Tem bola na área ou ninguém está dando bola. Bolinha de gude é uma volta a infância, bola de cristal é onde o sonho transita, bola de sabão é pura diversão, bola na estampa é ficar na moda, a bola da vez é não ficar bolado, irritado, mas se divertir no famoso Cordão do Bola Preta. Ora bolas! E o que dizer dos quadrinhos da Brotoeja, aquela personagem de vestido de bolinha, ou a gorducha Bolota, além de Bolinha e Luluzinha se enfrentando todo dia. No início do século passado quem tinha muita bola era artista de música clássica. Maria Callas é um bom exemplo. Depois o sucesso ficou nas mãos dos artistas da música e do cinema. Agora quem está com a bola toda é jogador de futebol, principalmente nos tempos de Copa do Mundo, maior evento que mobiliza bilhões de pessoas. É o futebol tomando conta do espetáculo...
Na literatura muitos já escreveram sobre o assunto, mas o destaque vai para o livro infantil A Bola e o Goleiro onde Jorge Amado conta a história da bola Fura-redes que se apaixona pelo goleiro Bilô-Bilô. No circo as principais atrações eletrizantes estão nos motoqueiros que circulam dentro do globo da morte. No cinema, o filme de Ugo Giorgetti, Boleiros, se concentra nas vidas do jogador, do técnico, do juiz, do empresário de atletas, das esposas e dos torcedores.
Nas cantigas de roda, as crianças se divertiam com “Sou mineira de Minas,/mineira de Minas Gerais/sou carioca da gema,/carioca da gema do ovo/rebola bola você diz que dá que dá/você diz que dá na bola, na bola você não dá!”. “A bela bola/rola:/a bela bola do Raul.//Bola amarela,/a da Arabela.//A do Raul,/azul.//Rola a amarela/e pula a azul./A bola é mole,/é mole e rola.//A bola é bela,/é bela e pula.//É bela, rola e pula,/é mole, amarela, azul./A de Raul é de Arabela,/e a de Arabela é de Raul” é a poesia “Jogo de Bola” de Cecília Meirelles. Bola pra frente porque a música popular brasileira dribla todas as bolas e chuta na rede para fazer um gol.
Em 1956 Luiz Gonzaga e José Dantas cantavam: "Lá no mar/vi dois siris jogando bola/lá no mar/vi dois siris bola-jogá/fui passeá/no país do tatu-bola/onde bicho tem cachola/e até sabe fala”. Teixeirinha se dizia “Bom de Bola”: “Lá vai bola do barbante/o corintians e o palmeiras/são dois timão bandeirantes/pára sanfona e viola/que os dois timão de bola/orgulham o Brasil gigante”. Em 1967 Sérgio Ricardo participou do II festival de Música Popular Brasileira com a canção “Beto Bom de Bola”: “Como bate batucada/Beto bate bola/Beto é o bom da molecada/e vai fazendo escola/tira de letra a pelada/com bola de meia/disse adeus à namorada/a lua é bola cheia/a cigana viu azar/mas Beto não deu bola/e aceitou a proteção/do primeiro cartola/nas manchetes de jornal/ Bebeto entrou de sola/- Extra !/- O novo craque nacional/- É o Beto Bom de bola/(...)/E foi pra Copa buscar a glória/e fez feliz a nação,/no maior lance da história”.
Os Tribalistas fizeram sucesso cantando: “Já sei namorar/já sei chutar a bola/agora, só me falta ganhar/não tenho juiz/se você quer a vida em jogo/eu quero é ser feliz”. “Te pego na escola/e encho a tua bola/com todo o meu amor” cantou Cazuza em Faz parte do meu show. Enquanto o grupo Ultraje a Rigor se sente “Inútil” nesta canção: “A gente faz música e não consegue gravar/a gente escreve livro e não consegue publicar/a gente escreve peça e não consegue encenar/a gente joga bola e não consegue ganhar”. A dupla Claudinho e Buchecha fica assim sem você: “Avião sem asa, fogueira sem brasa/sou eu assim sem você/futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola/sou eu assim sem você...”.
Milton Nascimento volta a infância Com “Bola de Meia, Bola de Gude”: “Há um menino/há um moleque/morando sempre no meu coração/toda vez que o adulto balança/ele vem pra me dar a mão//Há um passado no meu presente/um sol bem quente lá no meu quintal/toda vez que a bruxa me assombra/o menino me dá a mão/(...)/Bola de meia, bola de gude/o solidário não quer solidão/toda vez que a tristeza me alcança/o menino me dá a mão...”. Fagner e Fausto Nilo colocaram a Bola no Pé: “Quem não fez levou/no carnaval/quem sambou, sambou/no coração/qualquer coisa boa//Maracanã/em tarde de calor/bola no pé/que a galera não perdoa/meu coração/não é qualquer coisa”.
