03 outubro 2013

Vinte ícones do século XX (2)



MARILYN MONROE (1926-1962 ) - O corpo perfeito, marcado por colantes vestidos,
personificava a mulher agressivamente livre em contraste com uma América bem comportada e ordeira como convinha a um mundo dividido pela guerra-fria. Era a época da Legião de Decência, dos rígidos códigos morais e da caça às bruxas, promovida pelo macarthismo. Marilyn funcionaria como a válvula de escape para milhões de pessoas ansiosas por assumir a sua própria liberdade. Depois de ter procurado desesperadamente a sua identidade e de encontrar apenas o vazio, Marilyn escolhe o suicídio como resposta à indústria que a transformou numa fantasia. Norma Jean (seu verdadeiro nome) não resistiu ao mito que Marilyn Monroe lhe ofereceu. Nas décadas seguintes a sua morte, ela tem sido frequentemente citada tanto como um ícone pop e cultural, bem como o símbolo sexual por excelência americana

MICK JAGGER (1943- ) - Quando surgiu no mundo musical, em 1962, o líder da banda  Rolling Stones já mostrou que era o oposto da imagem dos Beatles John Lennon e Paul McCartney. Um dos
maiores símbolos vivos do lema "sexo, drogas e rock'n'roll", no início o garoto que apenas balançava a cabeça enquanto cantava clássicos de Chuck Berry, foi ganhando cada vez mais espaço na banda. Jagger aprendeu com outros cantores como obter audiência e rapidamente desenvolveu seu estilo único e pessoal. Abandonou a London School of Economics, para ser vocalista dos Stones, e é ele quem pilota os negócios da banda. Os Stones são uma das maiores bandas de rock'n'roll do mundo.

NELSON RODRIGUES (1912-1980) – Compôs um dos mais precisos retratos da nossa classe média urbana (1930 a 1960) com uma riqueza critica e amorosa rara em nossa literatura. Dedicava ao homem comum, ao vagabundo da vida, à prostituta louca, à virgem perversa, à dona devassa em busca do amor. Todos os tipos que formavam uma sociologia da fala, dos gestos e dos hábitos de nossa classe média. Lado a lado com o teatro, o jornalismo foi para ele um ambiente privilegiado de expressão. Dentre seus textos
propriamente jornalísticos, destacam-se aqueles dedicados ao futebol, em que empregou toda sua veia dramática, transformando partidas em batalhas épicas e jogadores em heróis. Em 1943, a consagração no Teatro Municipal do Rio de Janeiro: sua segunda peça, Vestido de Noiva, revolucionava a maneira de se fazer teatro no Brasil. Sua peça seguinte, Álbum de Família, de 1946, que trata de incesto, foi censurada, sendo liberada apenas duas décadas depois. Dali em diante, sua obra despertaria as mais variadas reações, nunca a indiferença. O prestígio alcançado pelo reconhecimento de seu talento não livrou-o de contestações ou perseguições. Classificado pelo próprio Nelson Rodrigues como “desagradável”, seu teatro chocou plateias, provocando não apenas admiração, mas também repugnância e ódio.

OSCAR NIEMEYER (1907-2012) – Arquiteto, um dos criadores de um espaço simbólico no Brasil, deu os traços fisionômicos de uma modernidade. Sua arquitetura evoca esperança, nos faz pensar em um vôo para o futuro. Responsável pelo planejamento arquitetônico de vários prédios de Brasília, capital do Brasil. Possui mais de 600 projetos em todo o mundo. É um dos maiores representantes da arquitetura moderna da história. Tem como característica principal o uso do concreto armado para as suas construções, com seu estilo inconfundível.

PABLO PICASSO (1881-1973) – Pintor popular, torcedor de futebol, apreciador de mulheres,
adorava viver e pintava a própria vida. Sua arte melhora nossa vida, muda nossos olhos. O artista espanhol Pablo Picasso destacou-se em diversas áreas das artes plásticas: pintura, escultura, artes gráficas e cerâmica. Picasso é considerado um dos mais importantes artistas plásticos do século XX. Co-criador do Cubismo, ao lado de Georges Braque, no qual o visível era geometricamente desconstruído, o pintor deu um passo decisivo na instituição de uma nova crença, a de que o produtor artístico deve sempre adicionar algo novo ao real, e não meramente reproduzi-lo. A partir de então o artista é livre inclusive para escolher outros materiais que não os convencionais, complementando meios como a pintura e a escultura com colagens e outros artefatos.

