1980:
“Quantos aqui ouvem os olhos eram de fé/quantos elementos amam aquela mulher/quantos homens eram inverno outros verão/outonos caindo secos no solo da minha mão//Gemeram entre cabeças a ponta do esporão/a folha do não-me-toque e o medo da solidão/veneno meu companheiro desata no cantador/e desemboca no primeiro açude do meu amor/é quando o vento sacode a cabeleira/a trança toda vermelha/um olho cego vagueia procurando por um...” ( Frevo Mulher, de ZécRamalho)
1981:
“Eu sou o carnaval em cada esquina do seu coração(menina)/eu sou o pierrot e a colombina de Ubarana-Amaralina/que alucina a multidão (eu sou) 2x//Toda a cidade vai navegar no mar azul badauê/fazer tempêro, se namorar na massa, no massapê (2x)//Baba de moça no carapuá é ganzá, bongô, agogô, pirá (2x)” (Carnaval em Cada Esquina, de Moraes Moreira e Rizério)
“Varre, varre, varre vassourinhas/varreu um dia as ruas da Bahia/frevo, chuva de frevo e sombrinhas/metais em brasa, brasa, brasa que ardia/varre, varre, varre vassourinhas/varreu um dia as ruas da Bahia//Abriu alas e caminhos pra depois passar/o trio de Armandinho, Dodô e Osmar (bis)//E o frevo que é pernambucano, ui, ui, ui, ui/sofreu ao chegar na Bahia, ai, ai, ai, ai/um toque, um sotaque baiano, ui, ui, ui, ui/pintou uma nova energia, ai, ai, ai, ai//Desde o tempo da velha fubica, hahahahaha.../parado é que ninguém mais fica//É o frevo, é o trio, é o povo/é o povo, é o frevo, é o trio/sempre junto fazendo o mais novo (bis)/carnaval do Brasil”. (Vassourinha Elétrica, de Moraes Moreira)
“Você sabe o que é tiete?/tiete é uma espécie de admirador/atrás de um bocadinho só do seu amor/afins de estar pertinho, afins do seu calor//Hoje eu sou o seu tiete/às suas ordens, ao seu inteiro dispor/de imediato aonde você for eu vou/no ato, no ato/pro mato, pro motel, de moto ou de metrô//Tititititi/como é bom tietar/seu amor inatingível//Tititititi/e se você deixar/eu farei todo o possível/pra alcançar o nível do seu paladar”. (Marcha da Tiete, de Gilberto Gil)
“No azul de Jezebel/no céu de Calcutá/feliz constelação/reluz no corpo dela/ai tricolor colar//Ás de maracatu/no azul de Zanzibar/ali meu coração/zumbiu no gozo dela/ai mina aperta a minha mão/alá me “only you”/no azul da estrela//Aliás bazar da coisa azul/meu “only you”/é muito mais que o azul de Zanzibar/Paracuru/o azul da estrela/o azul da estrela” ( Zanzibar, de Armandinho e Fausto Nilo)
“Alô, Alô pessoal do alô/vai ter auê, badauê, ebó/chilique do cacique/no ponto chique/atrás do cheirinho da loló/mas qual é o pó?/quem é do roçado/ralando coco se dá melhor/sou pena branca/da zona franca/de Maceió/vendendo peixe/passando piche/sou azeviche/Apache do Tororó”. (Pessoal do Alô, de Moraes Moreira e Risério)
“Transando o corpo e a cuca numa naice/curtindo um beise bem relex/com a rapeize do arpex/ta bom, ta bom, ta boa/seja no Baixo Leblon/ou na terra da Garoa//E agora que o sol já vem/já vem, já vem/trazendo toda energia/doida não atende ninguém/vive o verão da Bahia/sabendo o que a vida ensina/sina, sina/sabe do bem e do mal/e o ano só termina/quando é carnaval//Primavera no Rio de Janeiro/o verão da Bahia ´[e uma idéia” (As Quatro Curtições do Ano, de Moraes Moreira).
“Fagulhas, pontas de agulhas/brilham estrelas de São João/babados, xotes e xaxados/segura as pontas, meu coração/bombas na guerra magia/ninguém matava/ninguém morria/nas trincheiras da alegria/o que explodia era o amor” (Festa do Interior, de Moraes Moreira e Abel Silva).
1984:
“Eu quero um banho de cheiro/eu quero um banho de lua/eu quero navegar/eu quero uma menina/que me ensine noite e dia/o valor do B-A-BA/O B-A-BA dos seus olhos/morena bonita da Boca do Rio/O B-A-BA da Bahia/sangrando alegria, manhã de folia/magia, magia, dos filhos de Ghandi/no B-A-BA dos baianos/que chame bonito o santo que deu/no B-A-BA do Senhor do Bonfim/no B-A-BA do sertão/sem chover, sem colher, sem comer, sem lazer/do B-A-BA do Brasil” (Banho de Cheiro, de Carlos Fernando).
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