Com muita jinga e bossa, Jorge Bem fez uma bela homenagem a Fio Maravilha: “Foi um gol de anjo um verdadeiro gol de placa/que a magnética agradecida assim cantava/Fio Maravilha, nós gostamos de você/Fio Maravilha, faz mais um pra gente ver/e novamente ele chegou com inspiração/com muito amor, com emoção com explosão e gol/sacudindo a torcida aos 33 minutos do segundo tempo/depois de fazer uma jogada celestial em gol/tabelou, driblou dois zagueiros deu um toque, driblou o goleiro/só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol/foi um gol de classe onde ele mostrou sua malícia e sua raça/foi um gol de anjo um verdadeiro gol de placa/que a magnética agradecida assim cantava/Fio Maravilha, nós gostamos de você/Fio Maravilha, faz mais um pra gente ver...”
O jogo é na raça, uma luta se ganha no grito. Toquinho e Carlinhos Vergueiro cantam “Camisa Molhada”: “É o chute no canto, é o Espírito Santo,/é a chance perdida./É a falta de sorte, é a vida, é a morte,/é a contrapartida./É a fome, é a sede, é a bola na rede,/a torcida a favor./A camisa molhada, no corpo abraçada,/é seu único amor.”. Já Gonzaguinha em “Geraldinos e Arquibaldos” aconselha que “no campo do adversário /é bom jogar com muita calma, /procurando pela brecha,/ pra poder ganhar/acalma a bola, rola a bola, trata a bola/limpa a bola que é preciso faturar/E esse jogo tá um osso/é um angu que tem caroço/e é preciso desembolar”
Samuel Rosa e Nando Reis contam como “È uma Partida de Futebol”: “Bola na trave não altera o placar/bola na área sem ninguém pra cabecear/bola na rede pra fazer o gol/quem não sonhou em ser um jogador de futebol?//A bandeira no estádio é um estandarte/a flâmula pendurada na parede do quarto/o distintivo na camisa do uniforme/que coisa linda, é uma partida de futebol//Posso morrer pelo meu time/se ele perder, que dor, imenso crime/posso chorar se ele não ganhar/mas se ele ganha, não adianta/não há garganta que não pare de berrar//A chuteira veste o pé descalço/o tapete da realeza é verde/olhando para bola eu vejo o sol/está rolando agora, é uma partida de futebol//O meio campo é lugar dos craques/que vão levando o time todo pro ataque/o centroavante, o mais importante/que emocionante, é uma partida de futebol//O meu goleiro é um homem de elástico/os
dois zagueiros têm a chave do cadeado/os laterais fecham a defesa/mas que beleza é uma partida de futebol//Bola na trave não altera o placar...(...)O meio campo é lugar dos craques/que vão levando o time todo pro ataque/o centroavante, o mais importante/que emocionante, é uma partida de futebol!”
Na literatura muitos já escreveram sobre o assunto, mas o destaque vai para o livro infantil A Bola e o Goleiro onde Jorge Amado conta a história da bola Fura-redes que se apaixona pelo goleiro Bilô-Bilô. No circo as principais atrações eletrizantes estão nos motoqueiros que circulam dentro do globo da morte. No cinema, o filme de Ugo Giorgetti, Boleiros, se concentra nas vidas do jogador, do técnico, do juiz, do empresário de atletas, das esposas e dos torcedores.
Nas cantigas de roda, as crianças se divertiam com “Sou mineira de Minas,/mineira de Minas Gerais/sou carioca da gema,/carioca da gema do ovo/rebola bola você diz que dá que dá/você diz que dá na bola, na bola você não dá!”. “A bela bola/rola:/a bela bola do Raul.//Bola amarela,/a da Arabela.//A do Raul,/azul.//Rola a amarela/e pula a azul./A bola é mole,/é mole e rola.//A bola é bela,/é bela e pula.//É bela, rola e pula,/é mole, amarela, azul./A de Raul é de Arabela,/e a de Arabela é de Raul” é a poesia “Jogo de Bola” de Cecília Meirelles. Bola pra frente porque a música popular brasileira dribla todas as bolas e chuta na rede para fazer um gol.
Em 1956 Luiz Gonzaga e José Dantas cantavam: "Lá no mar/vi dois siris jogando bola/lá no mar/vi dois siris bola-jogá/fui passeá/no país do tatu-bola/onde bicho tem cachola/e até sabe fala”. Teixeirinha se dizia “Bom de Bola”: “Lá vai bola do barbante/o corintians e o palmeiras/são dois timão bandeirantes/pára sanfona e viola/que os dois timão de bola/orgulham o Brasil gigante”. Em 1967 Sérgio Ricardo participou do II festival de Música Popular Brasileira com a canção “Beto Bom de Bola”: “Como bate batucada/Beto bate bola/Beto é o bom da molecada/e vai fazendo escola/tira de letra a pelada/com bola de meia/disse adeus à namorada/a lua é bola cheia/a cigana viu azar/mas Beto não deu bola/e aceitou a proteção/do primeiro cartola/nas manchetes de jornal/ Bebeto entrou de sola/- Extra !/- O novo craque nacional/- É o Beto Bom de bola/(...)/E foi pra Copa buscar a glória/e fez feliz a nação,/no maior lance da história”.
