14 novembro 2006

Na primavera a natureza é o centro das atenções. Época da fertilidade

A primavera, do latim prima verna ou primeiro verão, é a primeira das quatro estações do ano. Ela é saudada desde os tempos mais antigos e possuía um significado muito especial para os povos. Templos gloriosos eram erguidos para os rituais das mudanças das estações. Durante cerca de três meses, a natureza promete ser o centro das atenções e vai revelar todo seu esplendor nos bosques, campos e cidades, nesta que é considerada a estações das flores.

As estações do ano ocorrem aproximadamente a cada três meses e são resultado da inclinação do eixo de rotação da Terra, combinando com o seu movimento de translação em redor do sol, que é de 23 graus e 27 minutos. As estações dependem do ângulo de incidência dos raios do sol nas mais diversas regiões do planeta. A partir da primavera, o sol passará a iluminar mais o hemisfério sul – África, Austrália e quase toda a América do Sul. Isto significa dias mais quentes e longos e noites mais curtas. Já no hemisfério norte, onde se localizam Europa, Ásia e América do Norte, os dias ficarão mais curtos e frios com a chegada do outono.

A origem das quatro estações do ano está na inclinação do eixo de rotação da Terra com relação a sua órbita. Este ângulo é chamado de obliqüidade. Devido a essa inclinação, a medida que a Terra gira em torno do Sol, os raios solares incidem mais diretamente em um hemisfério ou outro, aquecendo mais um ou outro. A primavera é a época da procriação, da fertilidade, sexualidade e sedução. No Hemisfério Sul a primavera ocorre em setembro, na evidência é o pulmão, que além de sua função respiratória, controla o nosso volume de água, ou seja, a umidade no nosso organismo. As chuvas se foram. Predomina a secura. As frutas são fartas e maduras e começam a cair juntamente com as folhas da árvores que envelhecem, amarelecem e caem, formando tapetes para nossos pés e adubo para a terra.

Na primavera (que começa no dia 2 de setembro e termina no dia 20 de dezembro) as noites e os dias se tornam iguais em duração. As flores começam a brotar, o vento ganha perfume mais adocicado, os animais saem dos seus habitats e passam a circular livremente. Enfim, é a época de regenerar o velho e receber a nova vida. Do latim tardio prima verá, de primavera, a primeira estação.

É o início do plantio tanto físico como espiritual, a hora de cultivar sentimentos positivos. Esta é a época do acasalamento e do nascimento da maioria das espécies na natureza. Dentro de nós come;a a surgir uma agradável sensação de que a vida, após os frios e escuros meses de inverno, recupera seu esplendor. A primavera faz renascer a vida de um modo mais flexível e com todo o seu esplendor busca o equilíbrio.

Sabemos que a força da vida é exigente e a eterna lei da ação e reação também funciona quando pensamos no modo como a vida responde às nossas ações – a vida sempre nos trata do mesmo modo que a tratamos. O que acontece em nossa vida é um reflexo de nossa realidade interna, de nossa saúde psicológica, da maneira como lidamos com nossos problemas, carências pessoais, tempestades emocionais, furações de pensamentos, maremotos financeiros que acabam por desestabilizar toda a natureza de nossa personalidade.

Com a chegada da primavera, ocorre o equinócio, quando o sol cruza a linha do equador em direção ao Hemisfério Sul, determinando que a noite e dia tenham a mesma duração. A previsão é que as noites fiquem, cada vez mais curtas, e os dias mais longos. No ciclo da primavera é que surge o elemento energético da madeira. Trata-se do ciclo expansivo, alegre e explosivo. É uma geração criativa de energia, despertando o desejo sexual de procriar. Está associado ao vigor, à juventude, ao crescimento e ao desenvolvimento. A energia da madeira pede livre expressão e espaço para dar vazão à sua expansão. Se bloquearmos seu desenvolvimento, criamos sentimentos de frustração, raiva, ciúme e estagnação.

A primavera lembra a suavidade da inocência, em voltar a ser criança, de ficar alegre por nada, porque a felicidade consiste em ver tudo com olhos encantados, em ter uma eterna primavera. O sol aparece, as andorinhas regressam, nossas roupas vão ficando mais leves e as peças de roupas vão desaparecendo dos nossos corpos. Somos capazes de nos encantar com as sensações de leveza e doçura desta época, respeitando a Natureza para que a caminhada seja cada vez melhor. Nessa época as árvores começam a receber novas folhas, o ar fica mais perfumado e os jardins mais coloridos. A alma das pessoas parece também acompanhar a fragrância e o matiz da estação, abrindo-se para a descoberta de novos amores, renovação de antigos ou revitalização dos atuais. As floreiras se banham de novos encantos, e os jardins se tornam mais convidativos.

Um comentário:

Anônimo disse...

Ótimo!!!!! Parabéns Gutemberg!!!
Sou seu fã, sempre.
Abraço!!!

Wilton Bernardo