James Bond faz mais de 50 anos de cinema (2)

VILÕES SATÂNICOS - Em seu estudo “The James Bond Dossier”, Kingsley Amis afirma que todo estrangeiro é um vilão ou todo vilão é um estrangeiro. “Com Mr. Fleming, vamos além da situação em que basta futucar um pouco um estrangeiro para encontrar um vilão – não é nem preciso futucar um vilão para descobrir que é estrangeiro”. E os vilões contra os quais James Bond lutou são búlgaros, alemães, russos, sicilianos, iugoslavos, hispano-americanos... O que seria de um filme de James Bond sem os vilões. Muitas vezes eles são a coisa mais memoráveis de toda a fita.

Vale citar alguém do calibre do chinês Dr. No; do nefasto Stravos, chefe da organização “Smersh”, o temível Goldfinger (na pele do ator Gert Frobe), obcecado por ouro; o impressionante Tee Hee ( Julius Harris com um terrível braço mecânico em “Com 007 Viva e Deixe Morrer”); o temido Scaramanga (Christopher Lee) e sua pistola de ouro; o milionário Max Zoran; o inesquecível Jaws (Richard Kiel de “007 o Espião que me Amava” e “007 Contra o Foguete da Morte”), dentes de aço; Stromberg (Curt Jurgens), que queria destruir o mundo em “O Espião que me Amava”, o príncipe Kanal (Louis Jordan, de “Octopussy”), Le Chiffre (Peter

Lorre/Mads Mikkelsen), o gênio da matemática, o terrorista francês Renard (Robert Carlyle), além de outros tipos sórdidos, desses que querem conquistar ou destruir o mundo inteiro. Eles ajudaram James Bond a sobreviver – tentando matá-lo. Contra esses vilões, Bond tem chance de usar as incríveis engenhocas inventadas por seus amigos.

BELAS E SENSUAIS - Para conquistar o público masculino, não se pode desprezar o feminino. Para elas, ofereçam-se a elegância, a sofisticação e o charme de James Bond. As “bondgirls” (como ficaram conhecidas) se transformaram em marca da série e o público adorou. Úrsula Andress foi a primeira e sua imagem, no papel de Honeychile Rider, surgindo na praia, vestindo minúsculo biquíni e com uma adaga na cintura, vindo do mar, é inesquecível. Ela surge nos mares da Jamaica para participar com o herói da caçada ao vilão Dr. No.

A atriz Honor Blackman foi a sensual Pussy Galore do filme “Goldfinger”. Diana Rigg foi a inesquecível Trancy Vincenzo de “007 a Serviço de Sua Majestade” (a única a se casar com 007, mas morreu antes do fim do filme).

Lois Chiles foi a brilhante Holly Goodheed de “Moonraker”,e a imbatível pantera Grace Jones viveu “May Day” e quase rouba a cena do herói “Na Mira dos Assassinos”. Maud Adams foi “Octopussy”, a única que ganhou a honra de ter seu nome no título e aparecer em dois filmes da série, este e “O Homem da Pistola de Ouro”. Maryam D’Abo revela-se como Kara em “Marcado para a Morte”.

Daniella Bianchi foi Tatiana Romanova (Moscou contra 007), mas ela largou o cinema para se casar com nobre. Claudine Auger foi Domino (Kim Basinger a substituiu na refilmagem) em “Contra a Chantagem Atômica”. Manuela (Emily Bolton) mostra a Bond como matar o tempo no Rio de Janeiro. Mas há muitas, muitas mulheres belas, sensuais.

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