Criador de um trabalho gráfico reconhecido internacionalmente e grande “inventor” de histórias para o público infantil, Ziraldo está de volta com o belíssimo livro da Melhoramentos: O Menino da Lua. Nele, as crianças vão descobrir que, em cada planeta do sistema solar, um menino diferente está pronto para brincar pelo universo. Mas o que gostaria de revelar é outra obra desse ilustrador, escritor, caricaturista, cartunista genial.
Um dia, o menino leitor de histórias em quadrinhos descobre que a palavra contém toda a cor, todo brilho, toda a significação, toda a luz de uma bela ilustração. É nesse momento que penetra no reino das palavras. Editado pela primeira vez em 1989, O Menino Quadradinho mergulha no mundo repleto de imagens, cores e letras. Nesse trabalho, Ziraldo homenageia poetas como Drummond e Vinícius de Moraes, que têm seus versos citados, e mestres das histórias em quadrinhos como Will Eisner e Moebius. O Menino Quadradinho parte de uma idéia magnífica e bem realizada. A idéia é seguir o personagem no seu crescimento físico e psicológico, partindo das histórias em quadrinhos passo a passo até o texto impresso.
Até a página 19, o desenhista brinca com a linguagem dos quadrinhos, imitando o estilo de vários clássicos do gênero. Nas outras páginas, o menino quadradinho do livro “penetra surdamente no reino das palavras” (como dizia Drummond em “A Procura da Poesia”) e vive uma aventura no país das letras, que Ziraldo já explorara anteriormente em seu “Planeta Lilás”. Nesta obra, os “truques gráficos” se misturam com personagens de outros livros do autor ou clássicos das HQs. De repente, em meio a esse mundo de personagens, imagens e cores, o menino acorda do seu sonho como se tivesse levado um grande susto: Onde estou? Onde estão os quadrinhos? Os balões? E os sons? Todo o encanto transmitido pelas imagens vai aos poucos tomando conta das palavras.
Ziraldo garante a seus muitos leitores que aprender a gostar de ler é isso: trocar um, sonho colorido e cheio de imagens, por outro repleto de letrinhas – idéias que fazem pensar e alargar o futuro. Tudo isso, feito com alegria e amor. Um livro bonito e instrutivo, e visivelmente magnífico. Conhecer a obra é conhecer Ziraldo por dentro. É vasculhar o seu mundo maravilhoso, é perceber toda a sua poesia de grande ser humano.
Há uma forte presença da infância e adolescência em todo o trabalho de Ziraldo. Ele admite “uma personalidade proustiana”, alguém que guarda para sempre as marcas das coisas boas e más sobretudo em tem os de afeto. Desde o início, ele sempre lidou com a imagem, porém jamais desligada da narração:
-- Nunca quis ser pintor. Queria ser desenhista de histórias em quadrinhos. Então, desde pequenininho, invento histórias. Só que inventar histórias todos os meninos inventavam. E desenhar, era só eu que desenhava bem na escola. Então, esta ficou sendo a minha principal qualidade. Eu era um menino que desenhava. Quando vim para o Rio, o que tentei fazer foi ser desenhista de histórias em quadrinhos, atividade em que juntava as duas coisas: capacidade de desenhar e a de inventar histórias.
Em 1960 Ziraldo cria a revista Pererê e dá luz aos seus mais definitivos personagens. Em 1969 faz “Flicts” que foi um grande sucesso, virou a peça de teatro mais representada nas escolas do Brasil. De 69 a 79 fez o semanário O Pasquim e charge política no Jornal do Brasil, atividades que lhe custaram temporadas na prisão. Em 79 volta com histórias infantis com “O Planeta Lilás”. Em seguida “O Menino Maluquinho” e uma série de outros. Em 1988 a Editora Salamandra lançou um álbum luxuosamente encadernado e totalmente em cores que comemora os 40 anos de carreira deste mineiro internacional (Ziraldo 40/55), reunindo reproduções de cartum, quadrinhos, cartazes, painéis, capas de livros e outros trabalhos de produção recente. Longa vida a este mestre do grafismo.
Um dia, o menino leitor de histórias em quadrinhos descobre que a palavra contém toda a cor, todo brilho, toda a significação, toda a luz de uma bela ilustração. É nesse momento que penetra no reino das palavras. Editado pela primeira vez em 1989, O Menino Quadradinho mergulha no mundo repleto de imagens, cores e letras. Nesse trabalho, Ziraldo homenageia poetas como Drummond e Vinícius de Moraes, que têm seus versos citados, e mestres das histórias em quadrinhos como Will Eisner e Moebius. O Menino Quadradinho parte de uma idéia magnífica e bem realizada. A idéia é seguir o personagem no seu crescimento físico e psicológico, partindo das histórias em quadrinhos passo a passo até o texto impresso.
Até a página 19, o desenhista brinca com a linguagem dos quadrinhos, imitando o estilo de vários clássicos do gênero. Nas outras páginas, o menino quadradinho do livro “penetra surdamente no reino das palavras” (como dizia Drummond em “A Procura da Poesia”) e vive uma aventura no país das letras, que Ziraldo já explorara anteriormente em seu “Planeta Lilás”. Nesta obra, os “truques gráficos” se misturam com personagens de outros livros do autor ou clássicos das HQs. De repente, em meio a esse mundo de personagens, imagens e cores, o menino acorda do seu sonho como se tivesse levado um grande susto: Onde estou? Onde estão os quadrinhos? Os balões? E os sons? Todo o encanto transmitido pelas imagens vai aos poucos tomando conta das palavras.
Ziraldo garante a seus muitos leitores que aprender a gostar de ler é isso: trocar um, sonho colorido e cheio de imagens, por outro repleto de letrinhas – idéias que fazem pensar e alargar o futuro. Tudo isso, feito com alegria e amor. Um livro bonito e instrutivo, e visivelmente magnífico. Conhecer a obra é conhecer Ziraldo por dentro. É vasculhar o seu mundo maravilhoso, é perceber toda a sua poesia de grande ser humano.
Há uma forte presença da infância e adolescência em todo o trabalho de Ziraldo. Ele admite “uma personalidade proustiana”, alguém que guarda para sempre as marcas das coisas boas e más sobretudo em tem os de afeto. Desde o início, ele sempre lidou com a imagem, porém jamais desligada da narração:
-- Nunca quis ser pintor. Queria ser desenhista de histórias em quadrinhos. Então, desde pequenininho, invento histórias. Só que inventar histórias todos os meninos inventavam. E desenhar, era só eu que desenhava bem na escola. Então, esta ficou sendo a minha principal qualidade. Eu era um menino que desenhava. Quando vim para o Rio, o que tentei fazer foi ser desenhista de histórias em quadrinhos, atividade em que juntava as duas coisas: capacidade de desenhar e a de inventar histórias.
Em 1960 Ziraldo cria a revista Pererê e dá luz aos seus mais definitivos personagens. Em 1969 faz “Flicts” que foi um grande sucesso, virou a peça de teatro mais representada nas escolas do Brasil. De 69 a 79 fez o semanário O Pasquim e charge política no Jornal do Brasil, atividades que lhe custaram temporadas na prisão. Em 79 volta com histórias infantis com “O Planeta Lilás”. Em seguida “O Menino Maluquinho” e uma série de outros. Em 1988 a Editora Salamandra lançou um álbum luxuosamente encadernado e totalmente em cores que comemora os 40 anos de carreira deste mineiro internacional (Ziraldo 40/55), reunindo reproduções de cartum, quadrinhos, cartazes, painéis, capas de livros e outros trabalhos de produção recente. Longa vida a este mestre do grafismo.
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