grande de
energia e as
coisas têm uma tendência
à instabilidade. Nada
é duradouro.
No mapa
astral da cidade se
constata que as
coisas nesse território
crescem e desaparecem
com a mesma rapidez.
Diferente do que
vemos em outras cidades,
onde há uma tendência
em se conservar
o que foi realizado.
Convivemos com um
espírito de destruição.
E isso, segundo os
astrólogos, estaria relacionado
ao planeta Marte, ligado
a Áries.
A influência
de Marte sobre nós
habitantes é de
ímpeto com muita agressividade.
Isso vale também para
o ritmo de Salvador.
As coisas em nossa
terra não acontecem
por acaso. Sob o
signo de Áries, a
cidade está ligada à
primavera, que também
representa nascimento.
Como as flores, as
realizações em Salvador
surgem, crescem, embelezam
e acabam. Nesse movimento
astral, que influencia
todos nós seres humanos
aqui na terra, os
governantes e a
população precisam se
unir para trabalhar
no sentido de conservar
o que é feito
em Salvador. O descompromisso
das metas a serem
alcançadas recai, sobretudo,
sobre os governantes
e o poder público.
DIZIMADOS – Doze
mil anos antes da
chegada dos portugueses,
os povos originários,
chamados de índios
pelos portugueses, foram
à quase dizimação
num curto intervalo
de cerca de um
século, o XVI.
Mas o espírito festivo
e alegre dos índios,
que gostavam de cantar
e dançar em grandes
rodas, é um traço
característico dos soteropolitanos.
A cidade surgiu e
para proteger os lucros
do rei de Portugal,
dom João III.
A cidade
do Salvador nasceu mais
fortaleza do que
cidade protegida pelos baluartes
de São Jorge, São
Tomé e São Tiago,
em direção ao mar,
parte vulnerável a invasões.
Salvador figurava,
no final do século
XVII, como importante
sede da América. Com
o declínio do açúcar,
o poder muda de
cidade. Salvador é
substituída pelo Rio
de Janeiro no posto
de capital da mais
importante colônia lusitana.
Durante o período
colonial, Salvador passou
por vários acontecimentos
alegres, mas também
trágicos acometeram
sua população – a falta
de higiene e saneamento
foram as principais
causas das epidemias
frequentes até o
século XVIII. O saneamento
é um dos problemas
em muitas localidades
e a invasão da
dengue mostra como a
cidade hoje continua frágil.
Distorções sociais
que marcaram as relações
entre indígenas, europeus e
africanos desde o
século XVI, estão presentes
até hoje na cidade
e são traço de
sua identidade. Em
Salvador há bairros
com a qualidade
de vida de países
desenvolvidos e outros
iguais aos piores índices
da África. Mesmo com
todas as dificuldades,
desigualdades e injustiças
sociais, a geografia
da cidade, com altos
e baixos deixam ver
ângulos cheios de
novidades e encantos.
Esse povo de ascendência
indígena, africana e
europeia é alegre,
cordial e com
vontade de viver.
Uma alta estima que
o faz viver mesmo
com todas as contradições.
O futuro da cidade
depende de projeto
e ações de todos. (Texto
escrito originalmente em 2016)
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