12 abril 2022

Curiosidade dos quadrinhos (21) Primeiro mangá

 

Criado por Katsushika Hokusai, o primeiro manga que foi lançado em 1814 (ano aproximado, varia muito de onde se pesquisa ) se chamava Hokusai Mangá.  Com um traço típico de pinturas e desenhos  antigos japoneses, esse mangá reuniu em 15 volumes cenas populares do dia-a-dia e folclóricas, fazendo assim as pessoas se verem naqueles desenhos feitos de nanquim  sobre papel de arroz, na qual o autor era mestre nesse tipo de técnica, chamada  ukiyo-e. Katsushika Hokusai que inventou o termo mangá unindo os ideogramas “man” (engraçado) e “gá” (desenho). Entre 1814 e 1849, Hokusai produziu um conjunto de obras em 15 volumes retratando cenas do dia-a-dia que o rodeava, deformando o desenho das pessoas que retratava de forma a salientar seus traços marcantes. Estas caricaturas de época receberam o nome de Hokusai Mangá e representam os primeiros passos das charges e das histórias em quadrinhos no Japão.

 


Rakuten Kitazawa (1876-1955), que criou os primeiros quadrinhos seriados com personagens regulares e batalhou pela adoção da palavra mangá para designar histórias em quadrinhos no Japão.Yasuji Kitazawa, mais conhecido pelo pseudônimo Rakuten Kitazawa, foi um mangaká e artista nihonga japonês. Ele desenhou muitos editoriais de cartoons e histórias em quadrinhos durante os anos finais da Era Meiji e do início do Período Shōwa. É considerado por muitos historiadores como o fundador do mangá moderno porque seu trabalho foi uma inspiração para muitos artistas e animadores de mangá mais jovens. Ele foi o primeiro cartunista profissional no Japão, e o primeiro a usar o termo mangá em seu sentido moderno.

 

Hoje, queremos recuperar a figura de um deles, Rakuten Kitazawa, autor de Tagosaku para Mokubê no Tôkyô-Kenbutsu ( Tagosaku e Mokube visitam Tóquio ), considerado o primeiro mangá moderno (ou seja, o primeiro mangá moderno). mangá em seu significa

 

Os primeiros quadrinhos seriados com personagens regulares só viriam em 1902,

com Tagosaku to Mokube no Tokyo Kenbutsu (“A Viagem a Tokyo de Tagosaku e

Mokube”), de Rakuten Kitazawa (1876-1955), que também recuperou o termo mangá.

Sua obra foi fortemente influenciada por Wirgman. 

Hokusai Katsushita foi um artista japonês que viveu do final do século XVIII à metade

do séc. XIX. Tornou-se famoso no Ocidente por trabalhos como “As 36 Vistas do Monte Fuji”. A obra é um dos representantes máximos do que se chama ukiyo-ê, a arte japonesa de produzir gravuras em madeira. A arte ukiyo-ê chegou à Europa a preços acessíveis, o que contribuiu para divulgá-la entre os europeus. O trabalho refinado de Hokusai e outros artistas serviu de inspiração para pintores impressionistas europeus, como Monet e Toulose-Lautrec.

 

Apesar de serem baratos no Ocidente, os ukiyo-ê mais elaborados custavam caro no Japão. Para conseguir vender as gravuras, os artistas passaram a fazer trabalhos mais simples. Por conta disso, o mesmo Hokusai que encantara o mundo ocidental com gravuras refinadas, passou então a produzir trabalhos mais simples e populares, sendo essas as obras que receberam o nome de mangá.

 

O “mangá” de Hokusai se assemelha a charges e cartuns e não remetem diretamente a

histórias em quadrinhos. Os temas abordados pelo artista foram principalmente a vida urbana, as classes sociais e a personificação de animais. Para Sato (2007) a coleção “Hokusai Mangá”, não pode ser considerada uma compilação de histórias em quadrinhos por não haver narrativa sequencial, nem onomatopeias e textos em balões. Apesar disso, o termo mangá foi depois utilizado pelos japoneses para nomear as histórias em quadrinhos não só do Japão, mas também as de outros países. Isso veio a ocorrer depois da segunda metade do século XIX.

 

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