09 maio 2019

Vinte anos de Matrix (4)


Matrix Reloaded: Neo dá mais um passo na busca da verdade, que começa com sua jornada até o mundo real no início de Matrix - mas essa transformação o deixa privado de seu poder, perdido num limbo entre a Matrix e o mundo das máquinas. Enquanto Trinity (Carrie-Annie Moss) cuida de Neo, que está em coma, Morpheus (Laurence Fishburne) sofre com a revelação de que o Escolhido, em quem ele depositou todas as suas esperanças, não passa de mais um sistema de controle inventado pelos criadores da Matrix. Com o auxílio de Niobe (Jada Pinkett Smith), Neo e Trinity decidem ir até onde nenhum humano jamais ousou ir, numa jornada traiçoeira acima do solo, através da superfície queimada da terra e para o coração da ameaçadora Cidade das Máquinas. Nesta imensa metrópole mecanizada, Neo se vê face a face com o maior poder do mundo das Máquinas - Deus Ex Machina - e parte para uma negociação que é a única esperança de um mundo que agoniza. A guerra chegará ao fim esta noite, e os destinos de duas civilizações e do próprio Neo dependem inexoravelmente do desfecho de seu confronto com Smith.

 


Matrix Revolutions (2003): O explosivo episódio final da trilogia Matrix, a guerra épica entre homens e máquinas atinge o seu clímax: os militares de Zion, ajudados por corajosos voluntários civis como Zee (Nona Gaye) e o Garoto (Clayton Watson), lutam desesperadamente para deter a invasão de Sentinelas na medida em que o exército das máquinas avança sobre sua fortaleza. Sob a ameaça de aniquilação total, os cidadãos do último bastião da humanidade lutam não apenas por suas vidas, mas pelo futuro de toda a humanidade. Sem que ninguém saiba, porém, o grupo está contaminado por dentro: Smith (Hugo Weaving) astuciosamente se apodera do corpo de Bane (Ian Bliss), membro da frota de hovercrafts. Tornando-se mais poderoso a cada segundo que passa, Smith está fora até mesmo do controle das máquinas e agora ameaça destruir o império destas, juntamente com o mundo real e a Matrix. Oráculo (Mary Alice) diz a Neo suas derradeiras palavras de orientação, e ele as acata, embora ciente de que também ela é um programa e de que suas palavras podem não passar de mais um elemento enganador no grande esquema da Matrix.

 


Matrix Revolutions, o terceiro episódio mostra que o maior problema de Neo não será somente salvar a humanidade, ele terá que combater o Agente Smith, que desenvolveu os mesmos poderes que ele. Smith pode voar, lutar como Neo, e destruir Zion, já que ele se tornou como um vírus dentro da Matrix, e somente Neo poderá detê-lo. Paralelamente a isto, os humanos livres lutam para salvar Zion do ataque das máquinas.



“O que é real? Como define real? Se você está falando do que pode ser cheirado, provado e visto, então real é simplesmente um sinal eléctrico interpretado pelo seu cérebro “( Morpheus)

 


Além das seqüências Matrix Reloaded e Matrix Revolutions, nove capítulos de curtas de animação compõem a série Animatrix, uma fusão inédita da tecnologia CGI com os “animés” japoneses que consumiu mais de três anos em estúdios no Japão, Coréia e Estados Unidos. Esta série mergulha mais profundamente no mundo de Matrix e de seus habitantes. Houve uma série de games (Enter The Matrix, entre outros), histórias em quadrinhos, bonecos e muitos outros objetos.



O final chega com Revolutions, a paz. A maioria das pessoas não aceitou este final, mas os cineastas fizeram uma crítica à raça humana, incapaz de aceitar a paz como solução. Ainda vivemos em tempos de força, de preconceito, de guerras, de superioridade, de poder... Não aceitamos a convivência pacífica com os desiguais. O Universo Matrix não é uma simulação, mas sim uma metáfora. Nossa condição humana é jogada na nossa cara. Nossa fragilidade e angustia existencial fazem com que acreditemos em qualquer história que nos conforte e traga esperança. Enquanto ficamos acreditando em algo superior a nós, seremos facilmente controlados. O Oráculo descobriu e se aproveitou dessa característica humana, como muitos têm feito durante nossa história. Acreditando em mentiras reconfortantes, e nos opondo a aceitar o mundo real, nunca conheceremos nossas possibilidades. Nunca poderemos construir nosso próprio futuro. Nunca seremos realmente livres. Enquanto insistirmos na pílula azul, seremos sempre escravos.


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