Hoje vamos mergulhar um pouco nas reflexões de Heráclito, considerado o mais importante dos pré-socráticos. É dele a frase de que tudo flui. Não entramos no mesmo rio duas vezes e o sol é novo a cada dia. É o filósofo do devir, a lei do universo, tudo nasce se transforma e se dissolve, e todo o juízo seria falso, ultrapassado. Desprezava a plebe, não participou da política e desprezou a religião, os antigos poetas e os filósofos de seu tempo. É o primeiro pré-socrático com um número razoável de pensamentos, que são um tanto confusos, e por isso tem o nome de Heráclito, o obscuro. São aforismos. Foi muito crítico.
Devido ao seu estilo baseado em charadas de difícil compreensão, era conhecido como o obscuro. Ele gostava de enigmas, paradoxos e jogos de palavras enigmáticas que ocultavam seus próprios significados. Ele levou o discurso filosófico de Tales, Anaximandro e Anaxímenes a posições decididamente mais avançadas e em grande parte novas.
Heráclito chamou a atenção para a perene mobilidade de todas as coisas. Segundo ele, nada permanece imóvel e nada permanece em estado de fixidez e estabilidade, mas tudo se move, tudo muda, tudo se transforma, sem cessar e sem exceção ("tudo flui"), recordando a futura e famosa afirmação de Lavoisier. Para ele, só o devir das coisas é permanente, no sentido de que as coisas não têm realidade senão justamente no perene devir. Para Heráclito, o devir é um contínuo conflito dos contrários que se alternam, é uma perene luta de um contra o outro, uma guerra perpétua. E como as coisas só têm realidade no perene devir, essa guerra se revela como o fundamento da realidade das coisas.
Para o filósofo, o mundo estava em constante mudança, “em fluxo”, e a estabilidade aparente era uma ilusão. Foi ele quem insistiu, num dito celebre, que não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio. Ele estendeu essa idéia desde a Natureza até o comportamento humano, sempre enfatizando a importância da tensão e complementariedade entre opostos como a força motriz por trás do dinamismo do mundo à nossa volta. “Princípio e fim, na circunferência de um círculo, são idênticos”. Para ele, o equilíbrio é atingido através da necessária complementariedade entre os opostos, a qual ele chamou de Logos, como o arco, que deve ser envergado para trás, de modo a poder arremessar a flecha para a frente.
Ele foi i primeiro filósofo, o pioneiro em tratar espiritual e internamente de fenômenos da natureza exterior. Assim nasceu a psicologia. Há 2,5 mil anos, ele antecipou as descobertas da fisiologia cerebral e das redes de computadores. Ele vê a alma como um espelho da natureza e chama essa complexa estrutura de logos, e a caracteriza como o fogo vital e eterno: “Todas as coisas são transformadas em fogo, e o fogo se transforma em todas as coisas, assim como o ouro é trocado por todas as mercadorias e todas as mercadorias são trocadas por ouro”. Ou seja, todas as coisas podem ser reduzidas ao fogo primordial, que concentra tudo num só. “O todo está em cada um; cada um faz parte do todo”. Assim, a força básica era o fogo, devido ao seu poder de transformas as coisas, de pô-las em movimento.
Para Heráclito, reina a unidade na diversidade e diversidade na unidade. O movimento, o vir-a-ser e o deixar-de-ser, constitui uma unidade. Ao mesmo tempo que algo torna-se outra coisa, esse algo se mantêm o mesmo. “Tudo se desfaz e se reagrupa, se aproxima e continua. Nada é sólido”. Na ordem natural das coisas, tudo flui, tudo cresce e morre. Sobre o processo de transformação, deixe-se levar pelas ondas dos seus pensamentos e ouça a composição de Lulu Santos e Nélson Motta, “Como uma onda”: “Nada do que foi será/De novo do jeito que já foi/um dia/Tudo passa, tudo sempre/passará/A vida vem em ondas,/como um mar/Num indo e vindo/infinito//Tudo que se vê não é/Igual ao que a gente viu a/um segundo/tudo muda o tempo todo no/mundo//Não adianta fugir/Nem mentir pra si mesmo/agora/Há tanta vida lá fora/Aqui dentro/ sempre/Como uma onda no mar/Como uma onda no mar/Como uma onda no mar”.
Chama a atenção, além da pluralidade, para os opostos. Tanto o bem como o mal são necessários ao todo. Deus se manifesta na natureza, abrange o todo e é crivado de opostos. O logos é o princípio cósmico, elemento primordial, e a razão do real, a inteligência. A verdade se encontra no devir, não no ser. Com sentidos poderosos, poderíamos vê-lo. O pensamento humano participa e é parte do pensamento universal. O fogo é eterno, um dia tudo se tornará fogo. A felicidade não está nos prazeres do corpo. A morte é tudo que vemos despertos, e tudo o que vemos dormindo é sono. Existe a harmonia visível e a invisível. A alma não tem limites, pois seu logos é profundo e aumenta gradativamente. O pensar é comum a todos. A terra cria tudo, e tudo volta para ela.
O ser não é mais que o não ser. O fogo condensa-se, e apagado vira água. Ele encontrou fogo na alma humana, comparou-a com uma chama que se apaga na morte. Identificou o infinito na natureza, não apenas o matemático, mas o que constitui a essência das coisas. Pois todas as coisas têm uma essência, e o fluxo da alma é tão fundo que não tem fim. O universo de Heráclito era eterno, e em constante estado de fluxo.