Os Tribalistas fizeram sucesso cantando: “Já sei namorar/já sei chutar a bola/agora, só me falta ganhar/não tenho juiz/se você quer a vida em jogo/eu quero é ser feliz”. “Te pego na escola/e encho a tua bola/com todo o meu amor” cantou Cazuza em Faz parte do meu show. Enquanto o grupo Ultraje a Rigor se sente “Inútil” nesta canção: “A gente faz música e não consegue gravar/a gente escreve livro e não consegue publicar/a gente escreve peça e não consegue encenar/a gente joga bola e não consegue ganhar”. A dupla Claudinho e Buchecha fica assim sem você: “Avião sem asa, fogueira sem brasa/sou eu assim sem você/futebol sem bola. Piu-Piu sem Frajola/sou eu assim sem você...”.
Milton Nascimento volta a infância Com “Bola de Meia, Bola de Gude”: “Há um menino/há um moleque/morando sempre no meu coração/toda vez que o adulto balança/ele vem pra me dar a mão//Há um passado no meu presente/um sol bem quente lá no meu quintal/toda vez que a bruxa me assombra/o menino me dá a mão/(...)/Bola de meia, bola de gude/o solidário não quer solidão/toda vez que a tristeza me alcança/o menino me dá a mão...”. Fagner e Fausto Nilo colocaram a Bola no Pé: “Quem não fez levou/no carnaval/quem sambou, sambou/no coração/qualquer coisa boa//Maracanã/em tarde de calor/bola no pé/que a galera não perdoa/meu coração/não é qualquer coisa”.
Com muita jinga e bossa, Jorge Bem fez uma bela homenagem a Fio Maravilha: “Foi um gol de anjo um verdadeiro gol de placa/que a magnética agradecida assim cantava/Fio Maravilha, nós gostamos de você/Fio Maravilha, faz mais um pra gente ver/e novamente ele chegou com inspiração/com muito amor, com emoção com explosão e gol/sacudindo a torcida aos 33 minutos do segundo tempo/depois de fazer uma jogada celestial em gol/tabelou, driblou dois zagueiros deu um toque, driblou o goleiro/só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol/foi um gol de classe onde ele mostrou sua malícia e sua raça/foi um gol de anjo um verdadeiro gol de placa/que a magnética agradecida assim cantava/Fio Maravilha, nós gostamos de você/Fio Maravilha, faz mais um pra gente ver...”
O jogo é na raça, uma luta se ganha no grito. Toquinho e Carlinhos Vergueiro cantam “Camisa Molhada”: “É o chute no canto, é o Espírito Santo,/é a chance perdida./É a falta de sorte, é a vida, é a morte,/é a contrapartida./É a fome, é a sede, é a bola na rede,/a torcida a favor./A camisa molhada, no corpo abraçada,/é seu único amor.”. Já Gonzaguinha em “Geraldinos e Arquibaldos” aconselha que “no campo do adversário /é bom jogar com muita calma, /procurando pela brecha,/ pra poder ganhar/acalma a bola, rola a bola, trata a bola/limpa a bola que é preciso faturar/E esse jogo tá um osso/é um angu que tem caroço/e é preciso desembolar”
Samuel Rosa e Nando Reis contam como “È uma Partida de Futebol”: “Bola na trave não altera o placar/bola na área sem ninguém pra cabecear/bola na rede pra fazer o gol/quem não sonhou em ser um jogador de futebol?//A bandeira no estádio é um estandarte/a flâmula pendurada na parede do quarto/o distintivo na camisa do uniforme/que coisa linda, é uma partida de futebol//Posso morrer pelo meu time/se ele perder, que dor, imenso crime/posso chorar se ele não ganhar/mas se ele ganha, não adianta/não há garganta que não pare de berrar//A chuteira veste o pé descalço/o tapete da realeza é verde/olhando para bola eu vejo o sol/está rolando agora, é uma partida de futebol//O meio campo é lugar dos craques/que vão levando o time todo pro ataque/o centroavante, o mais importante/que emocionante, é uma partida de futebol//O meu goleiro é um homem de elástico/os
dois zagueiros têm a chave do cadeado/os laterais fecham a defesa/mas que beleza é uma partida de futebol//Bola na trave não altera o placar...(...)O meio campo é lugar dos craques/que vão levando o time todo pro ataque/o centroavante, o mais importante/que emocionante, é uma partida de futebol!”
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