PELÉ (1940-    ) – Considerado o maior jogador da história do futebol e recebeu o título de Atleta do Século 20, em 15 de maio de 1981, a partir de uma eleição promovida pelo jornal francês "L'Equipe".
Descoberto aos 11 anos foi convidado a jogar no Bauru Atlético Clube. Começou a carreira de Pelé no Santos F.C. Aos 16 anos, participou de um torneio de quatro equipes européias e brasileiras. Sua consagração veio na Copa do Mundo da Suécia, em 1958, quando o Brasil foi pela primeira vez campeão mundial. Pelé marcou seis gols. Na Copa do Chile, em 1962, Pelé sofreu uma distensão muscular no jogo contra a Tchecoslováquia e deu adeus ao torneio, deixando Garrincha brilhar. Participou ainda da Copa de 1966, na Inglaterra, e da Copa de 1970 no México, quando a seleção trouxe para o Brasil a taça Jules Rimet. Apelidado de "O Rei" pela imprensa francesa, em 1961, criou e aperfeiçoou jogadas que encantaram o mundo: o chute a gol do meio do campo, a tabela nas pernas do adversário, o drible sem bola no goleiro, a paradinha na cobrança do pênalti. O milésimo gol foi marcado em 19 de novembro de 1969, em sua 909º partida, Vasco da Gama 1 x 2 Santos. Ao ser cercado pelos repórteres, Pelé disse: "Pensem no Natal. Pensem nas criancinhas". Pelé vestiu uma camisa de número 1000 e deu a volta olímpica no Maracanã.

RUDOLF NUREYEV (1938-1983) – Bailarino russo de fama mundial, considerado um dos maiores
mitos do balê clássico e o maior desde Vaslav Nijinsky, seu lendário conterrâneo que dominou os palcos do balé no início do século. Foi um dos mais importantes bailarinos do século XX, destacando-se por ter reformulado o papel da figura masculina na dança, até então limitada ao suporte das bailarinas em palco. Nascido na União Soviética, Rudolf Khametovich Nureyev viria a evadir-se para o Ocidente, onde alcançou uma carreira fulgurante na dança. Dançou nos palcos mais importantes do mundo e com grandes bailarinas, como Margot Fonteyn, Eva Evdokimova e Veronica Tennant, e foi convidado para ser Diretor do Ballet da Ópera de Paris, em 1983, continuando também a dançar.

SOPPHIA LOREN (1934 - ) – Diva do cinema italiano, ganhou o Oscar em 1962 pla atuação no filme Duas Mulheres. Trabalhou com grandes diretores como Vittorio De Sica, Federico Fellini, Ettore Scola, Robert Altman, Lina Wertmüller,
entre outros. Aos 14 anos, participou de um concurso de beleza ficando entre as finalistas. Fez algumas aulas de interpretação e, no começo da década de 50, figurou em pequenos papéis. A primeira oportunidade em um bom papel surgiu durante o filme Quo Vadis (1951), de Mervyn LeRoy, ainda utilizando o pseudônimo de Sofia Lazzaro. Em 1953, durante a filmagem de A Sereia do Mar Vermelho, foi descoberta pelo produtor de cinema Carlo Ponti, ocasião em que adotou definitivamente o nome artístico de Sophia Loren. Dona de uma beleza invejável, não demorou muito para cair nas graças de Hollywood. Após participar de cerca de 30 filmes italianos, estreou no cinema americano em Orgulho e Paixão (1957), ao lado de Cary Grant e Frank Sinatra. Na sequência fez mais alguns filmes de sucesso com grandes nomes do cinema como A Chave (1958), com William Holden e Trevor Howard, A Orquídea Negra (1958), com Anthony Quinn, Tentação Morena (1958), com Gary Grant, e Começou em Nápoles (1960), com Clark Gable e Vittorio De Sica. Foi considerada uma das atrizes mais populares de todo o planeta e tida como uma das mulheres mais belas do mundo. Marlon Brando, Marcello Mastroianni e Paul Newman foram alguns de seus pares nas telas.

TOM OF FINLAND (1920-1991) – Desenhista que acabou por definir uma estética pornô gay e
serve de inspiração para muitos artistas, fotógrafos e modelos. Ícone máximo da arte homoerótica, Tom influenciou gerações e seu trabalho refletiu em diversos segmentos da sociedade, entre eles (e principalmente) a moda. Se antes suas ilustrações de homens fortes e viris, vestidos com roupas de couro ou jeans, eram consideradas "pornográficas", hoje elas têm um papel de destaque na história da arte contemporânea Ao longo de quatro décadas de trabalho, Tom produziu mais de 3500 ilustrações homoeróticas. Seus homens musculosos, de pênis avantajados, ganharam o mundo e influenciam a cultura gay até hoje. O finlandês foi considerado o criador mais influente de imagens pornográficas gays. O filme sobre sua vida está em fase de pré-produção e deve ser lançado em 2015.

CARMEN MIRANDA (1909-1955) - Primeira artista multimídia do Brasil. Talentosa, não só cantava, dançava e atuava, mas sabia, intuitivamente, transitar com desenvoltura pelo que viria a se tornar a indústria cultural. Transformou-se num ícone das massas, ao mesmo tempo criando e sendo criada por esse novo mundo do entretenimento que se desenhava. Pioneira, foi a maior estrela do disco, do rádio, do cinema, dos teatros, da mídia, e dos cassinos brasileiros. Única no movimento das mãos e quadris e no revirar dos olhos verdes, estilizou a baiana, com badulaques, a boca pintada de vermelho, sempre sorridente e tão imitada, amada e parodiada em todos os cantos do mundo. Mais tarde, viraria boneca de papel e desenho animado da Disney. Eternizou os mais importantes compositores de seu tempo da música brasileira, de Lamartine Babo a Ary Barroso, de Dorival Caymmi a Pixinguinha.


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