Devido ao seu estilo baseado em charadas de difícil compreensão, era conhecido como o obscuro. Ele gostava de enigmas, paradoxos e jogos de palavras enigmáticas que ocultavam seus próprios significados. Ele levou o discurso filosófico de Tales, Anaximandro e Anaxímenes a posições decididamente mais avançadas e em grande parte novas.
Heráclito chamou a atenção para a perene mobilidade de todas as coisas. Segundo ele, nada permanece imóvel e nada permanece em estado de fixidez e estabilidade, mas tudo se move, tudo muda, tudo se transforma, sem cessar e sem exceção ("tudo flui"), recordando a futura e famosa afirmação de Lavoisier. Para ele, só o devir das coisas é permanente, no sentido de que as coisas não têm realidade senão justamente no perene devir. Para Heráclito, o devir é um contínuo conflito dos contrários que se alternam, é uma perene luta de um contra o outro, uma guerra perpétua. E como as coisas só têm realidade no perene devir, essa guerra se revela como o fundamento da realidade das coisas.
Para o filósofo, o mundo estava em constante mudança, “em fluxo”, e a estabilidade aparente era uma ilusão. Foi ele quem insistiu, num dito celebre, que não podemos nos banhar duas vezes no mesmo rio. Ele estendeu essa idéia desde a Natureza até o comportamento humano, sempre enfatizando a importância da tensão e complementariedade entre opostos como a força motriz por trás do dinamismo do mundo à nossa volta. “Princípio e fim, na circunferência de um círculo, são idênticos”. Para ele, o equilíbrio é atingido através da necessária complementariedade entre os opostos, a qual ele chamou de Logos, como o arco, que deve ser envergado para trás, de modo a poder arremessar a flecha para a frente.
Ele foi i primeiro filósofo, o pioneiro em tratar espiritual e internamente de fenômenos da natureza exterior. Assim nasceu a psicologia. Há 2,5 mil anos, ele antecipou as descobertas da fisiologia cerebral e das redes de computadores. Ele vê a alma como um espelho da natureza e chama essa complexa estrutura de logos, e a caracteriza como o fogo vital e eterno: “Todas as coisas são transformadas em fogo, e o fogo se transforma em todas as coisas, assim como o ouro é trocado por todas as mercadorias e todas as mercadorias são trocadas por ouro”. Ou seja, todas as coisas podem ser reduzidas ao fogo primordial, que concentra tudo num só. “O todo está em cada um; cada um faz parte do todo”. Assim, a força básica era o fogo, devido ao seu poder de transformas as coisas, de pô-las em movimento.
Para Heráclito, reina a unidade na diversidade e diversidade na unidade. O movimento, o vir-a-ser e o deixar-de-ser, constitui uma unidade. Ao mesmo tempo que algo torna-se outra coisa, esse algo se mantêm o mesmo. “Tudo se desfaz e se reagrupa, se aproxima e continua. Nada é sólido”. Na ordem natural das coisas, tudo flui, tudo cresce e morre. Sobre o processo de transformação, deixe-se levar pelas ondas dos seus pensamentos e ouça a composição de Lulu Santos e Nélson Motta, “Como uma onda”: “Nada do que foi será/De novo do jeito que já foi/um dia/Tudo passa, tudo sempre/passará/A vida vem em ondas,/como um mar/Num indo e vindo/infinito//Tudo que se vê não é/Igual ao que a gente viu a/um segundo/tudo muda o tempo todo no/mundo//Não adianta fugir/Nem mentir pra si mesmo/agora/Há tanta vida lá fora/Aqui dentro/ sempre/Como uma onda no mar/Como uma onda no mar/Como uma onda no mar”.
Chama a atenção, além da pluralidade, para os opostos. Tanto o bem como o mal são necessários ao todo. Deus se manifesta na natureza, abrange o todo e é crivado de opostos. O logos é o princípio cósmico, elemento primordial, e a razão do real, a inteligência. A verdade se encontra no devir, não no ser. Com sentidos poderosos, poderíamos vê-lo. O pensamento humano participa e é parte do pensamento universal. O fogo é eterno, um dia tudo se tornará fogo. A felicidade não está nos prazeres do corpo. A morte é tudo que vemos despertos, e tudo o que vemos dormindo é sono. Existe a harmonia visível e a invisível. A alma não tem limites, pois seu logos é profundo e aumenta gradativamente. O pensar é comum a todos. A terra cria tudo, e tudo volta para ela.
O ser não é mais que o não ser. O fogo condensa-se, e apagado vira água. Ele encontrou fogo na alma humana, comparou-a com uma chama que se apaga na morte. Identificou o infinito na natureza, não apenas o matemático, mas o que constitui a essência das coisas. Pois todas as coisas têm uma essência, e o fluxo da alma é tão fundo que não tem fim. O universo de Heráclito era eterno, e em constante estado de fluxo.
Um comentário:
Foi a partir dos pensamentos de Heráclito que nasceu a psicologia? E ele antecipou a descoberta da fisiologia cerebral mesmo? Estou fazendo uma pesquisa sobre ele e gostei muito do que encontrei no seu blog. A gente vê tanta coisa na net, não sabe o que é verdade!!
:D
Postar um comentário