
XILOGRAVURAS - O
artista alemão -
gravador, escultor,
pintor, ilustrador,
poeta, escritor, cineastaeprofessor - naturalizado
brasileiro Karl
Heinz Hansen
(1915-1978) chegou ao
Brasil em 1950 e
viveu em São Paulo.
Em 1955 ele se
mudou para Salvador.
Em 1957, ilustra a
publicação Flor de
São Miguel, com textos
de Jorge Amado, Vinicius
de Moraes e de
sua autoria. No ano
seguinte realiza ilustrações
para Navio Negreiro,
de Castro Alves. Retorna
à Alemanha em 1959,
lá permanecendo até
1963, enquanto trabalha no
ateliê de gravura fundado
por ele mesmo no
castelo Tittmoning.
Vive na Etiópia entre
1963 e 1966, onde
ajuda a estabelecer
a Escola de Belas
Artes da cidade de
Addis Abeba. Retorna a
Salvador e naturaliza-se,
adotando o nome
artístico de Hansen
Bahia. Em 1959, retornou
à Alemanha, onde ficou
até 1967, quando foi
para a Etiópia. Em
1966 ele voltou à
Bahia, de onde não
saiu mais, sempre retratando
sua gente e vida.
Torna-se professor
de artes gráficas da
Escola de Belas Artes
da Universidade Federal
da Bahia (UFBA), em
1967. Muda-se para São
Félix, Bahia, em 1970,
e lá reside até
seu falecimento, em
1978. Dois anos antes
de sua morte, doa
em testamento sua produção
artística para a
cidade de Cachoeira,
Bahia, onde é criada
a Fundação Hansen Bahia,
que recebe seu acervo
artístico de xilogravuras,
matrizes, livros, pinturas,
prensas e ferramentas
de trabalho.Quando começou
sua carreira de xilogravador
quase no susto, o
autodidata Hansen talvez
não imaginasse que se
tornaria um dos
grandes mestres da
técnica.

No sítio,
uma área de 1,2
km², um resquício
de Mata Atlântica
e de manguezal,
o artista plantou mais
de dez mil mudas
de espécies nativas. O
litoral do município
é procurado, anualmente,
no inverno, por baleias-jubarte.
No sítio, dois pavilhões
projetados pelo arquiteto
Jaime Cupertino, abrigam atualmente
mais de trezentas
obras do artista. Futuramente,
com mais cinco construções
projetadas, ali se
constituirá o museu
que levará o nome
do artista.
POPULAR - Aos
39 anos de idade,
Dimitri Ganzelevitch,
francês nascido no
Marrocos, comascendência
russa, abandonou sua residência
em Portugal, onde comandava
uma loja de confecções
e duas galerias de
arte, e veio morar
no Brasil. Era 1975.
Escolheu como lar
o Centro Histórico
de Salvador, na Bahia,
onde deixou de lado
as roupas e passou
a trabalhar exclusivamente
com o comércio de
obras de arte, um
universo do qual
fazia parte desde os
tempos de estudante
em escolas de arte
de Londres e Paris.
Inicialmente
dedicando-se à arte
acadêmica e erudita,
foi na arte popular
que Ganzelevitch descobriu
“a riqueza da criação
humana”, e se
destacou entre os
outros marchands de Salvador.
Após um tempo frequentando
a elite soteropolitana,
lutando para se
fixar em um mercado
bastante incipiente,
decidiu mergulhar
de vez na cultura
popular e se
transformou numa espécie
de garimpeiro de novos
artistas. Hoje, possui
uma das maiores coleções
pessoais de arte
popular do país.
Entre obras de todos
os cantos do mundo,
frutos de constantes
viagens, destacam-se
peças de brasileiros
anônimos ou praticamente
desconhecidos. São quadros,
esculturas, adornos, tapeçarias
e móveis provenientes
dos mais diversos pontos
do país, ou simplesmente
tábuas borradas de tinta,
que em breve farão
parte da Casa-Museu
Solar Santo Antônio, projeto
que Ganzelevitch elaborou
para deixar de ser
marchand e lidar
com a arte apenas
como colecionador.
Um comentário:
Minha casa foi declarada "Casa-Museu" pelo ministério da Cultura em 2008. Nem por isso recebo qualquer ajuda técnica e muito menos financeira...
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